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Tuesday, April 28, 2009

BLOGAGEM COLETIVA DA UBE: MAX LUCADO NO BRASIL

Max Lucado estará no Rio de Janeiro no dia 25 de julho para compartilhar suas experiências de fé com um público estimado em 15 mil pessoas na Praça da Apoteose. Parte de sua apresentação será feita em português, pois Lucado, que já viveu no Brasil, tem um bom conhecimento da nossa língua. A entrada será gratuita e o evento conta com o apoio da Prefeitura e do Governo do Estado. Serão quatro horas de muita inspiração e motivação com a palavra de Lucado, apresentações de cantores cristãos nacionais e distribuição de vários brindes.


Acesse os Links Abaixo:

http://www.maxlucadonobrasil. com.br

http://www.thomasnelson.com. br/maxlucado


Thursday, April 23, 2009

Você já ouviu falar da Síndrome de Jerusalém?

Você está em um passeio turístico pela cidade de Jerusalém, e um amigo seu começa a agir de modo estranho. No começo você pensa que ele está apenas cansado e atordoado com a mudança de fuso horário (em inglês), mas quando ele começar a se contorcer na cama proclamando ser João Batista, você percebe que alguma coisa está errada. Seu amigo está com a chamada síndrome de Jerusalém.


Um soldado israelense rezando no muroorienteal.
MENAHEM KAHANA/AFP/Getty Images
Um soldado israelense rezando no muro ociental
Veja imagens da síndrome (em inglês)

Jerusalém é um lugar importante para muitas pessoas, principalmente os seguidores de três das principais religiões existentes no mundo: cristianismo, judaísmo e islamismo. Jerusalém é a Cidade Santa, e peregrinos vêm a ela todos os anos, a fim de se aproximar mais dos fundamentos de sua fé. Para os judeus, toda a cidade é Santa, especialmente a Muralha Ocidental (mais conhecida como Muro das Lamentações), que é tudo o restou do Grande Templo destruído pelos romanos. Os muçulmanos vêm até a Cúpula da Rocha (ou Mesquita de Omar), um santuário que é o terceiro local mais sagrado para a fé islâmica. Cristãos fazem peregrinações à igreja do Santo Sepulcro, que marca o ponto onde Jesus foi crucificado e morto, e a Via Dolorosa, caminho que Jesus percorreu, carregando sua cruz.

Jerusalém também é uma cidade política, disputada por várias religiões e facções culturais. Portanto, nesse ambiente arcaico, enriquecido por uma bela e dolorosa história, talvez não seja surpresa que aqueles que procuram por alguma motivação encontrem mais coisas do que realmente existam. Imagine que você é uma garota suburbana morando em uma pequena cidade do interior, criada sobre princípios bíblicos, e encontra-se exatamente no mesmo ponto onde Jesus, seu salvador, morreu. Você provavelmente deve estar desapontada – veio aqui para ver esse lugar cheio de poeira? Por outro lado, poderia reagir com alegria e reverência. Nesse momento, a proximidade com Deus é impressionante.

Mas nem todos saem se proclamando profetas. Teriam estas pessoas algum problema mental? Ou foram apenas arrebatados por uma experiência espiritual muito forte? Nesse artigo vamos explorar a síndrome de Jerusalém e examinar alguns casos reais ocorridos com pessoas que lá estiveram. Também discutiremos o que é ou não real, suas causas e como tratá-las.

Muro Oriental
Normalmente as pessoas deixam pequenos papéis com inscrições nas rachaduras do Muro Oriental. Você já teve ter ouvido o Muro Oriental sendo chamado de Muro das Lamentações. O Muro das Lamentações é o nome mais popular entre os não-judeus, e algumas pessoas dizem que ele parece trazer luz às pessoas que ali fazem suas orações. O nome preferido é Muro Oriental.

Sintomas da síndrome de Jerusalém

Sansão é um personagem bíblico conhecido por sua força sobre-humana – o Hércules do Velho Testamento. Um americano de meia-idade achou que ele mesmo era Sansão. O homem forte da era moderna decidiu que parte do Muro Ocidental precisava ser movido. Ele passou muito tempo se preparando fisicamente e veio a Israel para movê-lo. Depois de uma indisposição com autoridades, ele foi levado para um hospital psiquiátrico.

Já no hospital, um dos psicanalistas inadvertidamente o avisou de que ele não era Sansão. Ele arrombou uma janela e fugiu do hospital. Uma enfermeira o encontrou no ponto de ônibus, elogiou sua força e destreza, fazendo com que ele cooperasse.

Também há o caso da Virgem Maria, ou melhor, a mulher que acha que é a própria Maria. Todos os dias ela segue para a Igreja do Santo Sepulcro, e pranteia a morte de seu filho Jesus no altar de Gólgota. Há uma outra Virgem Maria que convida a todos para a festa de aniversário de seu filho em Belém. A polícia israelense já capturou inúmeros indivíduos vestidos com peles de animais, tentando batizar pessoas, tal como João Batista.

Os peregrinos cristãos da Etiópia dormem do lado de fora da Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém
GALI TIBBON/AFP/Getty Images
Os peregrinos cristãos da Etiópia dormem do lado de fora da Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém

De acordo com o Dr.Yair Bar-El, os sintomas da Síndrome de Jerusalém são:

  • ansiedade;
  • a urgência de deixar o grupo e explorar Jerusalém sozinho ou sozinha;
  • uma obsessão por limpeza, por banhos, chuveiros, etc;
  • cobrir-se com uma túnica branca feita com lençóis de cama;
  • cantar louvores ou recitar músicas ou versos bíblicos;
  • ficar andando nos locais sagrados;
  • pregar um sermão neste mesmo local, conclamando as pessoas a uma vida melhor [fonte: Bar-El et al].

Os guias turísticos de Jerusalém observam estes dois sintomas: agitação, pessoas tensas ou que começam a se desvincular do grupo querendo seguir viagem sozinhas devem ser acompanhadas de perto. Uma vez que se encontram no estágio da túnica branca, não há nada que as faça parar.

Waco, Texas

Outras pessoas dizem que outro exemplo real da síndrome de Jerusalém é o que aconteceu com David Koresh, fundador da seita Herdeiros de Davi envolvido no incidente em Waco. Foi somente depois de sua viagem a Israel que Vernon Wayne Howell rebatizou a si mesmo como David Koresh, em homenagem ao Rei David da Bíblia, e começou a disseminar suas obscuras profecias sobre o Armagedon. Alguns especialistas afirmam que grupos como a seita de Koresh tendem a ser inofensivos, a menos que se sintam perseguidos. Um psiquiatra chegou a sugerir que os negociadores dessem crédito aos devaneios de Koresh, como normalmente é feito nas clínicas que tratam de problemas como o da Síndrome de Jerusalém [fonte: CrimeLibrary (em inglês)].

Leia Mais Sobre o Assunto direto na Fonte: HowStuffWorks





Oração de Um Servo


Mediante os triunfalistas do movimento do Pensamento Positivo, dos que vivem o vício da Vitória Financeira e das Curas Espirituais Obrigatórias, penso o que seria um servo orar hoje como o Messias.

O maior exemplo de submissão é dado no momento de nossa conversa com Deus. Jesus, o nosso Cristo, deu-nos bastante exemplos de orações que serviriam como modelos e norteadores daqueles que tentam agradar a Deus em tudo. Estava Jesus a ensinar seus discípulos orarem, - "Mas tú quando orares..." (Mt. 6: 6) - o modelo que deixou se difere muito dos modelos "INVENTADOS" pelos modernos Pastores "GURUS" evangélicos, Padres "STARS" e afins. O Mestre nunca ensinou orar exigindo de Deus que faça, que cure... Deus faz e cura, eu creio!!! porém ele é Deus e nós seus servos! quantos esquecem do Salmo 23:4 "Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam", não mais estão dispostos a passarem o vale com Cristo, não mais crêem que Deus está em meio a turba, não acreditam que em meio ao problema, Deus passa o vale com seu Servo! quantos não mais querem a vara e o cajado do Bom Pastor, que é usada tanto para guiar como para impor limites; Muitos só seguem o Messias pelo que recebem, não pelo que conhecem Dele (João 6:26 e 68).

Quantos de nós teríamos coragem de dizer: "Não se faça a minha vontade, mais a tua" (Marcos 14:36); Jesus Apregoava que para Deus todas as coisas eram possíveis, Deixava explícito como servo o que pretendia e o que queria, contudo submetia todo seu conhecimento a vontade de Deus; Pedir a vontade de Deus não é falta de Fé, antes é obediência ao maior de todos os mandamentos que é ama-Lo de todo o coração, e de todo o entendimento, e de toda a alma, e de todas as forças (Marcos 12:33), é menosprezar nossas necessidades pela soberana vontade de Deus, é limitar nosso conforto aquilo que Deus nos tem reservado, é saber que há recompensa e livramento mesmo estando em morte, porque aquele que crê ainda que esteja morto viverá (João 11:25). Que nossas petições sejam agradáveis ao Senhor, e assim possamos saborear o fruto da submissão.

Tuesday, April 21, 2009

VERIFICA O ÓBVIO





Leitura;

Colossenses 3:12-17

Assim como Cristo vos perdoou,

assim fazei vós, também. - Colossenses 3:13



Quando Bill Husted se dirigiu para a sua 40ª reunião de ex-colegas da universidade, apertou mãos e abraçou pessoas durante 20 minutos não sabendo que se encontrava por lapso numa reunião completamente diferente à dele e que decorria no mesmo dia e no mesmo edifício.

Bill, um escritor de tecnologia para o Atlanta Journal-Constitution, usou essa experiência para ilustrar uma das suas máximas relativamente à resolução de problemas nos computadores: “Verifica primeiro o óbvio.” Antes de substituíres a placa de som, confirma se o volume não estará no mínimo. Se o modem não funciona, verifica se está ligado.

“Verifica primeiro o óbvio” pode ser também um bom princípio para a resolução de problemas espirituais. Colossenses 3:12-17 lista uma dúzia de qualidades espirituais que indiciam uma alma saudável. Entre elas destacam-se a misericórdia, a benignidade, a humildade, a mansidão, a longanimidade, o perdão, o amor e a gratidão.

Antes de criticarmos a nossa igreja ou outros grupos cristãos, talvez devêssemos pedir ao Senhor para nos revelar as nossas próprias falhas. Antes de desfazermos laços de amizade, deveríamos verificar primeiro se temos posto em prática o perdão e a misericórdia.

É bom que olhemos para o interior do nosso coração, e verifiquemos primeiro o que é óbvio, mesmo quando parece que os nossos problemas são causados por terceiros. – DCM.

O AMOR CRISTÃO É PACIENTE

COM AS FALHAS DOS OUTROS

Monday, April 20, 2009

Existe algo maior do que a fé?


Segundo a Bíblia, existe algo maior do que a fé?


Segundo a Bíblia, é pela fé que entendemos que o mundo foi criado pela Palavra de Deus. Ainda conforme a Bíblia, foi pela fé que a oferta de Abel se tornou mais agradável a Deus do que a de Caim; foi pela fé que Enoque subiu ao céu sem que visse a morte; foi pela fé que Noé construiu uma arca, sendo salvo por Deus do grande dilúvio; foi pela fé que Abraão se dispôs a oferecer seu único filho em obediência à ordem divina; foi pela fé que Moisés libertou o seu povo da longa escravidão egípcia; foi pela fé que Josué venceu grandes obstáculos, atingido o alvo: a Terra Prometida; foi pela fé que Sansão, sozinho, derrotou milhares; foi pela fé que Gideão e seus homens fizeram fracassar aos midianitas; foi pela fé que Davi, mesmo na sua na pequenez, venceu o terrível gigante Golias. Enfim, são incontáveis os exemplos de pessoas que venceram mediante a fé.


Disso não temos nenhuma dúvida. Porém, volto a perguntar: será que há algo maior que a fé?

De acordo com a Bíblia, pela fé, cegos viram, surdos ouviram, mudos falaram, paralíticos andaram e mortos foram miraculosamente ressuscitados. Diz a Palavra de Deus, que ainda que a nossa fé seja do tamanho de um grão de mostarda, ela será suficiente para transportar os montes. Ainda assim, insisto: há algo que supere a fé? Vejamos o que diz as Escrituras: "Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor" (I Co.13:13). Sim, existe algo maior que fé. O amor é maior que fé. O apóstolo Paulo afirma que "ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria" (I Co. 13:2).


Não se quer afirmar com isso que a fé não é importante. Absolutamente. Qualquer cristão realmente convertido sabe que sem fé é impossível agradável a Deus, "porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam" (Hb. 11:6). Todavia, está explícito na Bíblia que o amor é maior do que a fé. Não há como contestar este fato.
Na verdade, prega-se e fala-se mais sobre a fé porque ela está associada (embora não seja este seu único e principal objetivo) ao ato de receber. Já o amor associa-se ao ato de dar. E, como bem sabemos, é muito mais fácil receber do que dar. É exatamente por este motivo que versículos tais como: "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á; porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á" (Mt. 7:7, 8) são usados com muito mais freqüência pelos pregadores atuais do que, por exemplo: "Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e o depositavam aos pés dos apóstolos" (At. 4:34).


Contudo, sem fé amor não pode existir. Ambos: fé e amor são imprescindíveis para a nossa salvação. No entanto, a fé sem as obras, isto é, sem o amor, é morta: "Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo? E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí? Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma. Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o crêem, e estremecem. Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta?" (Tg. 2:14-20).


Jaime Nunes Mendes
Fonte: http://www.melodia.com.br/pages/dinamico.php?id_canal=8&id_texto=6723&acao=materia

Núbia Medeiros, é Membro do Protesto Cristão


Monday, April 13, 2009

Idade de Jesus ao morrer

Professor levanta dúvida sobre idade de Jesus ao morrer

O debate histórico sobre o dia no qual Jesus Cristo foi crucificado no monte Gólgota continua cheio de incógnitas e contradições surgidas dentre os documentos históricos, dos evangelhos, da astronomia e da tradição.

Faltando uma prova esclarecedora, para chegar a uma conclusão é preciso decifrar um complexo quebra-cabeças de pistas: “Pegar o bisturi da crítica” frente ao conteúdo dos evangelhos e desvendar com um grande “temor reverencial” e “dor de cabeça teológico” o que há de histórico e de propagandístico nele.

Quem explica isso é o professor de Filologia Grega da Universidade Complutense de Madri e especialista em Linguística e Literatura do Cristianismo Primitivo, Antonio Piñero, autor do livro “La verdadera Historia de la Pasión”.

Com esta pesquisa, foram derrubados alguns ícones: o primeiro deles, o da idade de Jesus no momento em que morreu.

“Historicamente, não se pode dizer que Jesus morreu com 33 anos”, explica à Agência Efe em entrevista Ramón Teja Casuso, professor de História Antiga da Universidade da Cantábria e professor “honoris causa” da Universidade de Bolonha.

“Cada povo parte de seu feito mais importante para medir o tempo.

E Dionísio, o Exíguo, o monge e matemático que estabeleceu no século VI qual era o ano em que Jesus nasceu - o Anno Domini - estava errado”, assegura Teja.

Investigações históricas posteriores demonstraram que Herodes, o Grande, que era rei da Judéia durante o nascimento de Jesus e responsável pela perseguição e massacre das crianças com menos de dois anos, teria morrido, na realidade, no ano 4 a.C., e, por isso, Cristo teria nascido no ano 5 ou 6 a.C., paradoxalmente.

Essa vertente, que não teria por que contradizer o fato de Jesus ter morrido aos 33 anos, entra em choque com a história que diz que Pôncio Pilatos, o prefeito de Judéia, “lavou as mãos” antes de decidir se executaria Cristo ou Barrabás.

Pôncio Pilatos “ocupou este cargo entre 29 e 37 d.C.”, afirmou Teja, o que significa que Jesus morreu com entre 34 e 42 anos.

De onde vem, então, a ideia de que Cristo morreu aos 33? Os evangelhos nunca afirmam tal coisa, mas Lucas, no capítulo 3, conta que “quando Jesus começou o seu ministério, tinha cerca de 30 anos”.

Já o livro de João descreve até três Páscoas nas quais Jesus vai a Jerusalém (curiosamente, Marcos, Mateus e Lucas só falam de uma), o que fundamenta a crença popular cristã de que seriam 33 os anos de vida do Messias.

Para se aproximar mais de uma data exata, Antonio Piñero considera que é preciso fazer uma investigação astronômica.

“Ele morreu em uma sexta-feira com lua cheia em Páscoa, por isso sabe-se que 15 de Nissan - o primeiro dos 12 meses do calendário judaico -, que é quando se comemora a Páscoa judaica, reunia essas condições” entre os anos citados.

“O resultado é que há duas opções: 7 de abril do ano 30, segundo o qual Cristo teria morrido com 36 anos, e 3 de abril de 33, no qual Cristo teria 39″, assegura.

Piñero considera mais provável a data de 7 de abril do ano 30 como data de sua morte, e encontra a explicação em Paulo de Tarso, também conhecido como São Paulo, e uma das fontes mais fidedignas da doutrina católica através das Epístolas Paulinas.

“A descoberta de uma inscrição demonstra que o prefeito regional de Gálio que julgou Paulo em Corinto, capital de Acaia, esteve ali nessa cidade entre junho de 51 e junho de 52″, segundo o especialista.

Isto faz com que, “se o ano de 33 for considerado como o da morte de Cristo, o cálculo seja muito ajustado”, explica o professor, levando em conta que Paulo passou, após a morte de Jesus, três anos meditando e, depois, 15 dias em Jerusalém e 14 anos pregando.

Jesus teria morrido, então, em 7 de abril do ano 30? Piñero ainda expõe uma ressalva.

“É minha opinião, mas acho que é mais provável que Jesus tenha sido crucificado na quinta-feira, pela simples razão de quem se foi crucificado às 15h de sexta-feira, teria morrido caída a tarde.

Isso, para os judeus é o novo dia, ou seja, sábado (Shabat), dia de descanso”, argumenta Piñero.

“A crucificação em dia de descanso teria sido uma profanação monumental. É mais possível que não tenha sido crucificado na sexta-feira, mas na quinta-feira. Ou seja, não em 7, mas em 6 de abril do ano 30 d.C.”, conclui.

Fonte: EFE / Gospel+

Autor do Livro Uma Vida Com Propósito pede perdão a líderes homossexuais

Rick Warren pede perdão a líderes homossexuais

Rick Warren, pastor de mega-igreja na Califórnia e autor do livro Uma Vida Com Propósitos, pediu perdão a seus amigos homossexuais por fazer comentários em apoio da Proposta 8 da Califórnia. Essa proposta, defendida por evangélicos, católicos e outros religiosos, tinha como objetivo proteger a instituição do casamento contra os ataques legais de ativistas homossexuais.

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Warren agora afirma que ele “nunca deu nenhum apoio” a essa emenda defendendo o casamento.

Na segunda-feira de noite, no programa de TV Larry King Live, da CNN, o Pr. Rick Warren pediu perdão por seu apoio à Proposta 8, dizendo que ele “nunca foi e nunca sera” um “ativista contra o homossexualismo ou contra o casamento gay”.

No entanto, duas semanas antes da votação da Proposta 8 em 4 de novembro, o Pr. Warren distribuiu nota apoiando explicitamente a emenda de proteção ao casamento, ao se dirigir aos membros de sua igreja. “Apoiamos a Proposta 8. E se vocês acreditam no que a Bíblia diz sobre casamento, vocês precisam apoiar a Proposta 8 também”, disse ele.

A seguir a transcrição completa do comentário de Warren poucas semanas antes da votação da Proposta 8:

A hora da eleição está chegando, em apenas duas semanas, e espero que vocês estejam orando sobre seu voto. Uma das propostas que, evidentemente, quero mencionar é a Proposta 8. Essa proposta havia sido instituída porque os tribunais rejeitaram a vontade do povo. E um tribunal com quatro caras realmente votou para mudar a definição de casamento que exite há 5.000 anos.

Ora, permita-me dizer isto realmente com clareza: apoiamos a Proposta 8. E se vocês crêem no que a Bíblia diz sobre casamento, vocês precisam apoiar a Proposta 8. Nunca apóio um candidato, mas em questões morais eu me manifesto bem claramente.

Essa é uma questão, amigos, em que todos os políticos tendem a estar de acordo. Perguntei diretamente para Barack Obama e John McCain: qual é sua definição de casamento? E os dois disseram a mesma coisa: é a definição tradicional, histórica e universal do casamento — um homem e uma mulher, para a vida inteira. E todas as culturas durante 5.000 anos, e todas as religiões durante 5.000 anos, disseram a mesma definição: casamento é entre um homem e uma mulher.

Ora, eis algo interessante. Os gays e as lésbicas são apenas dois por cento da população americana. Não devemos deixar que dois por cento da população decidam mudar uma definição de casamento que tem o apoio de todas as culturas e todas as religiões há 5.000 anos.

Essa não é uma questão exclusivamente cristã. É uma questão humanitária e humana que Deus criou o casamento para o propósito de estabelecer a família, o amor e a procriação.

Por isso, incentivo vocês a apoiar a Proposta 8, e a repassar essa mensagem para outros. Vou distribuir uma nota aos pastores mostrando o que é que creio nessa questão. Mas todos sabem no que creio. Eles me ouviram no Fórum Civil quando perguntei a Obama e McCain sobre suas opiniões.

Entretanto, durante sua entrevista à CNN na segunda-feira, Warren expressou remorso por apoiar a Proposta 8. “Escrevi a todos os meus amigos gays — os líderes gays que eu conhecia — e realmente lhes pedi perdão”, confessou ele.

Além disso, o Pr. Warren disse que ele não queria comentar ou criticar a decisão da Suprema Corte de Iowa, EUA, da semana passada de legalizar o “casamento” homossexual porque “isso não é sua agenda”.

O Dr. Jim Garlow, pastor sênior da Igreja Wesleyana Skyline em San Diego, ajudou a liderar a campanha da Proposta 8 na Califórnia. Garlow admite que está confuso e preocupado com a decisão do Pr. Warren de pedir perdão por ter apoiado a Proposta 8.

“Historicamente, quando instituições e indivíduos recuam de convicções acerca das verdades da Bíblia, só um fator leva a isso: o medo de perder o respeito das outras pessoas. Em outras palavras, preocupar-se mais com o que as outras pessoas vão pensar do que com o que Deus pensa”, concluiu ele.

Fonte: OneNewsNow / Gospel+
Traduzido por: Julio Severo

Saturday, April 4, 2009

Igreja Fervorosa ou Espiritual?




Amanhã (05/04/2009), as Lições Bíblicas do 2º Trimestre (CPAD), trarão um assunto que há muito deveria-se ser abordado dentro das Assembleias de Deus.

Com um tema bastante oportuno, o comentarista Pr. Antônio Gilberto tenta de modo bastante correto abordar os exageros da Igreja de Corinto, mostrando que, apesar de serem repletos dos dons, eram carnais.

Cai como uma luva nos dias de hoje, pois, ao tempo que, estamos sendo inundado por um misticismo desmedido, por causa de homens e mulheres preguiçosos que não suportam mais buscar a vontade do Senhor através das Santas Escrituras, sedem ao imediatismo do século atual, preferindo mensagens instantâneas, sem que para isso tenham trabalho algum.

Também é verdade que homens jactanciosos, movidos por pura vaidade e o pecado de Lúcifer (O Orgulho), deixam-se adorar, persuadindo uma multidão de carentes e cansados com palavras de manipulação, prometendo o que não está nas páginas da bíblia, muito menos na intenção de Seu autor.

Resumindo, esta história acaba com um deficit naquilo que chamamos de Espiritualidade Cristã, e um superavit no que Paulo chama de Carnalidade, pois apesar de hoje em nossas igrejas não faltar nenhum dom (é o que se espera), isto não vem garantindo espiritualidade de seus apaixonados.



Será muito útil para todos: Alunos, Professores, Dirigentes, Obreiros e Ministros participarem com afinco das aulas semanais que teremos neste trimestre, pois pretenderemos à Luz da Bíblia estar aprendendo sobre o que é ser realmente espiritual.

Que após a ministração das páginas da revista da Escola dominical, os Crentes de hoje aprendam o que Paulo quis passar para os Crentes de Corinto, a fim de serem Verdadeiramente Espirituais, e não Carnais.

Pr. Antônio Gilberto
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Friday, April 3, 2009

Ministério pastoral: profissão ou vocação?


Preparo, chamado e opção profissional são elementos que se misturam e se chocam na formação dos pastores brasileiros.

Estima-se que cerca de 90 mil pessoas, no Brasil, exercem a função de pastor evangélico. Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas, um número quase cinco vezes maior do que o de padres, que, em 2006, chegavam a 18.685, de acordo com o Centro de Estatísticas Religiosas e Investigações Sociais, ligado à Igreja Católica. E se é difícil dizer com precisão quantos pastores há no país – a quantidade pode ser bem maior, já que a informalidade é regra e novas congregações surgem da noite para o dia –, também não é tão simples definir exatamente como é o seu trabalho. O que para alguns é uma profissão como qualquer outra, com salários e metas a alcançar, para outros é o mais importante chamado divino, a que nada pode se comparar. Pelo país, pastores-animadores, pastores-empresários e pastores-CEOs dividem espaço com ministros à moda antiga, que investem o tempo em ensinar, ouvir e aconselhar o rebanho de Deus. Entre doutores e leigos, ricos e pobres, seu modo de atuar é tão variado quanto sua formação.

Não por acaso, cursos de teologia proliferam no Brasil com tanta velocidade quanto às novas igrejas. Desde 1999, o Ministério da Educação (MEC) passou a reconhecer os seminários de teologia como cursos de nível superior, com as exigências comuns a qualquer outro tipo de faculdade. Dados do Instituto Nacional de Educação Pública (Inep) mostram que, entre seminários católicos e evangélicos, há 82 instituições reconhecidas – o que não desmerece as demais. Vários dos melhores seminários evangélicos do país não foram atrás do reconhecimento do MEC e seguem com seus antigos currículos. Muitas delas são ligadas à Associação Evangélica de Ensino Teológico na América Latina (Aetal), com sede em São Paulo, que congrega 120 estabelecimentos brasileiros reconhecidos por sua excelência. Para ser filiado, o seminário tem que ter sua “declaração de fé” aceita e ainda precisa passar pelo crivo do Conselho Consultivo da Aetal. O objetivo, de acordo com o estatuto da associação, é “fortalecer a formação de líderes para a América Latina”.

“A procura por formação teológica tem sido imensa. O pentecostalismo clássico se abriu muito para o estudo teológico, até para ter uma identidade de maior seriedade”, explica Fernando Bortolleto, diretor-executivo da Associação de Seminários Teológicos Evangélicos (Aste) e professor do seminário da Igreja Presbiteriana Independente de São Paulo. Com 47 anos de existência, a Aste tem 40 instituições filiadas, todas bem conceituadas. A busca por profissionalização e de melhor preparo favorece o crescimento do interesse por teologia, afirma Bortolleto. Ele deplora, porém, a idéia de que a vida dos pastores seja fácil e com muito dinheiro. “A imprensa não coloca nas manchetes o que é mais normal, e sim o que causa estranheza”, declara, observando, no entanto, que há jovens que pensam na função pastoral como alternativa diante de fracassos profissionais: “Há muito bacharel em teologia sem qualidades mínimas para ser pastor”, diz, sublinhando a grande diferença entre estudar, mesmo em um bom seminário, e ser ordenado para o ministério.

Para Bortolleto, formação acadêmica é fundamental para o bom desempenho de um pastor evangélico, ainda que possuir um diploma não significa que se esteja preparado para exercer a função. “Ver o trabalho ministerial como profissão tem um lado positivo: o pastor deve ter seus direitos resguardados, pois é um trabalhador que precisa sustentar sua família. Mas formalizar a profissão, como outra qualquer, seria complicado”, avalia. No Brasil, a Justiça do Trabalho também tem entendido desta maneira. São comuns casos de pastores que processam igrejas com intuito de receber indenizações de cunho trabalhista. Os juízes, entretanto, têm negado esses pedidos e as decisões já geraram jurisprudência: “É inadmissível, em Direito, conceituar como de emprego a relação entre o pastor e sua igreja” (Arnaldo Sussekind e Délio Maranhão, in Pareceres sobre Direito do Trabalho e Previdência Social, LTr, p. 43). “O vínculo que une o pastor à sua igreja é de natureza religiosa e vocacional, relacionado à resposta a uma chamada interior e não ao intuito de percepção de remuneração terrena”, diz, em 2003, relatório do ministro Ives Gandra Martins Filho, do Tribunal Superior do Trabalho.

Caminho rápido – Se as melhores universidades investem no ensino a distância, pela internet, não poderia ser diferente com os cursos de teologia brasileiros. As ofertas são muitas, e para todos os gostos. “A paz do Senhor Jesus”, diz amavelmente a consultora de vendas Yakyma Matos, de 22 anos. Ela fala de Ituiutaba (MG), e atende os interessados em obter um diploma de bacharelado, mestrado ou doutorado em teologia pagando até R$ 2 mil por um curso à distância. “O diploma pode chegar em três meses, desde que esteja tudo pago”, informa. Basta o aluno enviar ao Seminário Brasileiro de Teologia respostas para as perguntas que vêm com as apostilas, preparadas por Omar Silva da Costa. Apresentado como pastor e reitor, ele ostenta um currículo quilométrico, publicado no site. A reportagem o procurou, mas foi encaminhada a Marcos Marques Muniz, também pastor e relações públicas da instituição, que foi mais longe: “Somos o primeiro seminário no Brasil e no mundo a ordenar pastores”, anuncia – e eles fazem isso também à distância. Pagando 1,2 mil reais por cinco apostilas e mandando de volta o questionário respondido, em três meses qualquer pessoa pode ter um “Diploma de Ordenação Pastoral”.

De acordo com Muniz, em 18 anos de existência, o Seminário Brasileiro de Teologia já conta 34 mil alunos no Brasil e no exterior. Com desenvoltura, o pastor também diz que o título de “Doutor” é bíblico – “a pessoa estuda a profundeza de Deus” – e também pode chegar após um único trimestre. “Qualquer um no Brasil que tiver gosto por igrejas evangélicas pode alugar um salão e duzentas cadeiras, pendurar na porta uma placa e ser pastor da própria congregação, como garante a Constituição”, justifica. Pois para maior espanto daqueles que defendem o preparo formal de obreiros cristãos, dois projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional podem facilitar ainda mais o acesso de qualquer um ao título de teólogo.

O pastor Cyro Mello, secretário-adjunto da Convenção Geral das Assembléias de Deus do Brasil (CGADB), declara que a denominação estuda as medidas judiciais cabíveis contra o Seminário Brasileiro de Teologia. É que outro site do grupo, onde se vê a foto de Omar Silva da Costa, usa o nome “Convenção Geral das Igrejas da Assembléia de Deus do Brasil” – uma sutil diferença. Ele diz que as Assembléias de Deus não costumam fazer nenhum caso com grupos que usam o nome da denominação sem pertencer a uma das convenções, a não ser em situações mais sérias. “Pessoas incautas, humildes, acabam se confundindo”, aponta Cyro, explicando que os pastores das Assembléias de Deus estudam pelo menos quatro anos e depois são avaliados pela denominação, para só então serem ordenados.

Pilar da Reforma – “Há um seminário em cada esquina. Pode-se comprar diplomas”, protesta o pastor Roberto Schuler. Filho de suíço com brasileira, 48 anos de idade, ele tem mestrado, doutorado e atuou como pastor da Igreja Batista na Basiléia e da Igreja Reformada, em Zurique. Agora, Schuler foi convidado pela Convenção Batista Brasileira para assumir a reitoria do Seminário Batista do Norte do Brasil (SBNB), em Recife (PE), uma instituição centenária. Ele evita criticar o ministério de leigos. “Não tenho nada contra o sacerdócio universal de todos os crentes, que é pilar da Reforma Protestante”, declara. “Numa localidade onde não haja ninguém com preparo formal, não sou contra uma pessoa leiga dirigir o trabalho, com amor e sacrifício pessoal”. O problema começa, avalia ele, quando a motivação é outra. “Pessoas exploram comunidades inteiras, com cultos que giram em torno da arrecadação. O ministério pastoral tem caído em descrédito, com muitos escândalos, devido a essa falsa teologia da prosperidade, que não é nem digna de ser chamada de teologia”, lamenta. “Na Suíça, um dos países da Reforma, ser pastor é coisa de um prestígio social tremendo. Os ministros têm curso reconhecido na universidade, conhecem grego, hebraico, latim.”.

“Estudei sete anos e meio, fiz um dos seminários mais exigentes e sei que muita coisa ainda falta”, reconhece, por sua vez, Alceu Lourenço de Souza Jr., de 36 anos, que tirou a maior nota no exame nacional de avaliação que a Igreja Presbiteriana do Brasil faz entre todos os seminários da denominação. Casado e com três filhos, Alceu, que era garçom, se candidatou e esperou dois anos para ser indicado pela sua congregação para começar a estudar no Seminário Teológico Presbiteriano, em São Paulo. E rebate a idéia de que tornar-se pastor é mera opção profissional ou uma chance para ter tranqüilidade financeira. “Senti um peso de responsabilidade pela igreja. Em nossa denominação o pastor não é dono da igreja nem do cofre, e costuma ter a remuneração média dos membros”, explica. Quanto aos pastores leigos, Alceu é taxativo: “Se Deus já está usando quem não tem instrução, creio que esse irmão deva buscar o máximo de formação que puder. Por que repetir erros por falta de conhecimento?”, conclui.

“A Bíblia diz que Paulo fazia tendas e que Neemias construiu os muros da cidade de Jerusalém. Pois eu sou pedreiro e pastor”, diz José Antonio Fernandes Espinela, de 51 anos, pastor da Assembléia de Deus Ministério Glória, na favela da Lagartixa, em Costa Barros, subúrbio do Rio de Janeiro. Nascido e criado no Evangelho, Fernandes, como é conhecido, estudou até a 5ª série do ensino fundamental e parou aos 17 anos, para trabalhar. Fez um curso de teologia básica em uma Assembléia de Deus e depois ordenado por um pastor pentecostal. “Sou respeitado na comunidade, mesmo entre os traficantes”, conta Fernandes, acrescentando que seu ministério tem levado muitos bandidos a Cristo. A igreja funciona em sua própria casa e reúne 40 pessoas. Seu trabalho pastoral? Evangelizar, orar e visitar as pessoas que sofrem. “O povo é pobre e não pode ajudar muito, então também faço trabalho de pedreiro. Algumas pessoas sentem no coração e dão ofertas, que são bem-vindas. Não peço nada, mas vivo da fé”, resume o pregador, que é casado e tem dois filhos.

Em Ourinhos, cidade do interior paulista, o pastor presbiteriano Eduardo Emerich, no melhor estilo calvinista, afirma que seu ministério estava decidido “desde o ventre” de sua mãe. Para ele, o pastorado não se trata mesmo de profissão. “O chamado nasceu e cresceu comigo. Ministério é vocação. Eu me dispus a exercê-lo e nunca dependi financeiramente da igreja”, ressalta, explicando que há 39 anos divide o tempo entre a congregação, que nunca passou de 150 membros, e o magistério, de onde tira seu sustento. “São quatro horas diárias para a igreja e quatro para a escola. Formei várias gerações de bons cristãos e bons cidadãos”, sublinha Emerich. Ao contrário do que muita gente pensa, ele afirma que ser pastor não dá lucro. “É como jogador de futebol; uns três ou quatro fazem sucesso e o resto apenas vive de modo satisfatório”, compara.

“Vasos de barro” – Para David Kornfield, fundador do Ministério de Apoio a Pastores e Igrejas (Mapi), as maiores dificuldades do ministério pastoral hoje são seminaristas sem claro sentido de vocação, as famílias disfuncionais dos futuros líderes e a ausência de mentoria espiritual. Ou, como prefere dizer, a falta de “pastoreio de pastores”, o que, acredita, poderia resgatar o sentido da vocação bíblica. Americano radicado em São Paulo e com doutorado em educação, Kornfield dá valor aos pequenos grupos, que buscam praticar o discipulado cristão e dividem suas experiências – o que chama de “pastoreio mútuo”, ao estilo da Igreja primitiva. Ele acredita que a tendência, em geral, é as igrejas darem cobertura aos pastores leigos e gradativamente ajudá-los com mais conhecimento bíblico, maturidade e firmeza emocional e espiritual. “As denominações tradicionais estão se abrindo para esta realidade e têm que se abrir mais, se não quiserem ser deixadas para trás”, comenta.

“A vocação leva as pessoas a manter os olhos e a mente voltados para Deus e para a cruz de Jesus Cristo”, sintetiza o pastor Ricardo Barbosa de Sousa, 52 anos, 25 deles à frente da Igreja Presbiteriana do Planalto, em Brasília (DF). Ele dá aula de teologia pastoral no Seminário Presbiteriano de Brasília e ministra cursos no Seminário Teológico Servos de Cristo, de São Paulo. Barbosa lembra que o ministro tem a missão de viver como vaso de barro que leva o tesouro da Palavra de Deus, como descreveu o apóstolo Paulo: “Ele não tem poder nem sobre o serviço nem sobre o povo. Nenhum deles é seu”, continua. “O importante é o tesouro, a Palavra, mas muitos supervalorizam o barro, que só é valioso se permanece barro”.

Ele aponta para armadilhas no caminho dos pastores. “Duas palavras são muito usadas pelo diabo: a primeira é ‘leigo’, e 99% da igreja é qualificada nessa nomenclatura que a afasta de seu chamado. A outra palavra perversa é ‘profissional’, cujo foco é produtividade, renda, competência, ganho. Essa despersonalização leva o pastor a virar um executivo, um gerente religioso”, avalia. Para ele, a qualificação é pouco determinada em termos acadêmicos. “Há o aspecto afetivo: ‘Pedro, tu me amas?’, pergunta Jesus. E o que fez de Pedro alguém preparado para apascentar as ovelhas de Deus foi a intensidade de seu afeto para com o Senhor. O mais simples dos pastores, ao responder ‘tu sabes que te amo’, fará o melhor”, sentencia.
(Colaborou Treici Schwengber)

Projetos em andamento no Congresso Nacional

Se boa parte das denominações brasileiras têm incentivado seus pastores a buscar formação teológica, outro segmento evangélico parece trilhar caminho oposto. Dois projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional pretendem conferir o título de teólogo a quem simplesmente exerça algum cargo de liderança eclesiástica – aí incluídos os líderes de pequenas congregações independentes, missionários autônomos e até simples dirigentes de culto. Uma das propostas é do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), ligado à Igreja Universal do Reino de Deus. No entender do parlamentar, qualquer pessoa que exerça há mais de cinco anos a atividade de teólogo, mesmo sem qualquer formação, deve receber o título.

Já o projeto do ex-deputado peemedebista Victorio Galli, que é pastor da Assembléia de Deus no Mato Grosso, visa a considerar como teólogo desde quem administra comunidades religiosas até aqueles que simplesmente pratiquem a “vida contemplativa e meditativa” e realizem obras sociais de caráter cristão. Tais iniciativas, se transformadas em lei, permitiria que mais de um milhão de pessoas fossem consideradas teólogos, mesmo sem qualquer estudo na área. Hoje, na maioria dos seminários brasileiros, a colação de grau em teologia exige pelo menos quatro anos de estudo em nível universitário.

Informalidade é a regra

O ofício de pastor evangélico é reconhecido na Classificação Brasileira de Profissões, que o agrupa na categoria de “ministros de culto, missionários e teólogos”. Mas não é uma atividade regulamentada e não existem normas para exercê-la no país. Cada denominação ou grupo religioso usa as próprias regras, o que inclui a forma de remuneração – e a maioria dos pastores e igrejas prefere assim. Afinal, é bom manter uma distância segura entre Estado e religião. Uma associação denominada Conselho Federal de Teólogos, criada há pouco tempo, tem, no entanto, reivindicado a regulamentação da profissão.

Segundo a assessoria de imprensa do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), ministros religiosos contribuem, em sua maioria, como profissionais autônomos, mas o órgão não sabe informar o número de pastores segurados ou quanto é a contribuição média dessa categoria. A ausência de regulamentação é a razão do Ministério do Trabalho também não saber informar o número exato de profissionais do gênero.

Fonte: Biblioteca da Teologia
Valter Gonçalves Jr.

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