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Wednesday, November 30, 2011

Religião - Parte I

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"Religião (do latim religare, significando religação com o divino) é um conjunto de sistemas culturais e de crenças, além de visões de mundo, que estabelece os símbolos que relacionam a humanidade com a espiritualidade e os valores morais. Muitas religiões têm narrativas, símbolos, tradições e histórias sagradas que se destinam a dar sentido à vida ou explicar a sua origem e do universo. As religiões tendem a derivar a moralidade, a ética, as leis religiosas ou um estilo de vida preferido de suas idéias sobre o cosmos e a natureza humana"

A Bíblia narra o surgimento da primeira religião e, nessa narrativa, exibe claramente a origem do ato religioso e os resultados da religião para o homem e para tudo a sua volta. No Édem, homem e mulher tinham acesso irrestrito a Deus. Mais que acessível, Deus era uma constante em suas vidas. Homem e mulher não apenas podiam falar com Deus, Deus mesmo os buscava para comunhão, diariamente. Eles sabiam que não passariam um dia sequer sem encontrá-Lo. Havia suprimento abundante e o único trabalho consistia não mudar nada, ou seja, em guardar aquele ambiente para que nada interferisse em tão perfeito estado.

Infelizmente, naquele mais tenebroso dia da história da humanidade, mulher e homem optaram por outra vida. Ao comerem do fruto do conhecimento do bem e do mal, decidiram viver uma realidade completamente diferente. Agora, no tocante ao conhecimento do bem e do mal, eram iguais a Deus. Entretanto, logo perceberam que, quanto à justiça, nunca seriam iguais a Deus. Viram-se nus. E, com o fim de cobrir as suas vergonhas, ou melhor, encobrir sua injustiça, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si. Eis aí a primeira religião do homem.

Toda a religião consiste na mesma atitude: um método, uma fabricação humana, com o fim de transformar o homem, justificá-lo. Essa atitude é sempre impulsionada pela premissa de que, de certo modo, somos quase perfeitos, quase iguais a Deus. O nirvana budista, o homem bom de Confúcio, a obediência islâmica, a propiciação do sacrifício incessante católico, o bom caráter protestante, a instantânea transformação e o poder espiritual dos pentecostais – todos são nomes diferentes para a mesmíssima folha de figueira, a cobertura que o homem, por sua própria ‘excelência’, cose para si mesmo.

O resultado é que o homem e a sua mulher esconderam-se de Deus ao ouvir a Sua voz. Ninguém lhes ensinou a se esconder. Ninguém lhes disse que não poderiam mais ver a Deus. Adão dá a resposta que explica o resultado interior da religião: ‘tive medo, e me escondi’. A religião propõe métodos, exige atividades, garante resultados. Entretanto, no íntimo do homem religioso existe apenas medo. Medo da morte. Medo de não ser aceito.

Medo de, na verdade, não ser como Deus. A religião distorce a percepção humana a respeito de Deus, e distorce ainda mais a percepção humana acerca de sua própria condição.

Quanto à companheira de religião, também companheira de pecado, o que havia no homem era apenas acusação. Medo no coração. Acusação aos semelhantes nos lábios. E, em sua consciência, a insuportável distância de Deus. Mas esse ainda não é o quadro completo da vida religiosa.

A mulher, agora em dores, daria à luz filhos. O desejo da mulher, agora, era para seu marido, e ele a governaria. Que grande ironia para a mulher que escolheu conhecer o bem e mal com o fim de ser igual a Deus – estava, agora, sob seu marido. O homem foi afastado de Deus e agora também precisava laborar na terra, para, do suor de seu rosto, comer o seu pão. A terra se tornou maldita. E a terra maldita se tornou o destino cruel da humanidade: vir do pó, retornar ao pó. Um ciclo estúpido de tirar da terra, com dificuldade, o sustento para uma vida degradada, fadada a esvair-se na mesma terra. (Continua)


Recebido Por e-mail
Autor: Stefano Mozart, November 29, 2011 

Monday, November 28, 2011

Quantos são os evangélicos no Brasil?

Quantos são os evangélicos no Brasil?
Para uns somos 20,2%, ou cerca de 40 milhões de pessoas. Outros falam em 51,1 milhões. Os mais otimistas falam que em 2020 seremos mais da metade da população, ou cerca de 105 milhões de almas.

A velha máxima de que os números não mentem pode estar com os dias contados. Pelo menos, no que diz respeito a estatísticas sobre religião no Brasil. Contrariando as últimas pesquisas sobre a fé no país, que apontam os evangélicos como sendo 20,2% da população – ou menos de 40 milhões de pessoas –, diversas denominações apostam em um panorama mais otimista, no qual os crentes já seriam atualmente 51,1 milhões. Dizem mais: que, caso se mantenham as atuais taxas de crescimento do segmento cristão evangélico, os crentes em Jesus serão, já em 2020, mais da metade da população brasileira, o que equivaleria a 105 milhões de almas. Números evangelásticos (termo cunhado para se referir aos constantes exageros dos crentes) à parte,o certo é que organizações que se dedicam a estatísticas religiosas trabalham com números que apontam uma maioria religiosa protestante no Brasil em apenas dez anos.

O cálculo é feito por organizações como o Departamento de Pesquisas da Sepal (Servindo Pastores e Líderes) e o Ministério Apoio com Informação (MAI), levando em conta a taxa de crescimento que os evangélicos tiveram nas últimas décadas, sobretudo a de 1990. As projeções têm como ponto de partida os Censos periódicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pelo levantamento de 1991, por exemplo, sabe-se que os evangélicos eram 13 milhões naquele tempo, ou 8,9% da população brasileira. Nove anos depois, em 2000, já haviam dobrado de tamanho, passando a ser 26, 1 milhões, 15,45%. “Se o crescimento anual se mantiver nesses patamares, de cerca de 7,4% ao ano, poderemos ter, sim, mais de 50% da população brasileira composta por evangélicos”, aponta o pastor Luis André Bruneto, ligado ao Departamento de Pesquisas da Sepal. “Tudo bem que a tendência mais para frente é que esse aumento venha a se estabilizar. Mas, levando-se em conta a taxa de crescimento anual dos evangélicos, que é mais de três vezes o da população do país em geral, podemos dizer que hoje um em cada quatro brasileiros é protestante”, confirma a matemática Eunice Zillner, do MAI.

Em relação às disparidades de números com um dos últimos levantamentos feitos, o Mapa das Religiões da Fundação Getúlio Vargas (FGV), baseado nos dados da Pesquisa de Orçamento Familiar do IBGE, Bruneto aponta que essa classificação pode ser imprecisa. O estudo destaca uma estabilidade do crescimento pentecostal, que fica em 12% do total da população, um pequeno crescimento das denominações históricas, que passam de 5,39% para 7,47%, e um forte aumento daqueles que se dizem evangélicos, mas não estão em nenhuma denominação específica. “Essas nuances já eram esperadas quando comparadas as mesmas curvas estatísticas entre os censos de 1980 e 2000. Por outro lado, o Mapa das Religiões coloca as quase 200 classificações batistas como ‘históricas’, quando a maioria desse grupo deveria ser classificada como ‘pentecostal’. Em contrapartida, a Universal do Reino de Deus, que sofre grande concorrência, é tida também como ‘pentecostal’ – mesmo grupo no qual foram incluídas as Testemunhas de Jeová no estudo”, critica.

Apesar deste e outros notáveis equívocos, o Mapa das Religiões também confirma o que diversos estudiosos do fenômeno religioso brasileiro já vinham falando: o crescimento econômico e as melhores condições sociais e educacionais no Brasil favoreceriam uma migração de fiéis para igrejas históricas, conhecidas pelo ensino bíblico mais profundo e pela organização eclesiástica que favorece maior participação dos membros, inclusive em termos administrativos. Já o aumento explosivo dos evangélicos, hora ou outra, acabaria levando a um processo de secularização, com o surgimento de crentes apenas “nominais”. Ou seja, é gente que se identifica como protestante por ter nascido ou feito parte de uma denominação, mas agora não frequenta mais a igreja.

PADRÕES HISTÓRICOS

Tais nuances fazem com que muita gente fique com a pulga atrás da orelha com previsões muito otimistas neste aspecto. Mesmo trabalhando com os números, o próprio Bruneto é um que recomenda cautela. “Não se tratam de dados reais. São apenas projeções e perigosas”, observa. Como se está lidando com pessoas, e não com uma ciência exata, é bom deixar claro que a dinâmica populacional é muito intensa e que disparidades e mudanças dificultam a concretização de muitas previsões. Um bom exemplo é o surgimento do secularismo e a queda do crescimento de qualquer religião, comuns após a terceira ou quarta gerações dos convertidos. Exemplo disso acontece na Região Sul, justamente onde aportaram os luteranos, primeiros protestantes a chegarem ao Brasil como grupo organizado, a partir de 1824, com a imigração germânica. No Rio Grande do Sul, é possível encontrar a cidade mais evangélica do Brasil, Quinze de Novembro, com 80,4% de crentes, a apenas 20 quilômetros de uma das menos evangélicas, Alto Alegre, com 0,28% de protestantes. Outro caso é Timbó, em Santa Catarina. Lá, a Igreja Luterana tem mais de 15 mil membros, mas apenas 40 pessoas participam de seus cultos a cada domingo.

“Não existem estudos sérios e estatísticas confiáveis que nos permitam acreditar que o Brasil terá maioria evangélica em uma década”, sentencia o sociólogo Paul Freston, professor catedrático de religião e política na Wilfrid Laurier University, no Canadá, e colaborador na pós-graduação em sociologia na Universidade Federal de São Carlos (SP). Ele defende que, para fazer uma conta mais próxima da realidade, é necessário considerar os padrões históricos de crescimento dos evangélicos a partir dos anos 1950 e não somente na década de 90, quando houve um “pulo”. “Tempos atrás, também falaram que alguns países da América Central teriam a maior de parte de suas populações composta por evangélicos ainda antes da virada do milênio. Claro, isso não se confirmou. Se uma religião avança, outras respondem para frear a perda de fieis”, argumenta o estudioso.

Freston, que é evangélico, diz que já foi considerado um homem sem fé por causa de suas posições mais conservadoras, mas prefere optar por estimativas que considera mais realistas. “Se o crescimento não continuar tão acelerado, os evangélicos terão fracassado? De forma alguma”, ressalva. “A se confirmar o maior crescimento dos tradicionais, devemos levar em conta que, durante 25 anos, pentecostais e neopentecostais estiveram na linha de frente do avanço evangélico no Brasil. Mas essa perda de vigor também precisa ser melhor analisada. O processo pode mostrar uma perda de capacidade de diálogo dos evangélicos com a sociedade. E isso pode trazer consequências ruins a longo prazo”, alerta. Até a divulgação dos números definitivos do Censo 2010, que se promete para o ano que vem – e mesmo depois disso, já que eles parecem tão inconclusivos –, muita água vai correr sob essa ponte.

Se o crescimento anual se mantiver, poderemos ter mais de 50% da população brasileira composta por evangélicos em 2020. (Pastor Luis André Bruneto, do Departamento de Pesquisas de Servindo Pastores e Líderes, de São Paulo)
 

Irã X EUA


Teerã, 27 nov (EFE).- O ministro da Defesa do Irã, Ahmad Vahidi, avisou aos Estados Unidos que seu país está preparado para ensinar "o que significa uma verdadeira guerra".

"O Irã é muito forte neste momento e está preparado para mostrar aos EUA o que significa uma autêntica guerra, se eles realizarem um ato de loucura", disse Vahidi perante uma multidão de Voluntários Islâmicos na cidade de Bushehr, informaram a imprensa local.

As frequentes notícias sobre armas e preparação bélica e os desafios às potências "arrogantes", especialmente EUA e Israel, aumentaram no Irã depois que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) demonstrou sua suspeita que o programa nuclear iraniano tem uma vertente militar.

Vahidi advertiu este domingo que "os que ameaçam a nação iraniana devem decidir até que ponto estão dispostos a se sacrificar e quantos deles estão dispostos a morrer".

"Também devem saber por quanto tempo poderiam suportar uma guerra e em que medida tolerariam ver afundar seus navios de guerra e ter em mente como vão se proteger dos golpes destrutivos e poderosos dos mísseis e foguetes do Irã", acrescentou.

O ministro advertiu ao Governo dos EUA que não devem crer que tem experiência em guerras, porque no Iraque o regime de Saddam Hussein "se rendeu" e no Afeganistão ocuparam o país porque "não havia ninguém para lutar", mas agora, "sua situação em ambos países é muito adversa", com uma resistência crescente. 

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