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Monday, August 15, 2011

Prega a Palavra: Oratória e Outros Conceitos - Parte I

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 Oratória

Conjunto de Regras e técnicas que permitem apurar as qualidades pessoais de quem se destina falar em público.

Normalmente, conceitua-se oratória como a arte de falar em público, entretanto, este é um conceito redundante quando comparado à outras artes ou ciências que também tratam do desenvolver técnico de explanar ao público.

A Oratória é derivada de outras doutrinas como a Retórica, Homilética, Dialética, porém é singular em sua aplicação e essência. Como descrito no conceito acima, trata-se de regras e técnicas que permitem apurar as qualidades do orador, ou seja, esta doutrina salienta a peculiaridade do candidato, não dos ouvintes, portanto, capacita-o a lidar com os mais variados ambientes, pois visa despertar no orador suas habilidades natas.

Precisamos, portanto, compreender alguns conceitos para diferenciar a ORATÓRIA das demais doutrinas que lidam com a arte de falar em público:
1 - Retórica

[Do gr. rhetoriké (subentende-se téchne), ‘a arte da retórica’, pelo lat. rhetorica.]

Estudo do uso persuasivo da linguagem, em especial para o treinamento de oradores. Tradicionalmente cinco são as partes do estudo retórico:

(a) a inventio, ou descoberta de argumentos;

(b) a dispositio, ou arranjo das idéias;

(c) a elocutio, ou descoberta da expressão apropriada para cada idéia, e que inclui o estudo das figuras ou tropos;

(d) a memoria, ou memorização do discurso; e

(e) a pronuntiatio, ou apresentação oral do discurso para uma audiência.

Demóstenes (383~332 a.C), foi considerado o maior orador Grego (e ainda o é), assim como Aristóteles, ressalta a importância da Retórica como elementar para o sucesso humano. Devido à sua eloqüência, um sermão pode ser conceituado como “demostêncico”, sendo com isso classificado como elegante, sublime; podemos conceituar Retórica como o conjunto de regras relativas a Eloqüência.

O imortal ateniense Demóstenes, muito citado nos livros e cursos de oratória, desde o seu nascimento, fora tolhido por graves deficiências, inclusive a gaguez. Como tinha a ambição de transmitir aos outros os seus pontos de vista, seixos na boca para melhor articular sua gagueira; ou diante do mar bravio discursava inibindo, sem saber, o próprio feedback auditivo e o pressentido medo de vozes da multidão; ou postava-se diante de uma espada que lhe roçava o peito, a fim de auto-regular suas sincinesias posturais e corporais; ou aprendia com Sátiro, a intencionalidade do humor sútil, a crítica dirigida inteligentemente, o poder da palavra que influenciava o povo de Atenas, que o confirmava Homem pensante, racional e loquens (falante). O seu esforço foi tanto que não demorou muito tempo para se tornar o maior orador de todos os tempos.

2 - Eloqüência


[Do lat. eloquentia.]

Capacidade de falar e exprimir-se com facilidade. A arte e o talento de persuadir, convencer, deleitar ou comover por meio da palavra. A arte de bem falar. Elegância no falar, capacidade de convencer. A Retórica trata das regras da Eloqüência, sendo esta a parte da Retórica que cuida do estilo e estética do Discurso. A eloqüência não é falar fácil e corretamente, impressionar os sentidos alheios, mas expressar o pensamento próprio, com graça, equilíbrio, harmonia e muita perspicácia de tempo e lugar.

"A eloqüência é a pintura do pensamento" (Pascal)

"A eloqüência é o talento de transmitir com força ao espírito dos outros, o sentimento de que o orador está possuído" (E. Ferri)

"A eloqüência é a arte de dizer bem aquilo que é preciso, tudo quanto é preciso, e nada mais do que isso" (Dammien)

"A eloqüência é a sinceridade na ação" (R. Barbosa)

3 - Discurso

[Do lat. discursu.]

Conjunto de frases ordenadas ao público. É uma peça oratória proferida em público ou escrita como se tivesse de o ser; Uma exposição metódica sobre certo assunto. Também pode ser qualquer manifestação concreta da língua.

O Discurso pode ser:
Discurso direto: Reprodução das palavras de alguém nos termos exatos em que foram ditas.
Discurso indireto: Reprodução das palavras de alguém na terceira pessoa, quer atribuindo-as claramente a outra pessoa em orações subordinadas a um verbo dicendi*, quer dizendo-as por sua própria conta em orações independentes.
Discurso indireto aparente (Discurso indireto livre.
Discurso indireto livre): caracterizado pela ausência de verbo dicendi*, e no qual o autor insere elementos da fala direta do personagem

4 - Homilética


[Do gr. homiletikós.]

Arte de pregar sermões religiosos. É o estudo dos fundamentos e princípios de como preparar e proferir sermões. É a ciência cuja arte é a pregação e cujo resultado é o sermão.
É a arte do preparo e pregação de sermões.

Derivado do Grego "HOMILOS" que significa, multidão assembléia do povo, derivando assim outro termo, "HOMILIA" ou pequeno discurso do verbo "OMILEU" conversar. “Homilia” [gr. Homós (‘semelhante’, ‘igual’) + íle (‘grupo’, ‘companhia’) = Homilia], que significa reunião, conversação familiar. Este termo grego significa antes de tudo “um discurso com a finalidade de Convencer e agradar”. Sendo assim, a Homilética é o estudo que se ocupa com o discurso em grupo, procurando a forma correta de preparar e repassar o sermão de modo compreensível, agradável, equilibrado, e embasado no contexto daquela religião. É o estudo e pesquisa necessárias para que os sermões tenham conteúdos bíblico e contemporâneo. A arte da organização das idéias que serão apresentadas a determinada Assembléia (multidão).

No século XVII a Retórica passa a ser chamada de Homilética. O estudo da Homilética abrange tudo o que tem a ver com a pregação e apresentação de práticas religiosas.


5 – Sermão

[Do lat. sermone, ‘conversação’.]

Discurso religioso geralmente pregado no púlpito; pregação com que se procura convencer alguém. Pode também ser interpretado como uma censura com o objetivo de moralizar.

Pode se dividir em três tipos:
Temático
Textual
Expositivo

6 - Dialética

[Do gr. dialektiké (téchne), pelo lat. dialectica.]

É a Arte do diálogo ou da discussão, quer num sentido laudativo (elogioso), como força de argumentação, quer num sentido pejorativo (desaprovação ou significação desagradável), como excessivo emprego de sutilezas. Também é entendido na filosofia como o desenvolvimento de processos gerados por oposições que provisoriamente se resolvem em unidades.

Conforme Hegel, a natureza verdadeira e única da razão e do ser que são identificados um ao outro e se definem segundo o processo racional que procede pela união incessante de contrários — tese e antítese — numa categoria superior, a síntese. (Tese + Antítese = Síntese), ou ainda segundo Marx, é o PROCESSO DE DESCRIÇÃO EXATA DO REAL. 
 
Referências:

1. http://pt.shvoong.com/books/1724435-arte-falar-em-p%C3%BAblico/#ixzz1UsCkf8m1

2. http://www.ceismael.com.br/oratoria/eloquencia.htm

3. http://pastor-elder.blogspot.com/2011/07/homiletica.html

4. http://www.advir.com.br/sermoes/artedefalar.htm

5. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, 3ª edição, Ed. Positivo, Edição eletrônica.

6. Bíblia de Estudo Palavras Chave, CPAD.

7. Manual de Pregação, Editora Vida

8. Hermenêutica Avançada, Vida

9. Dicionário escolar da Língua Portugês

Prega a Palavra: A síndrome de Ben-Hadade - Parte II

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Diversas doutrinas abordam o falar em público ou com outra pessoa. É importante frisar que, em termos religiosos, este assunto está contido dentro da HOMILÉTICA. O último conceito que vimos foi o da Dialética, abordaremos mais tarde a importância desta doutrina para o evangelismo pessoal (face-a-face).


Dando continuidade ao Estudo abreviado da Oratória, passaremos a uma breve abordagem sobre a doutrina, de modo direto e dinâmico:




A síndrome de Ben-Hadade


...”Não se gabe quem se cinge das armas, como aquele que as descinge”.

(Acabe, rei de Israel - 1 Reis 20:11)

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvxUJcs6plKY4nDzLhrySDzp5BjMSmLaZAQLvvmtLE6OAELfmLl-rubY9wKHQnrGaKSwEFkMeU7DdpGT2_1DXDmevHIWegn09_wX24AyolQZIA-jt0IF6J0e6RYZbcKW3omWniyQ/s320/Greed_by_Liol.jpg
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Conta-nos a Bíblia que Ben-Hadade, Rei da Síria, objetivou invadir Israel e tomar-lhes a prata, o ouro, as mulheres e os filhos, quando recebeu a resposta positiva de submissão do Rei Acabe, Rei de Israel, novamente mandou seus mensageiros a avisar que, além disso, daria ordem aos seus oficiais que vasculhassem a casa real e as casas dos súditos e levassem consigo todo despojo que encontra-se, tudo quanto fosse precioso, com o simples objetivo de humilhar e rebaixar o Rei Acabe e a Nação de Israel;


Como a resposta dessa vez foi negativa, Ben-Hadade mandou aviso ao Rei Acabe que faria de seu reinado pó, menosprezando ANTECIPADAMENTE o Reino da nação que tinha como Deus o Senhor dos Exércitos! Diante da resposta presunçosa do Rei da Síria, Acabe respondeu: ”Não se gabe quem se cinge das armas, como aquele que as descinge”; O que o Rei de Israel queria afirmar com isso era que o Líder da Nação Síria não deveria contar vitória antes de entrar na guerra!

Infelizmente esta é uma síndrome que atinge milhares de pregadores e oradores no Brasil e no mundo; Muitos sobem tribunas, púlpitos, palanques, e os mais variados locais para exercitarem suas habilidades com tanta pompa e alaridos, que infelizmente acabam descendo do púlpito como deveriam ter entrado.

Conta-nos uma história, que determinado pregador fora chamado para ministra em certo congresso; ao chegar no dia e local marcado, fala-se que o mesmo subiu orgulhoso e pomposo ao palanque, pregou por mais de duas horas, porém o público não se envolvia, nem manifestava qualquer resposta ao sermão do pregador.

Após as incessantes horas ministrando sem notar qualquer sucesso em sua oportunidade, diz-se que o mesmo desceu do palanque, desapontado consigo mesmo e envergonhado diante da multidão que esperava de si muito mais que houvera naquela noite.

Ao descer o último degrau que o conduziria aos bastidores daquela noite de decepção, conta-nos a história que uma humilde senhora que varria o chão daquela estrutura parou de frente para ele, fitou-lhe os olhos e, com autoridade de Deus lhe disse:

“Se o Senhor tivesse subido da forma que está descendo, certamente estaria descendo da forma como o senhor subiu”.

Este Pregador sofreu do que chamamos da SÍNDROME DE BEN-HADADE; Infelizmente esta história fictícia (estória) não é difícil de acontecer em nosso meio. Isso sempre ocorrerá quando o Pregador deixar de confiar primeiramente no Espírito Santo de Deus, sabendo que o conteúdo da mensagem não é seu, mas daquele que o alistou para a obra! Assim como Ben-Hadade teve seu exército mais os trinta e dois reis derrotados e teve que fugir para não ser morto (I RS 20: 12~21), aquele que é investido por Deus de autoridade e desejo de anunciar sua Palavra ao povo e ao invés de confiar no Senhor confia em si mesmo, torna-se um forte candidato a ser portador dessa Síndrome que atinge pregadores e oradores das mais diversas idades, experientes e inexperientes, antigos ou novos na Arte de Falar em Público.

O Pregador é o mediador entre a Igreja e o Texto Sagrado, é o que fala a respeito da Palavra de Deus, Estuda aquilo que Deus disse a fim de saber o que Deus desejava comunicar, tenta trazer as implicações desta Palavra para a Congregação; A Palavra deve ser o centro do equilíbrio na mensagem, nunca as micronarrativas como hinos, alegorias, etc. Não que estes não possam ser usados, mas que sejam utilizados como apoio, não como a metanarrativa, a mensagem em si.

Muitos pregadores pecam neste sentido, deixam de usar como mensagem a Palavra de Deus, em seu lugar baseiam-se em hinos testemunhos, etc. Certo Servo de Deus teve a oportunidade de pregar (anunciar) a Palavra para um seguidor de uma religião oriental, porém, ao invés de basear sua dialética (pois se tratava de um diálogo) na Palavra de Deus, usou de sua experiência, quando tentou de modo tímido “acrescentar algo bíblico”, falou que sabia que o evangelho era verdadeiro em sua vida por causa das mudanças que foram operadas através do Senhor Jesus em sua vida, o Religioso hindu, abriu-lhe um sorriso e afirmou: “Meu senhor Krisnha fez o mesmo por mim”.

Pregar a Palavra é algo tão glorioso, que toda pregação evangélica só terá sucesso em seu objetivo se seu conteúdo for solidificado com a Palavra; testemunho pessoal ajuda, mas não deve ser a mensagem em si, só as escrituras podem ocupar este lugar, os demais elementos do sermão entram na micro, nunca na metanarrativa.

Esta é a advertência que Paulo dá a Timóteo:

Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. (II Tm 4: 1~2)

Paulo autoritariamente ordena a Timóteo: Prega a Palavra (Kerukson ton logon) (4:2); não importando se isso ocorre-se em tempo ou fora dele, portanto que Timóteo prega-se a Palavra, seja ela para Redargüir (contrapor, contestar), repreender, ou exortar, que fosse anunciada com generosidade, nobreza e doutrina. 
Referências:

1. http://pt.shvoong.com/books/1724435-arte-falar-em-p%C3%BAblico/#ixzz1UsCkf8m1

2. http://www.ceismael.com.br/oratoria/eloquencia.htm

3. http://pastor-elder.blogspot.com/2011/07/homiletica.html

4. http://www.advir.com.br/sermoes/artedefalar.htm

5. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, 3ª edição, Ed. Positivo, Edição eletrônica.

6. Bíblia de Estudo Palavras Chave, CPAD.

7. Manual de Pregação, Editora Vida

8. Hermenêutica Avançada, Vida

9. Dicionário escolar da Língua Portugês

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