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Thursday, November 14, 2013

Deus não é cachorro não!!!

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Tenho chegado a uma conclusão: Para muitos, Deus, O Criador de tudo e de todos, não passa de um bichinho de estimação, um cachorro, para ser mais exato; da mesma forma, Deus é tratado como um objeto, de modo mais incisivo, à imagem de um utensílio descartável. 

É tratado feito um Bichinho, quando consideramos que Ele é carente de atenção, subserviente. Quando pensamos que este Ser, cujo o poder está muito além de nossa capacidade de aferição, se contenta com afagos, com pagas de alimento, com um cantinho na casa para se espojar, com banhos à cada dois dias; Pensam que pode-se deixar trancado em casa quando se efetua uma viajem de férias.

É encarado como objeto, à medida que o consultamos e o procuramos apenas quando mais precisamos dEle! quando nem nos referimos à ele, quando permitimos que faça parte de um estoque de "necessidades"... Assim que precisamos do seu socorro, o acionamos, usamos e simplesmente descartamos e o jogamos no lixo.

Não, definitivamente Deus não é um cachorro! Ele não precisa de seus afagos, nem de suas pagas! Ele não quer ficar trancado quando das suas viagens, nem precisa de uma casinha que acompanhe seu nome acima da porta. Ele não quer ser lembrado de vez em quando, nem que O leve para passear para que possa ver o mundo lá fora.

Ele, O Eterno, não está interessado apenas em resolver o seu problema, e se incomoda quando é procurado só quando sentimos a necessidade de atendimento de uma emergência; Ele quer ser mais que isso, quer ser mais que um curativo em nossa vida, quer ser mais que um copo que se possui momentaneamente e depois é amassado, e jogado fora como lixo desnecessário.

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Deus dispensa este tipo de relacionamento. Deus quer que o tratemos como Ele é: Deus, Pai, Senhor, Rei, Criador, Eterno, o Único de fato Poderoso, e, respectivamente, deseja tratar conosco com sua misericórdia, amor, bondade, longanimidade, Justiça. Eis a palavra que envolve tudo isso que precisamos devotar a Deus: Respeito.

Perdemos o respeito pela autoridade, e isso inclui o respeito à Deus. Nossos ícones estão sendo desfiados, Leis manipuladas e nossa ética formatada. Parece radicalismo falar de forma tão direta, sobre um assunto que é mais comum do que imaginamos. O pior, não é saber que hajam pessoas que tratem o Divino dessa forma, mas, é chegar a conclusão que nós, por diversas vezes, tratamos Deus de forma inapropriada à sua condição de Senhor e Deus; 

Voltemos pelo caminho e regressemos a simplicidade, humildade, submissão. Isso é um convite para que resgatemos tudo aquilo que perdemos por Deus: reconhecimento e respeito. Só trazendo essa conduta em relação ao Senhor, é que poderemos ter de volta a Pessoa de Cristo entronizado novamente em nossa alma. Lembre-se, de Deus não se zomba, Ele não se deixa escarnecer, tudo aquilo que o homem semear, isso também ceifará.

Cultivemos o que é próprio ao Ser de Deus, e colhamos o que é próprio de todos aqueles que são servos do único que é Senhor de toda a glória. 

Copos de Acrílico Não ao Copo Descartável
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Sunday, April 7, 2013

Pastor Marcos Feliciano e osso dos outros


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"O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui (João 18:36)... vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão (Mateus 24:9), ...E de todos sereis odiados por causa do meu nome (Lucas 21:17); mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.(Mateus 10:22)... Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado;(Mateus 13:11)" 
(Jesus Cristo)


Poderíamos Resumir estas palavras como as palavras de Cristo sobre o sentimento do sistema mundano acerca dEle mesmo e daqueles que sigam sua doutrina. O Próprio Cristo afirma que não é o Rei deste mundo. Sabemos que todo poder fora dado a Jesus (Mt 28:18; Ef 1: 17~23), Ele domina tudo, nada foge do seu poder ou autoridade, entretanto, temos o testemunho de João: Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno.(1 João 5:19).

É assustador, mesmo diante da negativa de Cristo (o mundo não é seu reinado), e da afirmativa de João (O mundo jaz no maligno) que muitos cristãos tendam a insistir no poder secular, no domínio da ordem pública, como que forçando que O REINADO DESTE MUNDO É DE CRISTO E QUE ESTE MUNDO NÃO PODE SER DO MALIGNO, quando na verdade, é justamente ao contrário! O mundo descansa no maligno. O verbo Jazer, é um verbo intransitivo, do tipo regular, usado comummente em epitáfios, tem o significado de repouso. Como podemos então tratar um ente que repousa naquilo que é mau, como sendo reino particular do Príncipe da paz? 

Cremos que este mundo se TORNARÁ de Cristo, como vemos em Apocalipse 11:15:

E o sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre.

Enquanto não se destrói o império humano, Cristo, o rei da glória, permitirá que este mundo descanse no maligno, até que os reinos deste mundo venham ser do Senhor e do seu Cristo, que reinará para todo sempre!!! Mas ao invés de aguardarem o tempo Bíblico, Cristãos, ingenuamente militantes, erguem suas vozes exigindo um respeito ao nosso Deus, como se o mundo que agora vivemos já estivesse sob o pleno poderio de Jesus! A Pedra não cortada por mão humana, ou seja, sem intervenção do homem, VIRÁ, e destruirá o último império Humano (Roma), se estabelecendo para sempre, como uma rocha que cresce para a eternidade, enchendo, ocupando toda terra:

Estavas vendo isto, quando uma pedra foi cortada, sem auxílio de mão, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou. Então foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como pragana das eiras do estio, e o vento os levou, e não se achou lugar algum para eles; mas a pedra, que feriu a estátua, se tornou grande monte, e encheu toda a terra. (Daniel 2:34-35)

Esta Pedra, que é o Cristo rejeitado (Zacarias 3: 8~10; Mateus 21:42; Marcos 12:10; Atos 4:11; I Pe 2:7~8), virá (tempo futuro) e estabelecerá o seu REINO DE PAZ, esse reino não é estabelecido hoje, muito menos do jeito que estão tentando estabelecer, quem estabelecerá este Reino é o próprio Deus, e a pedra rejeitada, O Cristo, Encherá toda terra.

O Reino de Cristo não é deste mundo, todos os reinos deste mundo serão esmiuçados por Cristo, serão como a pragana e o estio, serão levados pelo vento, não terão lugar aqui, até que isto aconteça, ESTE MUNDO JAZ NO MALIGNO, a grande estátua humana está erigida, suntuosa e imponente. SERÁ destruída, mas ainda não o foi. Ter uma bancada evangélica no senado, não significa a destruição do reino humano, muito menos a implantação do Reinado de Cristo, simplesmente mostra o esforço humano de sempre interferir naquilo que já fora predito pela Palavra e nos planos Divinos, porém este Plano, o Divino, é Infinitamente maior que o esforço e a capacidade humana de tentar cumprir o que cabe apenas a Divindade.

Não importa para o Cristão, digo, verdadeiro seguidor de Cristo, ter ou não ter um presidente da comissão dos Direitos Humanos Cristão, Espiritualista, Ateu... de toda forma, isso não irá interferir nos planos eternos do único e poderoso Deus: SEREMOS ODIADOS, PERSEGUIDOS, ATORMENTADOS simplesmente por amarmos a lei do Deus vivo, e por ser revelado a nós os mistérios do REINO dos CÉUS.

Então, sejamos prudentes: O OSSO NÃO É NOSSO! deixe que os mortos enterrem seus próprios mortos! Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra.(2 Timóteo 2:4)

Tuesday, July 3, 2012

Os Pastores e a Maçonaria

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Resolvi escrever sobre este tema, porque muitas perguntas e denúncias nos chegam sobre pastores envolvidos com a maçonaria; Tomo como princípio o que caracteriza uma seita, que segundo Ezequias Soares, "são grupos que surgiram de uma religião principal e seguem normas de seus líderes ou fundadores e cujos ensinos divergem da bíblia nos seus principais pontos da fé cristã" (Manual de Apologética Cristã, p.26).

Sabendo que uma seita é caracterizada como um grupo advindo de uma religião principal, qual seria então a diferença entre religião e seita? Religião, é a "Crença na existência de uma força ou forças sobrenaturais, considerada(s) como criadora(s). A manifestação de tal crença por meio de doutrina e ritual próprios, que envolvem, em geral, preceitos éticos, [etc]." ( SCHNOEBELEN apud AURÉLIO); Logo vemos que a diferença entre religião e seita se dá apenas pelo fato de uma ter sido "criada" por outra;

Não precisamos nos exaurir para explicar aos leitores que a Maçonaria se encaixa perfeitamente na figura de uma Religião ou Seita, pois esta crer numa divindade e possui suas doutrinas, graus (Aprendiz, companheiro e Mestre) ritos e preceitos éticos; Em relação ao cristianismo, pode sim ser considerada uma seita; Segundo Ezequias Soares, qualquer movimento que discorde dos pontos fundamentais da fé cristã (Autoridade da Bíblia, Trindade e Salvação) é seita (Manual de Apologética Cristã, p.27).

Deixando para traz os pormenores, nos atemos ao grande motivo desta postagem: Os Pastores e a Maçonaria, poderíamos usar o título "Os Pastores na Maçonaria", pois esta é a grande pergunta que norteia nosso texto: Podem os Pastores ser Maçom? PODEM, só não deveriam! Ser Maçom, significa primeiramente submeter-se aos critérios estabelecidos pela loja maçônica, e seguir os rituais, quer sejam indumentários, litúrgicos ou interpessoais; Contudo, não temos como objetivo falar sobre a Maçonaria, já existem vastos materiais que tratam do assunto, queremos antes de tudo trazer uma resposta aos vídeos postados em diversos sites que denunciam diversos Líderes evangélicos supostamente maçons.

Primeiro, acreditamos ter deixado claro que consideramos a Maçonaria na melhor das hipóteses como uma falsa Religião, e, considerando-a dessa forma, podemos afirmar que também não concordamos com Pastores na Maçonaria; seria um paradoxo em relação a tudo quanto é pregado nos púlpitos, e o que aprendemos nos evangelhos; seria literalmente andar em cima do muro, de forma oficializada e desavergonhada.

Entretanto, existe uma distância relativamente grande entre posicionar-se contra cristãos envolvidos na maçonaria, e ser militante de boatos  tecnológicos jogados na internet; o que mais me espanta nesta salada de futricas, não são os vídeos em que pastores do porte teológico/midiático de Silas Malafaia, Caio Fábio, José Wellington, são acusados de serem maçons, o mais espantoso disso tudo, é o crédito que se dá as acusações sem comprovações; por mais que haja a explicação do Maçom Negar-se como sendo um sob forma de juramento, é arriscado usar isso para fundamentar se aqueles que teem sido colocados como maçons, sejam de fato; 


Suponhamos que seja fato a existência de pastores (líderes) envolvidos com a maçonaria,  isso confirma a cada dia o que Cristo ensinou: "Mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou joio no meio do trigo, e retirou-se" (Mateus 13:25); Não nos compete afirmar ou não se tais líderes sejam maçons, mas simplesmente nos resguardarmos de agirmos assim. Se hipoteticamente estes boatos sejam verdades, nos apeguemos a um texto maravilhoso da Palavra de Deus:
Na cadeira de Moisés estão assentados os escribas e fariseus. Todas as coisas, pois, que vos disserem que observeis, observai-as e fazei-as; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não fazem;

Mateus 23:2-3
Se de fato essas terríveis acusações são verdades, basta seguir a Palavra de Deus (Mateus 23:2-3), E NÃO NOS CALARMOS DIANTE DESSAS DIFICULDADES. Não haja inocência tamanha a ponto de acreditarmos em DIFAMAÇÕES ou BOATOS, pois é o que caracteriza estas entrevistas; Não podemos nos tornar multiplicadores destes escândalos, apenas, sabiamente procuremos saber a verdade, e quando não for possível, descansar no Senhor, pois Ele não tosqueneja ao nosso respeito. 

Por traz disso tudo há um jogo de interesses (somos preciosas peças de comércio): "E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita" (II Pe 2:3); porém sei que, pela fé, Deus contempla tudo, vençamos pela fé. 

Monday, August 15, 2011

Papa afirma Maria como a nova Eva.

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Que Cristo é o novo Adão, todo cristão que ama a Palavra e a lê já o sabe muito bem, entretanto que Maria era Eva... Essa ninguem esperava! porém foi o que afirmou o Papa Bento XVI neta segunda-feira, em Castel Gandolfo, em vitude das comemorações daquilo que os católicos comemoram como a Assunção de Maria ao Céu.

Não é de hoje que a Igreja Católica INVENTA ESTÓRIAS, uma delas é a própria comemoração da assunção de Maria ao céu, fato que não existe registrado em nenhum livro canônico da Bíblia, a não ser nas linhas fabulosas do Catolicismo, do mesmo modo como essa nova invenção que Maria é a nova Eva (Ver Reportagem).

Parece um esforço desmedido em colocar a Serva de Deus no nível de seu Senhor: 
  • Primeiro ela 'permite' a concepção (Deus só encarnou porque Maria permitiu...), 
  • Segundo ascende ao céu como Cristo (Segundo o catecismo católico - Papa Pio XII que proclamou o dogma, em 1950, destacou)
  • Terceiro: Preservada de toda 'culpa original' (a culpa original do homem é o pecado), espero que não queiram com isto afirmar que ela não teve pecado... SERIA O PRÓPRIO DEUS EM FORMA FEMININA.
  • Terceiro, ela intercede como Cristo (é invocada no Catolicismo como medianeira, advogada, protetora, auxiliadora), 
  • Quarto: é Cultuada (é Legitimamente honrrada com um culto especial pela Igreja católica)
  • e agora também TIRA O PECADO DA HUMANIDADE COMO CRISTO?!?!?!?! é isto? acho que essa conversa tá indo longe demais! daqui a pouco vaão declarar que ela virá em glória, cercada de seus anjos barrocos, para livrar a nação católica das garras da humanidade (Segundo o Catecismo Católico ela já 'brilha' como a igreja no céu, inaugurou a personificação da igreja no céu).
No Catecismo Católico (edição típica Vaticana - Edições Loyola), na página 275, último parágrafo, no resumo sobre a figura de Maria, para os católicos, temos a seguinte afirmação:

"Cremos que asantíssima mãe de Deus, 'nova Eva', mãe da Igreja, continua sua função materna em relação aos membros de Cristo"

O Papa, de forma muito estratégica, apenas difundiu o DOGMA Católico, que se constitui de grande heresia; Acreditamos que Maria foi agraciada, é um exemplo para todas as mulheres de todas as épocas, que sem dúvida, terá seu lugar no céu como todo cristão obediente, como ela foi; Porém, atribuir a um ser humano os mesmos atributos Divinos, é muita discrepancia teológica!

Sabemos que não vamos mudar o raciocínio da Igreja Romana, nem é nossa intenção, porém isso vale para mostrar em que se baseis a fé propagada pela Igreja católica Romana, não é na Bíblia, mas em Encíclicas, Catecismos, e Dogmas que frutificaram da fértil imaginação medieval dos padres e papas passados.

Cristo é o segundo Adão (I Co 15: 45 ao 47), Maria apenas sua serva (Lc 1: 46 ao 47). Cristo é Espírito Vivificante (I Co 15: 45), capaz de tornar a vida quem crer no seu nome (Jo 11:25), Maria foi salva por Deus (Lc 1: 47), Engrandeceu à Deus (Lc 1: 46) e aconselhou a todos a fazer tudo conforme Jesus ordena (João 2:5); Cristo é do céu, espiritual, sem pecado, e tira o poecado do mundo (Romanos 5:12, I Co 15: 47, Hebreus 4:15), Maria mortal, terrena, pecadora como todos ( 1 João 1:8,  Romanos 3:23,  Romanos 5:12).

Fico aguardando novas anedotas como estas do Papa!, é muito senso de bom humor e muita falta de noção do perigo vindouro!

Saturday, January 15, 2011

Cidade Maravilhosa Sofre com o caos

Martinho de Tours dividindo a capa com o mendigo - Imagem



Depois das ondas de Violência, o Rio de Janeiro sofre agora com as ondas de lama, dor, destruição e desespero, causada pelas chuvas que não param de cair na região serrana.

À exemplo do que ocorreu aqui em Pernambuco, a população carioca sofre com as enchentes e quedas de barreiras, e o que as autoridades falam, é que o fator principal das tragédias são as ocupações irregulares, porém, antes de qualquer catástrofe, mesmo sabendo que as ocupações eram irregulares, não se tomou providência para colocar cada família em 'regularidades' habitacionais;


O momento portanto não é para tecer comentários que apontam erros de quem quer que seja, mas de sensibilizar a população nacional para a necessidade de se somar esforços para amenizar o sofrimento daqueles que perderam tudo só restando-lhe a vida;


Esta é a hora da igreja viver a prática do amor, da essência de Deus, que é amar o próximo como a si mesmo, fazendo com que este possa usufruir do mínimo de dignidade nesta hora tão difícil, compartilhemos de nosso manto, como o fez Martinho de Tours (316-397), oficial do exército romano,  viu  Junto ao portão da cidade um mendigo, tiritando de frio; O aludido personagem tirou seu amplo capote de oficial e o cortou em dois pedaços com a espada. Em seguida entregou uma metade ao pedinte. 


Certamente esta linguagem supera qualquer Teologia, Filosofia, Crença ou Convicção, pois é a linguagem que cobra do ser humano uma ação, mais que teoria e olhar crítico. O Pouco que temos é o suficiente para todos! saibamos neste momento dividir nosso afeto com os mais necessitados, e que de nossa atitude possa vir o calor humano que só a solidariedade (Phileo) traz aos mais aflitos!

Monday, September 13, 2010

Liderança Cristã e Pós-Modernidade - Parte V


Da conversão profunda para o consumismo superficial.

A conseqüência mais óbvia e imediata desse enfraquecimento do desejo de se buscar a verdade para o prazer obsessivo da experiência, dá-se no âmbito da conversão.

O compromisso último dessa clientela religiosa é com a satisfação da sua necessidade, seja ela de ordem material, espiritual ou emocional. Busca-se a igreja para consumir o que ela tem para oferecer, como se entra numa loja para comprar aquilo que se precisa e se vai embora sem se deixar afetar por nada que essa loja represente. Assim se comporta essa freguesia religiosa. Consome oração, mas não se dispõe a orar. Consome alegria, mas não se dispõe a construir a alegria do outro. Consome Jesus, mas não se quer comprometer com seu caminho. Consome-se tudo, mas não se abre para a conversão. Transforman-se realidades espirituais em objeto de consumo existencial.

Esta perspectiva consumista se contrapõe ao conceito bíblico de conversão. A conversão traz para a vida de quem é atingido por ela, não somente uma experiência, mais uma relação com Deus, consigo e com o outro capaz de estruturar a vida. A conversão cristã e as implicações dela decorrentes formam o alicerce do ser humano. Esta é pelo menos a perspectiva cristã a cerca da existência humana. Quem busca a conversão nesses termos, encontra a solidez de um encontro.

Neste consumismo religioso, os consumidores são guiados por uma necessidade de satisfação egoísta exatamente análoga à do consumismo pós-moderno. Por ser assim, correm o mesmo risco da apatia e da indiferença religiosa. No fundo, estamos presenciando um deslocamento que vai do sólido para o frágil do concreto para o fugaz.

No compasso de espera próprio de quem se encontra no centro desse processo cultural chamado pós-modernidade, por isso mesmo com todas as dificuldades de estabelecer um juízo crítico de valor, aguardamos apreensivos, essa constituição de novos sujeitos e coletividades onde se dá a celebração da fé cristã.


Conclusão.

Embora o impacto da Pós-Modernidade na liturgia cristã tenha proporcionado alguns bens, tais como a flexibilização inclusiva, a dinamização da comunicação da Palavra, a autonomia do sujeito e sua postura como quem precisa receber algo – e esses bens devem ser aceitos e cultivados – o impacto negativo, por vezes, eclipsa estes avanços e precisa ser rejeitado, não descartando os elementos positivos, antes, os incorporando a fim de viabilizar com melhor eficácia a comunicação do Evangelho.

Na lógica da funcionalidade e do consumismo a prática litúrgica cristã (sobretudo de traço neopentecostal e carismático) tem se mostrado como uma relação entre consumidores e empreendedores. O lado positivo é que os dois são sujeitos, o dado inaceitável é que o produto-objeto desta relação comercial seja o próprio Deus e suas coisas.

Acredito que nosso papel enquanto líderes é principalmente o de recrutarmos outros líderes para uma visão (A Missão Integral da Igreja), e muito menos para assumirem cargos ou posições, mesmo considerando que as funções burocráticas sempre corroboram para todo o processo. A preparação contínua e eficaz destes líderes é um princípio para a garantia de que o trabalho sobreviverá ao choque da mudança de liderança, que volta e meia ocorre, e de que continuará produzindo mais e mais frutos. Esta mudança de liderança, também prevê a oportunidade de se observar a versatilidade e fidelidade de Deus na continuidade de sua obra.



REFERÊNCIA


Rocha, A. Impacto da Pós-Modernidade Disponível em: http://www.horizonal.com.br/editora/index.php?option=com_content&view=article&id=63:impacto-das-pos-modernidade-na-liturgia-crista&catid=44:lideranca-e-teologia&Itemid=74> – Acessado em 23/06/2010.

Liderança Cristã e Pós-Modernidade - Parte IV



Da busca da verdade para o desejo místico da experiência.

Vivemos hoje uma cultura da sensação onde é verdadeiro o que se sente, onde a emoção é a mola propulsora das relações. Em tempos de pós-modernidade o tom é dado pelo místico, experienciado concretamente na experiência.

Essa centralidade da experiência está estampada nas diversas denominações do cristianismo brasileiro (não só dele), sobretudo naquelas que assumem conscientemente os elementos de certa espiritualidade neopentecostal ou carismática.

Não é sem razão que a espiritualidade gestada nesses grupos/movimentos não contempla o silêncio e a meditação como alguns de seus elementos formadores. Os cultos acontecem à base de adrenalina, fazendo de seus participantes verdadeiros “indiana Jones da fé”, aventureiros ávidos por sensações.

Neste reino das emoções, o trono está reservado para a experiência mística (que se confunde, e faz confundir, com misticismo). Ela se torna não somente o alvo e o centro de toda a espiritualidade, como também um dos principias alicerces a partir dos quais toda essa clientela religiosa vive. A busca da experiência com o sobrenatural e a posse de certos códigos de linguagem, identifica esses movimentos tanto com o gnosticismo tardio, quanto com as religiões de mistério greco-romanas.

A própria escolha da comunidade que se vai “freqüentar”, passa pela capacidade que esta tem de satisfazer certo conjunto de anseios e demandas. O trânsito acelerado entre as mais diversas comunidades e grupos de oração é inevitável. Quando o poço das experiências vai se esvaziando, busca-se um outro ainda mais borbulhante. É como alguém que se sente num deserto, sofrendo a sequidão existencial, que vendo um oásis, abandona instintivamente o seu quase vazio cantil.

Busca-se desesperadamente a experiência coma verdade sem se preocupar muito com ela. Importa usufruir emocionalmente da verdade sem se comprometer com as implicações dela decorrentes, pois a experiência se torna a grande verdade.

REFERÊNCIA

Rocha, A. Impacto da Pós-Modernidade Disponível em: http://www.horizonal.com.br/editora/index.php?option=com_content&view=article&id=63:impacto-das-pos-modernidade-na-liturgia-crista&catid=44:lideranca-e-teologia&Itemid=74> – Acessado em 23/06/2010.

Friday, September 10, 2010

Liderança Cristã e Pós-Modernidade - Parte III


Um Novo Rosto Para a Igreja... Clientela ou Comunidade?

Essa condição ambígua em que a Igreja se encontra na pós-modernidade, além de gestar um novo sujeito religioso, por decorrência, gesta também uma outra forma de ser Igreja. Esse processo de gênese é, como já dissemos, ambíguo, mas também dialético. O pastor ou animador entregasse à performance como critério de avaliação de seu ministério, mas também a comunidade eclesial aspira pelo espetáculo fugaz.

Toda essa prática pastoral não pode ser entendida em sua profundidade senão se olhada desde a perspectiva do freqüentador da Igreja. ou por outras palavras, o púlpito deve ser visto também a partir do “banco da Igreja”.

Ao contemplarmos estas duas visões, percebemos um terrível processo de retroalimentação, no qual. Uma prática pastoral, motivada por uma lógica econômica de fundo, vai gerar uma clientela religiosa e não uma comunidade. Esta, por sua vez, vai alimentar aquela prática pastoral. Pretender determinar o que gerou este processo, seria mais ou menos retomar aquela discussão infantil, quanto, a saber, quem veio primeiro a galinha ou o ovo. Podemos dizer que essa prática pastoral e esta clientela religiosa são fenômenos concomitantes e estão inseparavelmente ligados desde sua origem.

Com o surgimento dessa clientela religiosa percebemos deslocamentos que se desenvolvem como se segue.


REFERÊNCIA

Rocha, A. Impacto da Pós-Modernidade Disponível em: http://www.horizonal.com.br/editora/index.php?option=com_content&view=article&id=63:impacto-das-pos-modernidade-na-liturgia-crista&catid=44:lideranca-e-teologia&Itemid=74> – Acessado em 23/06/2010.

Liderança Cristã e Pós-Modernidade - Parte I





Introdução

De acordo com J. O. Sanders, todos nós temos o dever de fazer o melhor que pudermos para Deus. Como vimos, nem todos somos chamados para ocuparmos posições proeminentes de liderança. Não obstante, todos somos líderes na medida em que exercemos alguma influência sobre as pessoas. Portanto, todos podemos, se quisermos, aumentar nosso potencial de liderança. Contudo, é preciso que nos esforcemos para descobrir e corrigir algumas fraquezas relativas a nossa liderança, e que cultivemos nossos pontos fortes.

Um dos desafios mais prementes àqueles que assumem o posto de liderança em algum ministério específico, é estar conectado a cultura local, conhecendo a sua história e as transformações pelos quais ela é submetida ao longo do tempo, como afirma Humberto M. Aragão : “não podemos, como líderes, estar desconectados da história de nosso povo, o qual dirigiremos pelo caminho que o ajude a amar Deus e sua própria terra e cultura” ( Aragão, p. 8).

De forma geral, a tendência da liderança evangélica no Brasil tem sido a de aversão a nossa cultura, preferindo manter distância em relação às coisas “mundanas”, demonizando-as, e adotando uma postura e mentalidade de gueto, o que denuncia todo o seu sectarismo religioso. A cultura evangélica tem sido uma cultura “alienígena”, isto é, uma cultura de estranhos dentro da cultura brasileira, com produtos e mercados consumidor próprios e restritos, criando uma lógica exclusivista, salvas raríssimas exceções.

Precisamos, como líderes, adotar uma nova postura, mentalidade e visão no que concerne a sociedade e a cultura em que vivemos, em relação ao povo a quem queremos servir, uma postura que reflita o nosso amor e não nossa arrogância e intolerância religiosa. A postura “radical”, advogada por tantos evangélicos, nada atrai senão mais barreiras para a aceitação do evangelho o qual pregamos. Por outro lado, a verdadeira postura radical ou “revolucionária”, de acordo com John Stott, é uma postura de humildade e amor, pois estes são valores contraditórios a lógica relacional do ser humano caído ( ver Cl. 3:17, 23).

Pós-Modernidade, então, é sujeito e objeto num processo dialético de construção da sociedade. É uma espécie de líquido amniótico que nutre a sociedade na gestação de novos valores, ou de novos posicionamentos frente a valores antigos. O que estaria incólume neste processo de construção e reconstrução cultural? Que instituição poderia se apresentar como supra-histórica a fim de reivindicar uma intocabilidade da cultura em seus valores e conceitos? Uma resposta séria, sob qualquer ponto de vista, deve ser que nenhuma instituição passa por uma virada cultural sem que seus conteúdos e formas sejam discutidos, remodelados, ou então, drasticamente modificados.

Nossa intenção ao constatar a amplitude de penetração social da Pós-Modernidade, não é de analisá-la nas diversas instituições que formam a sociedade, mas antes, de sedimentar nossa reflexão sobre uma instituição que historicamente pretenciona status de intocabilidade dado seu caráter e peculiaridade transcendentes. Nem mesmo tomaremos todos os elementos da religião em nossa análise, deter-nos-emos naquele que julgamos ser o reflexo evidente da teologia latente do cristianismo, a saber, a liturgia. Nossa tese, portanto, não toma a liturgia como mero conjunto de elementos celebrativos, mas como “realidade teologal e não apenas antropológica, social, histórica ou lingüística. Portanto, o fazer da ciência litúrgica é um fazer teológico: procura compreender, analisar, ordenar logicamente os dados da Revelação, reinterpretá-los a partir de cada novo momento ou situação histórica”.

Portanto ao falarmos de impacto da Pós-Modernidade sobre a liturgia cristã estamos, ao mesmo tempo, falando de um impacto sobre a própria teologia, que é em última análise, a forma como esta tradição religiosa se enxerga na sociedade em que se encontra. Falar da liturgia cristã na Pós-modernidade consiste, portanto, em olhar para as relações que as igrejas estabelecem com seus fiéis e vice-versa.

Historicamente o significado da liturgia advem da prestação de serviços; segundo Hermisten Maia P. Costa este significado passou por uma evolução em quatro etapas: liturgia como serviço prestado voluntariamente à pátria, serviço obrigatório ao Estado, serviços de qualquer natureza e, por fim serviço religioso prestado por sacerdotes a divindades. É-nos possível dizer, a partir da própria história da liturgia, que sua lógica subjacente é a prestação de serviço. O que nos propomos então é esclarecer como a Pós-Modernidade influenciou esta prestação. Isto é, como o deslocamento do eixo Teocêntrico para o Antropocêntrico influenciou na mudança de sujeitos no processo litúrgico.

Buscaremos evidenciar nossa tese propondo que a quarta etapa do processo de evolução da liturgia (serviço religioso) acompanhou o deslocamento do eixo acima citado. Com isto a liturgia que antes era serviço prestado a Deus, agora é serviço que Ele presta aos homens por intermédio das igrejas. Para evidenciarmos esta mudança tomaremos duas características da Pós-Modernidade que se encontram fortemente presentes na liturgia cristã, quer das igrejas neopentecostais (que não sofreram impacto da Pós-Modernidade, pois são “filhas” dela), quer das históricas tradicionais ou pentecostais. Estas características são a mercantilização (fora do mercado não há salvação) e, a funcionalidade como critério teológico que alimenta a lógica do consumismo.


REFERÊNCIA

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