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Thursday, February 24, 2011

O Homem Elefante, uma breve história!



Por vezes leio histórias que conflitam a perspectiva de que somos criados pelo meio em que vivemos. Teoria amplamente desenvolvida e aplicada como verdade no mundo acadêmico. Peço licença humildemente para transcrever a história de um homem que contra todas as expectativas escolheu o amor ensinando-nos o que é ser “igreja”. 

O Homem Elefante foi de fato uma pessoa, chamada Jonh Merrik, que viveu na Inglaterra do século XIX e morreu em 1890, aos 27 anos de idade. Não conheço uma ilustração melhor de conflito de valores entre dois mundos, para não mencionar o mistério eterno de um ser humano. 

Merrik foi provavelmente o ser humano mais disforme que já viveu. Um distúrbio conhecido como neurofibromatose desenvolveu-se progressivamente desde sua tenra infância, transformando-o em uma aberração humana. Foi abandonado pela mãe quando tinha quatro anos de idade e enviando para um reformatório. Aos 14 anos, um apresentador de espetáculos de circo o descobriu e decidiu ganhar dinheiro com sua estranha aparência. Espectadores pagavam alguns centavos para entrar em uma tenda e olhar uma pessoa tão desfigurada que, por determinado ângulo, lembrava um elefante com sua tromba protuberante e camadas de pele com aparência de couro. 

Certo dia, Frederick Treves, cirurgião no London Hospital, atravessou uma rua em direção ao circo depois de sair do trabalho, reparou na tosca representação de um homem elefante na lona de uma tenda e pagou um xelim ao apresentador para deixá-lo entrar. Viu uma criatura encolhida perto de um bico de Bunsen procurando aquecer-se, iluminada pela fraca chama azul do bico de gás. A figura encurvada, enrolada num cobertor, parecia a encarnação da solidão e do desespero. 

Como se tivesse dando ordens a um cachorro, o apresentador berrou: “Levante-se!”. A criatura ergueu-se e deixou o cobertor cair, revelando a Treves “o mais repulsivo espécime da humanidade que já vi”. 

Treves prossegue descrevendo as deformidades do Homem Elefante em detalhes clínicos: Uma massa óssea que se projeta de sua testa; pele esponjosa com a superfície cheia de fissuras, que se assemelha a couves-flores penduradas em camadas sobre suas costas; uma cabeça enorme e desfigurada com o diâmetro da cintura de um homem; a boca, um orifício baboso e deformado; o nariz, um pedaço de pele pendurada; uma bolsa de carne semelhante a um papo de lagarto pendurado em seu peito. O braço direito crescera o dobro do normal, com seus dedos curtos e sem função. Abas de pele com a forma de raquete ficavam penduradas em uma axila; pernas deformadas que só o suportavam caso ele se apoiasse em uma cadeira. Um cheiro nauseante era exalado das protuberâncias de pele esponjosa. 

Como sua repulsa foi superada pela curiosidade a respeito das condições clínicas do homem, o Dr. Treves providenciou exames para John Merrik, já com 21 anos, em seu hospital. Por causa das deformidades na boca, Merrik balbuciava palavras ininteligíveis, e Treves imaginou que fosse retardado. Após tirar fotos e fazer diversas anotações, continuou tentando comunicar-se, mas em vão. Deu-lhe seu cartão de visita e devolveu-o à guarda do apresentador. No dia seguinte, a polícia deu uma batida no circo, e Treves pensou que jamais retornaria a ver o Homem Elefante. Por mais dois anos, John Merrik viveu no ostracismo, tratado como animal de circo e usado para divertir curiosos que, com freqüência, davam gritos de terror. Quando as autoridades belgas fecharam de vez o circo itinerante, seu tutor se aproveitou da parte de Merrik na venda de ingressos e enviou-o de volta a Londres. 

Durante a viagem, os passageiros o atormentavam, levantando a borda de sua capa para espiar o corpo grotesco. Na estação de trem de Londres, policiais o resgataram para uma sala de espera isolada. Jogou-se em um canto escuro, murmurando palavras indecifráveis que os policiais estavam longe de compreender. Ele tinha apenas um raio de esperança: o cartão de visita do dr. Frederick Treves, que vinha guardando em seu bolso por dois anos. Treves respondeu ao chamado da polícia, encontrou Merrik encolhido e choramingando em um canto e levou-o para a área de isolamento do hospital. Ele não havia comido nada desde que deixara a Bélgica. Treves pediu uma bandeja na lanchonete do hospital, mas a enfermeira que a levou, despreparada para tal visão, deu um grito, deixou a bandeja cair e saiu correndo do quarto. O paciente, acostumado a tais reações, mal notou. 

Com o tempo, a equipe do hospital se acostumou com seu morador incomum. Banhos diários eliminaram os odores. Com a prática, Treves aprendeu a compreender a fala de Merrick. Para sua surpresa, descobriu que, longe de ser um retardado, Merrick era alfabetizado; na verdade era um leitor voraz. Tinha estudado a Bíblia, o Livro de Oração Comum (da Igreja Anglicana) e conhecia Jane Austen e Shakeaspeare. Treves escreve:

Seus problemas o enobreciam. Mostrava-se uma criatura gentil, amorosa e cativante sem ressentimentos e sem nenhuma palavra cruel para quem quer que fosse. Jamais o ouvi reclamar. Jamais o ouvi lamentar de ter sua vida arruinada ou se ressentir do tratamento que recebeu nas mãos de seus insensíveis tutores. Sua jornada de vida tinha realmente sido uma via dolorosa, sempre uma subida árdua. Agora, no momento mais sombrio da noite e no caminho mais íngreme, achava-se, por assim dizer, em uma agradável estalagem, iluminada e acochegante.

Certo dia Treves consegui convenceu uma jovem viúva que trabalhava como enfermeira no hospital a dirigir a palavra ao seu hóspede dando-lhe "bom dia". Após a saída da enfermeira Merrick curvou-se no canto da sala chorando copiosamente por aproximadamente uma hora. Passado este período Merrick agradeceu Treves dizendo que era a primeira vez que alguém lhe dirigira a palavra em muitos anos. 

Quando Treves achou uma casa de hóspede disponível no campo, Merrick foi apresentado ao mundo natural, longe dos curiosos olhos humanos. Escutou o canto dos pássaros, espantou um coelho, fez amizade com um cachorro, observou as trutas saltando em um rio. Colheu flores silvestres e trouxe algumas amostras para Treves. A cada nova experiência de vida, ele reagia com o assombro de uma criança. “Sinto-me feliz a cada hora do dia”, repetia ele o tempo todo. Usando a mão esquerda, a única de funcionava, Merrick começou a construir modelos de prédios, colando com cuidado pedaços de papel colorido e cartolina. De seu quarto, de onde avistava a Igreja de St. Philip na esquina observava um novo prédio da igreja sendo erguido. 

Usando as duas igrejas como modelo, trabalhou vários dias para criar a refinada maquete de uma catedral. Denominava a nova igreja que surgia lá fora de “uma imitação da graça saltando cada vez mais para fora da lama”, chamando seu próprio modelo de “minha imitação de uma imitação”. 

Depois de quatro anos de felicidade, a única felicidade que já conhecera, Merrick morreu enquanto dormia. Sua enorme cabeça caiu para trás em seu travesseiro e quebrou-lhe o pescoço, asfixiando-o. O hospital produziu moldes de gesso de seu corpo, a fim de registrar sua rara doença. Algumas peças ainda podem ser vistas no museu do London Hospital, juntamente com a maquete da catedral: “uma imitação da graça saltando cada vez mais para fora da lama”. Tal qual a vida de John Merrick. 

Para aqueles que consideram o mundo visível como tudo o que existe, a questão reside em decidir se deveriam ter permitido que o Homem Elefante vivesse. Na filosofia Nietzchista, limitada a apenas um mundo, o Homem Elefante não tinha direito à existência, nenhum valor intrínseco, nenhuma “alma” que valesse a pena preservar. Por que valorizar uma evidente aberração da natureza? Melhor seria eliminar tal defeito da reserva genética. 

O belo sempre desfrutou de recompensas além do alcance do feio, o forte sempre dominou o fraco, um pequeno número de abastados sempre viveu às custas dos pobres. Contra essa realidade, o Reino de Deus ergue uma bandeira de oposição divina. Jesus foi o primeiro líder mundial a inaugurar um reino com uma função heróica para os derrotados. Como disse Charles Supurgeon, pregador inglês e contemporâneo de John Merrick: “Sua glória foi ter posto de lado a própria glória. A glória da igreja é quando ela põe de lado sua respeitabilidade e dignidade e considera como sua glória, ajuntar os excluídos”.

Extraido da obra Rumores de outro mundo de Philip Yancey.
Fonte:Crentassos
Recebido Por E-mail 

Religiosidade mundana e espiritualidade bíblica

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Por Russell Sheed

Introdução

Segundo Karl Barth, a função da teologia evangélica é formular uma pergunta concernente à verdade, significando com isso que a tarefa do teólogo é inquirir se a igreja tem compreendido e comunicado corretamente o evangelho. O problema consiste em não reconhecer a influência da cultura sobre a nossa interpretação da Palavra inspirada.

Não é novidade que o mundo influencia a teologia, e muitas vezes não reconhecemos essa influência. A hermenêutica evangélica deveria ser o fundamento da sua teologia. A finalidade deste estudo, portanto, é pensar sobre a área em que o pensamento alheio afeta ou afetou a compreensão da teologia e a interpretação da Bíblia.

Usamos o termo “mundo” no sentido de Paulo, em Romanos 12.2. A palavra aion quer dizer tempo, espaço, cultura alienada de Deus. O deus desse aion é aquele que “cega o entendimento dos descrentes para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus” (2Co 4.4). Efésios 2.2 declara que estávamos mortos em transgressões e pecados nos quais costumávamos viver, quando seguimos a presente ordem (aion) deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos que vivem na desobediência. Nada interessaria mais ao demônio do que deturpar o sentido do texto de maneira que os que creem que a Bíblia é a Palavra de Deus a preguem de modo deficiente ou falso.

Tanto o significado do texto como a ênfase dada a certas passagens em detrimento de outras nos foram transmitidas pelas nossas tradições evangélicas. Estas, por sua vez, moldam nossas convicções com respeito ao que é certo e errado na teologia, bem como na prática. “Idealmente, a arte de interpretação, a hermenêutica, tenta reconstruir o contexto histórico-cultural dos materiais estudados, antes de proceder a sua aplicação” (Donaldo R. Curry, “A Collection of Essays on Community”, Missiology, 111:3 (Julho 1975) 369).

Somos pressionados pelos dois horizontes para não somente entender o significado original, mas para entender até onde nossa compreensão do texto não sofre influências do mundo contemporâneo.

Este estudo tem somente a pretensão de levantar algumas questões, e não de oferecer soluções definitivas ou dogmáticas. A hermenêutica continua em fluxo.

I. O aumento do individualismo e a busca pela realização
A. Individualismo — 1 Co 6.19 — Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário de Espírito Santo que habita em vocês e que vocês não são de si mesmos.

1. O mundo crê que você tem capacidade e direito de adorar a Deus sozinho, de acordo com o que você pensa e decide. A igreja é uma ajuda para os que precisam, mas quem tem sua própria Bíblia e pode seguir os seus ensinamentos morais e espirituais não tem muita necessidade de ser inserido em um “corpo”. Quando foi a última vez que ouvimos uma mensagem em que se falasse que Jesus morreu pela igreja? — Ef. 5. 26. Que ele vai casar com a noiva (igreja), e não com você, um indivíduo?

2. Se o Espírito Santo habita em mim, posso confiar em minhas intuições para saber a vontade de Deus e não ser submisso à igreja. Veja os 28 mandamentos recíprocos. Mais perigoso ainda seria entender que uma intuição seja uma mensagem do Senhor. Assim, posso dizer, “Deus me falou”, sem respaldo bíblico.

3. Na prática, percebe-se que os crentes não têm a mesma consciência da necessidade de assistir aos cultos. Num bairro onde a porcentagem de crentes era de 20% (de acordo com a IBGE), uma pesquisa mostrou que apenas 7% da população estava reunida na igreja num determinado domingo. Calcula-se que pela TV e rádio é possível ter o contato com o evangelho e dispensar a necessidade de assistir aos cultos pessoalmente ou de se comprometer com uma igreja local. Não posso realmente ser cristão independente?

B. Em Rm 6.6, Paulo escreveu aos romanos: uma vez batizado em Cristo Jesus, isto é, em sua morte […] para que o corpo do pecado seja destruído, e não sejamos mais escravos do pecado; pois quem morreu, foi justificado do pecado. Deve haver claros sinais da morte do “corpo do pecado”. Santificação como um processo deve ocorrer em todos aqueles que, de fato, morreram com Cristo e com ele foram ressuscitados.

1. Se esquecemos que nossa morte em Adão leva inevitavelmente à morte em delitos e pecados (Ef 2.2), então o “corpo do pecado não deve ser individual, mas corporativo também”. Nós participamos na vitória corporativa em Cristo. Pode-se corretamente dizer que “os santos” significa a Igreja, mas certamente não se pode dizer, “eu sou um santo” ou chamar Paulo ou Pedro de “São Paulo, ou São Pedro”, sem cair no erro da Igreja Católica.

2. A busca pela santidade é uma constante na vida cristã autêntica. “Esforcem-se para... serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor”. Esse é o lado prático, individual, daqueles que, pela fé, foram incluídos no Corpo de Cristo.
George Barna (citado por R.C. Sproul em Gordon Olson) diz que uma pesquisa mostra que 77% dos evangélicos dizem que a humanidade é basicamente boa por natureza. 87% dizem que, na salvação, Deus ajuda os que ajudam a si mesmos. A interpretação bíblica tende a seguir a opinião do mundo que acha que a criança nasce inocente. Certamente iria para o céu, mesmo sem ser batizado ou sem ter aprendido as verdades do evangelho. O evangelista Piper (pai do famoso John Piper) falou que não era dificil ganhar alguém para Cristo. O que era dificil era convencê-lo de que estava perdido.

II. O Mundo aprecia títulos de honra — a Bíblia tem receio de identificar a importância do homem pelo seu rótulo. Até aqueles que desempenharam o papel de pastores não foram chamados de pastor tal e tal, e nem de presbítero fulano de tal, mas apenas “ïrmão”. Títulos honrosos promovem o marketing. Atribuir um título aumenta o prestígio que os “leigos” devem dar ao pastor ou líder eclesiástico.

A. Identificar o pregador ou líder da igreja como profeta — fala-se da “Escola de Profetas”. Quem tem uma chamada para servir a Cristo, pregando o evangelho, tem ministério profético.

1. A Igreja Primitiva entendeu que os líderes da igreja eram “presbiteros” ou “anciãos”. Timóteo era reconhecido como “o irmão”.

a. Em Rm 12.6,7 os dons de profetizar e ensinar são distintos. Se alguém tem direito de se autodenominar “profeta”, ele teria de pronunciar a vontade de Deus de forma específica e individual. Cf. 1 Co 14.24,25 “… por todos será convencido de que é pecador e por todos será julgado, e os segredos do seu coração serão expostos. Assim, ele se prostrará, rosto em terra, e adorará a Deus exclamando, “Deus realmente está entre vocês”.

2. O mesmo ocorre com o título “Apóstolo”. Um desejo de autopromoção ou a busca por mais autoridade pode levar um pastor a se autodenominar apóstolo, enquanto a Bíblia usa esse termo, na maioria dos casos, para falar de alguém autorizado por Cristo para falar em seu nome e com sua autoridade. Ele pode escrever Escrituras como os apóstolos do NT? A segunda geração de líderes da Igreja tinha apóstolos?

3. Não encontramos o título “pastor” para identificar sua posição de líder ou bispo (supervisor). O trabalho de pastorado encontra-se em João 21.15-17 e em At 20.28; 1 Pe 5.1-4.

III. Religiosidade é uma mistura do Mundo com “Espiritualidade”.
1. Paulo iniciou sua mensagem aos atenienses observando que “em todos os aspectos vocês são muito religiosos" (At 17.22, NVI). Para ele, isso significava que cuidavam de manter os seus ídolos contentes, observando as cerimônias costumeiras, seguindo as fórmulas e atos tradicionais com respeito e acuracidade. Religião requer adoração padrão, receitas seguidas à risca. Não deve nos surpreender que Jesus condenou os fariseus que foram meticulosos em dar o dízimo de hortelã, do endro e do cominho, mas negligenciaram os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade (Mt 23.23).
A religiosidade é o inimigo do Deus da Bíblia. Trata a forma como se fosse mais importante que a substância, a roupa mais preciosa que a vida. Na religiosidade, consideram-se práticas externas equivalentes a atitudes do coração. Se Deus não olhasse para o coração, bem podia se agradar como os ídolos atenienses e com as cerimônias que os sacerdotes pagãos tão solenemente repetiam. 2. Religiosidade evangélica Os evangélicos brasileiros não devem imaginar que são imunes diante das incursões da religiosidade em sua espiritualidade. Temos a mania de criticar católicos pela sua religiosidade oca e vazia sem perceber que somos também sujeitos a tradições e práticas que não têm substância espiritual.

a. Orações compostas para aliviar a coceira nos ouvidos dos presentes e não alcançar o trono de Deus. Orações religiosas não são necessariamente rezadas ou lidas, mas certamente carecem da paixão de um coração que vive na presença divina. Orações que não anseiam por Deus (Sl 63.1) estão destituídas de qualquer expectativa por respostas.
b. Mensagens proferidas para preencher o espaço “normal” do culto, mas sem o objetivo claro e definido de edificar os ouvintes. “Tudo seja feito para a edificação da igreja”, ordenou o Apóstolo aos coríntios (1Co 14.26b).
c. Recados supostamente vindos de Deus, porém, claramente concebidos e gerados na imaginação do pregador. Há muito tempo se esqueceu da exortação de Paulo, “Pregue a palavra”, isto é, de Deus e não qualquer “palavra” que surge na cabeça do palestrante.

Glen Johnson – Faculdade Teológica Batista De Brasília, 1988.

Entrevista com 20 pessoas com o propósito de aprender quais seriam os maiores problemas da Igreja Brasileira.
1. A liderança afirma a Bíblia, mas não a explica e não a vive.
2. A liderança não casa a Bíblia com a vida do povo.
3. A liderança está mais preocupada com os negócios da igreja do que com a transformação espiritual do povo.
4. O cristianismo está se reduzindo mais a um credo do que a uma afirmação cognitiva do que seria uma vida obediente a Deus em gratidão por sua graça para conosco..
Saberia o povo qual é o alvo da pregação do seu pastor?

d. Músicas que têm maior capacidade para movimentar o corpo do que o coração. Se estamos cantando para Deus e não como os cantores de um “show” popular, devemos dar prioridade a palavras e músicas que comunicam adoração, amor a Jesus e compromisso com o Senhor. O objetivo da música no culto é adorar em Espírito e em verdade. Muita música cristã apresentada nos cultos fica distante desse ideal.

Jesus disse dos seus contemporâneos: “Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão me adoram; seus ensinamentos não passam de regras ensinadas por homens” (Mc 7.6,7).

e. Dízimos e ofertas para manter o orçamento criado pelo líder ou pelos líderes da igreja. Em lugar de contribuições rotineiras, a Bíblia recomenda: “Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem da com alegria” (2Co 9.7). Como é possível adorar a Deus por meio de sacrifícios financeiros se a motivação não é o amor. O prazer de dar é consequência do amor que motiva a contribuição.

f. Usa os termos “irmão” e “irmã” sem qualquer envolvimento com os membros da família de Deus. A religiosidade não se importa em adotar a linguagem da igreja, sem afeto ou sem compromisso familiar. A fragilidade dos relacionamentos nas igrejas torna-se patente nas divisões e politicagens que rompem os tênues laços de amor. “Não vamos para a igreja enquanto fulano e beltrano estão aí”.

Haveria uma solução? Espiritualidade segundo a Palavra. A tendência natural de práticas e cerimônias evangélicas é de se transformarem apenas em atos religiosos. Há algo que se possa fazer para evitar esse mal?

Algumas sugestões poderão ajudar:
1. Comece o culto com oração intensa, que convide todos a perceberem que Deus está no lugar em que estão reunidos, que ele é uma pessoa, e não um ídolo ou uma criação humana. Conheci uma igreja em que o pastor se prostrou no chão, na frente de todos, e orou por 15 minutos antes de iniciar o culto clamando a Deus por misericórdia e sua presença santa naquele auditório.

Comp. Efésios 3.14-21
2. Escolha a dedo o líder da adoração e os jovens que cantarão na frente, não pela sua capacidade musical, mas pelo seu amor e compromisso com Deus. Na falta de jovens assim, que isso seja motivo de oração constante para que Deus levante verdadeiros adoradores.
3. Adote a prática de Spurgeon que convidava centenas de intercessores a implorar a Deus pela mensagem no porão do templo enquanto ele pregava. Igrejas menores poderão ter três, quatro ou mais pessoas a sustentar a pregação da Palavra com suas petições.

Comp. 1 Tess. 5.17
4. Sempre que houver uma reunião mais informal de bate-papo, deve-se propor um questione em que se avalie se a igreja tem escorregado para o abismo da religiosidade ou tem se afastado da espiritualidade verdadeira. Tomar consciência de que há perigo. Um dos meios mais eficazes de se evitar a catástrofe seria o autoexame.
Comp. 2 Cor. 13.5

A possibilidade de alcançar uma espiritualidade genuína pela pregação ocorrerá se os alvos forem bem definidos:

IV. Exposição bíblica é a maneira mais eficaz de pregar para produzir espiritualidade
1. Exposição da Bíblia como a verdadeira e viva Palavra de Deus, mais cortante do que uma espada de dois gumes. Exposição requer exegese do texto, requer conhecimento do pano de fundo do texto, exige saber o propósito original do texto dentro do seu contexto literário, tudo isso seguido pela aplicação convincente.

2. Pregar sem aplicar, deixa o ouvinte sem alimento, é apenas informação.

A possibilidade de alcançar uma espiritualidade genuína pela pregação ocorrerá se os alvos forem bem definidos:
J. Piper: o alvo da pregação é a glória de Deus. O fundamento da pregação é a cruz de Cristo e o poder da pregação é o Espírito Santo.
Chs. Simeon de Cambridge, há 200 anos: toda mensagem deve humilhar o pecador e exaltar Cristo.

James Stewart, Os objetivos da pregação:
1. Avivar a consciência pela santidade de Deus.
2. Alimentar a mente com a verdade de Deus.
3. Purificar a imaginação com a beleza de Deus.
4. Abrir o coração para o amor de Deus.
5. Dedicar a vontade ao propósito de Deus.


V. Pregue João 13.1-17
Jesus inicia suas instruções finais (v. 1) — “Sabendo Jesus que havia chegado o tempo em que deixaria este mundo e iria para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim.”
Devemos estar alertas de que esse texto trata de amor — cf. v. 34 — “Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros .Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos utros. Com isso todos saberão que vocês são os meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros”.

O Jantar – v. 2 – a última Ceia antes sua morte na cruz
1. v. 3 — Jesus sabia que o Pai havia colocado todas as coisas debaixo do seu poder e que viera de Deus e estava voltando para Deus.

a. Assim, levantou-se da mesa, tirou a capa, tomou uma toalha, derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos seus discípulos, enxugando-os com a toalha que estava em sua cintura.
b. Pedro protesta — Vais lavar os meus pés?
c. Jesus explica — espera — não entendes agora, mas depois.
d. Pedro — nunca lavarás os meus pés!
e. Jesus — se eu não os lavar, você não terá parte comigo
f. Pedro “Então, Senhor, não apenas os meus pés, mas também as minhas mãos e a minha cabeça!”
g. Jesus “Quem já se banhou precisa apenas lavar os pés, todo o seu corpo está limpo. Mas nem todos”. — Sabia quem ia traí-lo — Judas

Todos menos Judas estão limpos — cf. 15.2.

2. Aplicação — Pois se eu, seu Mestre e Senhor, lavei-lhes os pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros.
a. Como se lava os pés dos meus irmãos na igreja?
b. Reconhecendo que nós somos pecadores com pés sujos — sujeira que aparece pelo fato de que ainda andamos no mundo que se manifesta no nosso andar diário.
c. Na ocasião da Ceia — examine-se, julgue a si mesmo, confesse e peça perdão ao Senhor e da Igreja.

1) Nenhum escravo é maior do que seu Senhor — se Jesus perdoa Pedro que negou 3 vezes, como nós negaríamos oferecer perdão aos Pedros que mostram sinais de verdadeira contrição — Sl 51?

2) Nenhum apóstolo é maior do que aquele que o enviou Se um apóstolo tem o direito de perdoar pecados — Jo 20.23, por que o colégio apostólico excluiria Pedro, se o próprio Senhor o perdoou?
d. Pai Nosso
1. Pão nosso (cotidiano – epiousion “para hoje, para amanhã necessário para existência) de amanhã, dá nos hoje.
2. Perdoa nossos pecados como nós perdoamos nossos devedores.

Conclusão
1. Gl 6.1-1. Se alguém for surpreendido em algum pecado, vocês, que são espirituais, deverão restaurá-lo com mansidão. Lave seus pés.

2. Cuide-se, porém, cada um para que também não seja tentado.

3. Humildade — o maior empecilho que barra a oferta de perdão é o orgulho. Lavar os pés do meu irmão, ou da minha esposa, ou do meu marido, é humilhante. Vingar-se mostra que você é homem, que tem fibra, mas aí o escravo se torna maior do que seu senhor. Mt. 18.18 “Digo-lhes a verdade, tudo o que vocês ligarem na terra terá sido ligado no céu, e tudo o que vocês desligarem na terra terá sido desligado no céu.”

4. Espiritualidade tem tudo a ver com Deus, com seu amor e demonstração na vida e nas palavras de Jesus. Disse A.W. Tozer, “porque neste mundo somos como ele” (1 Jo 4.17), seus amigos, nossos amigos; seus inimigos, nossos inimigos; seus perdoados, nossos perdoados, etc.
 

Monday, February 14, 2011

Creia em Deus e Prove do seu descanso.

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Em Hebreu 3: 7~19, seu autor cita salmos 95: 1~7, tratando do momento em que o povo de Israel negligênciava a comunhão com Deus. Neste mesmo salmo, em seu versículo 10, o salmista usa de uma expressão interessante declarada pelo Senhor a respeito do povo.
Deus afirma que passou quarenta anos desgostado com a Geração do deserto. Em síntese, temos em Números 14: 22~23 a afirmação Divina deste desgosto, onde se lê que "dez vezes foi posto à prova" pelo povo (Mar Vermelho - Ex 14: 11~12; em Mara - Ex 15: 23~24; Deserto e Sim - Ex 16:2; em relação ao Maná - Ex 16: 20~27; Refidim - Ex 17: 1~3; em Horebe - Ex. 32: 7; em Teberá - Nm 11: 1; Murmuração do Populacho - Nm 11:14 e em Cades Barnéia - Nm 14). No versículo nove do mesmo Salmo, Deus afirma que foi posto à prova, o que foi citado no versículo anterior (vv.8), onde cita Meribá e Massa, local onde o Povo punha em dúvida a presença do Senhor no meio da Nação (Sl 95: 2~7). Incredulidade suscita a ira de Deus e traz seu juizo (Sl 95:11), é o que constatamos nos evangelhos, epístolas, salmos, e diante da análise dos livros do pentateuco.

Devida as consequencias da incredulidade, não devemos endurecer  o coração. Trata-se de uma advertência do próprio Espírito de Deus, Lembrando a provação do Deserto (Hb 3: 7~8; Sl 95:7~11); A provação, ou tentação do deserto, diz respeito ao coração fechado ao sobrenatural Divino; Testemunhar o Milagre, e com ele constatar a presença de Deus e mesmo assim, não mudar de atitudes, é provocar a indignação Divina, e nos priva de conhecer o melhor de Senhor - O Porvir (vv.11); Tal posicionamento de incredulidade (vv.9) é Pecado (erro), Deus sonda a mente dos que testemunham do seu poder, e ainda permanecem no vício anterior, desprezando o fato da Existência Divina, é uma prova da ignorância acerca dos caminhos do Senhor, nos privando de participar, caso venhamos agir fé, de sua recompensa vindoura (Hb 3:10); O autor da Epístola aos Hebreus, adverte sobre o permanecer neste posicionamento; chamando esta insistencia de conduta de um "coração perverso de incedulidade", pois o erro provém do coração (vv.10), o que subtamente nos afasta do Deus Vivo (vv. 12). 
Ao Cristão cabe a mútua advertência para que o engano do pecado não nos endureça diante do Senhor (vv.13); só somos participamos de Cristo, se confiarmos (ato de fé) até o fim (vv.14). Deus se indigna com os que persistem na incredulidade (vv.15~17), opõe-se aos desobedientes (vv.18) e não beneficia os incrédulos (vv19). Temos que nos exortar (vv.13) e nos esforçar (Hb 4: 11), para que do Eterno gozemos de seu Descanso.

Saturday, February 12, 2011

Bem melhor é amar!

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SE EU PUDER FALAR DE MUITAS COISAS
COISAS QUE JAMAIS VOCE SONHOU OUVIR
MAS SE A MINHA VOZ NÃO REFLETIR AMOR
SEREI COMO SINO A REPICAR
ME PERDEREI NO AR.

E SIGO EM FRENTE DE MANEIRA TAL
A CONSEGUIR COISAS INCRÍVEIS
SE NÃO AMAR A UM AMIGO QUE NÃO CRÊ
DE QUE VALERIA A MINHA FÉ
DE QUE VALERIA A MINHA GRANDE FÉ?!

SE TODO O MEU DINHEIRO E MEUS BENS
DISTRIBUÍ AOS POBRES, FIZ O BEM.
SE NÃO TIVER AMOR NO CORAÇÃO
MEU ATO É SEM RAZÃO!
MEU ATO É SEM RAZÃO.

BEM MELHOR É AMAR
POIS O AMOR É MAIOR
E NOS FAZ CONFIAR
QUE ACIMA DE TUDO
EXISTE OUTRA FORMA
DE SE CONQUISTAR
É MAIOR, POIS QUEM AMA
NÃO BUSCA SOMENTE PRA SI
E A INJUSTIÇA É TRISTEZA PROFUNDA
SEM MEDO DE ERRAR
VAI À LUTA AFIRMANDO
QUE É PRECISO TER FÉ
E ESPERANÇA NA VIDA
MAS SEMPRE É PRECISO AMAR!


Fonte: Vagalume

Jeová

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Jeová,Jeová,Jeová
Quem pode ser com tu és
Jeová, o teu poder quem possuirá?
Quem poderá traçar o rumo da estrela no céu?
Quem transformará os caminhos seus?
Jeová,Jeová,Jeová
Quem pode um grande mar abrir?
Jeová...e as tempestades se acalmar?
Quem pode o sol deter,
pra o Josué vencer
Quem pode um coração consolar?
Jeová, Jeová,Jeová
quem faz uma linda flor brotar?
Jeová quem traz o orvalho da manhã?
Quem faz resplandecer
luz no amanhecer?
Quem no deserto vai nos alimentar?
Jeová,Jeová,jeová
Quem faz o campo florescer?
Jeová,e uma rocha aparecer?
Uma fonte a transbordar
Pra nos recedentar
Qum nos revestirá de tanto poder?
Jeová,Jeová,Jeová,Jeová. 


Fonte: Vagalume

Escolha o Deus do Milagre, não apenas os milagres de Deus.

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Milagres testemunhados, pecados não abandonados. Jesus inferiu juízo contra três cidades: Corazim, Betsaida e Cafarnaum (Mt 11: 20~24). Estas foram testemunha do poder de Deus, e provaram dele, porém, não alteraram seu modo de vida, permanecendo sem arrependimento.

Corazim e Betsaida eram cidades vizinhas, localizadas na Galiléia às margens do Mar de Tiberíades; estas foram cenário da manifestação do ministério de Jesus, onde se testemunhou vários milagres. Betesaida é considerado o local onde Jesus alimentou multidões (Mt 14: 13~21; 15: 32~39) e onde houve a cura de um cego (Mc 8: 22~26). No texto de Mateus 11: 24ss, Cristo traça um paralelo entre as duas cidades Galiléias e duas cidades cidades pagãs da Fenícia: Tiro e Sidom.

Tiro e Sidom eram cidades portuárias, famosas e bem posicionadas, distavam uma da outra cerca de 40 Km. Sidom é a cidade mãe, de onde sairam os colonizadores de Tiro. Devido a  seus status de cidades poderosas, poderiam possuir uma atitude arrogante. A Bíblia declara que Deus entregou Tiro aos Babilônicos, durante o império de Nabucodonosor, enfraquecendo-a e deixando-a sem recursos durante um peíodo de 70 anos, consumando sua existência durante o Império de Alexandre o Grande, em 322 a.C.

Cristo afirmou que se houvesse nas cidadades pagãs da fenícia as manifestações de milagres que houve na Galiléia (Corazim e Betsaida), as duas gigantes litorâneas teriam se arrependida de seus erros, orgulho e vaidade, com panos de saco e com cinzas, que é um sinal extremo de humilhação (vv.21). Mesmo que o fim de Tiro e Sidom tenha sido de Condenação, devido não haver arrependimento (Is 23), Cristo deixa claro que a medida que Deus usará com estas Cidades portuárias, será mais branda de que a que usará par condenar as cidades galiléias.

Cristo deixa Claro que diante de uma experiência com Deus, o homem à quem é revelado o Seu poder, deverá reconhecer: 1) O Poder, 2) Soberania Divina e 3) sua condição pessoal diante do Criador; quando experimentamos os sobrenaturais de Deus, isto deve nos levar a reconhecer estes trê aspectos entre Deus e o homem, e diante deste conhecimento buscar refúgio no esconderijo do Altíssimo, reconhecendo nossa total situação de fragilidade, depedência e miserabilidade, caso contrário estaremos negando a forma mais direta da mensagem do Senhor, que é o mesmo que endurecer o coração, ou seja - REBELIÃO (Neemias 9: 17~20), as misericórdias de Deus nos guarda de sua ira, quando não resistimos sua Voz (Hb 3: 7~12).
Depois Cristo desvia a atençã para outra cidade da Galiléa, Cafarnaum, que fora cenário de operações de milagres, tais como:
  1. Pesca Maravilhosa (Lc 5: 1~11)
  2. Cura de Endemoniados (Mt 9: 32~34; 12: 22~37; Mc 1: 21~28)
  3. Curas de Enfermos (Mt 8: 5~15; 9: 27~31; 12: 9~13; Mc 2: 1~12; 5: 25~34)
  4. Ressurreição de Mortos (Lc 8: 40~56), etc.
A lista é bem mais ampla. Jesus se Dirige a Cafarnaum com uma pergunta seguida de resposta, denuncia o equívoco por não se arrepederem, chegando a afirmar que a condenação é a única certeza que terão. Os Milagres realizados por Cristo e experimentados pelos moradores de Cafarnaum, tratava-se de um convite Divino ao arrependimento e vivência de uma vida diante de Deus. Os Milagres foram tantos e a manifestação do Ministério de Cristo tão fortes, que o paralelo feito dessa vez não fora com cidades fortificadas, nem famosas por sua grandeza e bravura; Cafarnaum é associada a imagem de Sodoma

O relato bíblico menciona que os habitantes de Sodoma eram grandes pecadores contra Deus, segundo uma tradição rabínica, era famosa a crueldade e inospitalidade com forasteiros, afirma que os pecados de Sodoma estavam relacionados à ganância e ao apego excessivo à prospriedade, e que são interpretados como sinais de falta de compaixão. Alguns textos rabínicos acusam os sodomitas de blasfemos e sanguinários. Outra tradição rabínica indica que Sodoma e Gomorra tratavam os visitantes de forma sádica. Um dos crimes cometidos contra os forasteiros é quase idêntico ao de Procusto, na mitologia grega, dizendo respeito à "cama de Sodoma" (midat sdom) na qual os visitantes eram obrigados a dormir. Se os hóspedes fossem mais altos, eram amputados, se eram mais baixos, eram esticados até atingirem o comprimento da cama.

Mesmo diante destes desumanos de Sodoma, Jesus afirmou que se os milagres operados em Cafarnaum fossem operados nesta cidade promíscua, ela permaneceria até hoje; Cristo estava afirmando que, o que fora manifestado da Glória de Deus em Cafarnaum, era o suficiente para fazer com que uma cidade mergulhada numa cultura como a de Sodoma se arrependesse e buscasse a Deus! (vv.23) porém, não é o que aconteceu com a nossa protagonista da Galiléia, ela permaneceu em seus pecados, fazendo o que sempre fez, e considerando o que sempre considerou, entretanto, desprezou a voz de Deus, Colocou-se em rebelião contra o Criador, devdo a isso, no da do Juízo o rigor com Sodoma, apesar desta ser extremamente cruel e pervertida, será menor do que acontecerá com cafarnaum por ser incrédula.

No Livro de Hebreus 3: 7~11,  temos a Seguinte expressão:

Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz, Não endureçais os vossos corações, Como na provocação, no dia da tentação no deserto.Onde vossos pais me tentaram, me provaram, E viram por quarenta anos as minhas obras. Por isso me indignei contra esta geração, E disse: Estes sempre erram em seu coração, E não conheceram os meus caminhos. Assim jurei na minha ira Que não entrarão no meu repouso.
O escritor aos Hebreus Cita o Salmo 95: 7~11, quando o salmista retrata a Rebelião e Israel contra Deus no Deserto, e a setença Divina como descrita em Nm 14: 22~23: E que todos os homens que viram a minha glória e os meus sinais, que fiz no Egito e no deserto, e me tentaram estas dez vezes, e não obedeceram à minha voz,Não verão a terra de que a seus pais jurei, e nenhum daqueles que me provocaram a verá. Deus havia manifestado seu poder dez vezes a este povo, porém sempre se rebelavam contra o Senhor, isto é, não acreditavam, não viviam em conformidade com os estatutos do Senhor dado a Moisés seu servo. Isto condenou os homens a uma vida sem esperança de gozar do bem maior do Senhor, que está no porvir.

Do mesmo modo somos nós, quando não nos arrepedemos diante da Palavra do Senhor, dos Milagres, das Maravilhas, e diante da voz do seu Espírito. John Beevere em seu Livro "O Temor do Senhor", afirma que quanto maior a revelação Divina, maior é o Juízo Divino, não podemos fugir desta realidade, quanto maior for a manifestação de Deus para conosco, isto nos chama a responsabilidade de viver uma vida no conhecimento deste Deus. Não praticar o que nos foi revelado, bem como viver uma vida não condizente com a realidade do milagre que nos foi favorecido, é traçar o futuro em terreno oscilante ou variável, sem fundamentos e de péssima estrutura (Mt 7: 26), é uma prova de que não amamos à Deus (Jo 14: 24).

E se alguém ouvir as minhas palavras, e não crer, eu não o julgo; porque eu vim, não para julgar o mundo, mas para salvar o mundo.
Quem me rejeitar a mim, e não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.

(Jo 12: 47~48)
 O Julgamento do Homem começa em sua escolhas, rejeitar a Palavra de Deus, é escolher o Julgamento futuro e arcar com todas as condenações alí descritas. O Juízo de Deus está próximo, não queira viver apenas os Milagres Divinos, mas escolha Deus como o modo de vida mai seguro para sua eternidade.

Tuesday, February 8, 2011

Entre tragédias Rio ainda pensa em carnaval

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O mundo foi surpreendido com as últimas chuvas no Rio de Janeiro, onde centenas de pessoas morreram, e outra tantas ficaram desabrigadas. Como se não bastasse, novamente o Rio volta as manchetes mudiais, pois, o carnaval mais famoso do planeta foi abatido com um golpe da fatalidade.

Diante dos interesses do público, Local (Rio), Regional, Nacional e Internacional (Turismo), o Governador do Rio de Janeiro resolve levar à frente o desfile das Escolas de Samba, um negócio (que todos sabem) que movimenta milhões ao longo de um ano inteiro de trabalho.
Caso esta 'força' estadual seja disponibilizada, sabemos que os cofres públicos vão ser movimentados, e o dinheiro que irá alavancar as escolas atingidas, poderia estar sendo incementado nas vítimas das enchentes, ou no mínimo, numa infraestrutura mais eficiente para evitar outras tragédias "naturais".

Sabemos que o Turismo é importantíssimo para os cofres público de qualquer Estado, e o Rio de Janeiro lucra muito com o turismo de carnaval... mas, temos que enxergar que esta não é a prioridade do Goveno Carioca, mas vidas, sonhos e fé do povo que elege ao mandato, e com certeza o povo não vive de carnaval! 

A Vida, o Sonho e a Fé está na Família, Moradia e Suprimentos, respectivamente, não apenas em  três ou quatro dias de festa. a Prioidade do Governo é com o BEM ESTAR DO POVO CARIOCA, não com a IMAGEM DO RIO NO EXTERIOR, não podemos nos preocupar com o que o turista do exterior irá pensar caso o SHOW nã aconteça, temos que nos preocupar com as famílias que esperam VERBAS PARA RECOMEÇAR AS VIDAS, ESQUECER OS TRAUMAS, e RESPIRAR NOVAMENTE.

Carnaval temos todos os anos, fatalidades à parte, não podemos esquecer o que é primordial, a vida, que não é apenas o estar vivo, mas possuir tudo pelo qual um dia se lutou, conquistou e amou. Que o Governo Carioca entenda a importancia de suas atitudes.   

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Friday, February 4, 2011

Lançada Semana de Harmonia entre religiões

14564.jpegA Organização das Nações Unidas lançou a sua primeira Semana de Harmonia entre religiões com inúmeras atividades realizadas ao redor do mundo para comemorar o evento, com a participação de organizações intergovernamentais e organismos das Nações Unidas. Depois de séculos de comunidades a tomarem os preceitos de suas religiões em vão, o mundo pode e deve aproveitar esta oportunidade num momento em que a insegurança e a violência ameaça engolir o Oriente Médio.

A religião não começa e termina com o cristianismo, o islamismo e o hinduísmo - as três principais religiões que representam 4,5 bilhões de uma população mundial de cerca de 7 bilhões de pessoas. A lista das religiões / crenças religiosas desde o cristianismo com 2,1 biliões até a Cientologia, com 500.000 seguidores, numera 22* e se contarmos as várias facções, denominações, seitas e facções, o número chega a cerca de 4.200 formas de expressar a fé.
Laia mais no Blog do Sérgio Bispo
Fonte: PRAVDA.RU
 
UI IRMÃO! TÁ COMEÇANDO!!!! 

Thursday, February 3, 2011

Valdomiro, a Vedete dos Neopentecostais!

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Com discurso de homem do povo, carisma inato e um aparato de comunicação competente, Valdemiro Santiago faz sua Mundial ascender ao topo das igrejas neopentecostais do Brasil

Por Rodrigo Cardoso e João Loes
Fotos Pedro Dias/Agência ISTOÉ

Com microfone em punho, Valdemiro Santiago de Oliveira, todo-poderoso líder da Igreja Mundial do Poder de Deus (IMPD), caminha bambeando de um lado para outro do altar fincado bem no centro de um galpão de 18 mil metros quadrados, localizado no Brás, bairro da região central de São Paulo. Dez mil pessoas se aglomeram ao redor do autointitulado apóstolo, em estado de atenção e êxtase, à espera de uma palavra, um toque, um abraço. Com o rebanho em suas mãos, e um timing digno de showman, ele chora, gargalha, transpira. Está entregue à multidão. A voz rouca sai carregada de ironia e ornamentada por um sorriso de canto de boca. “Está um congestionamento aqui fora. Ouvi dizer que acontece uma feira na redondeza!”, diz. Mas não há feira nenhuma. O movimento na região é provocado pelos concorridos cultos desse mineiro de 47 anos, natural de Cisneiros, distrito de Palma, a 400 quilômetros de Belo Horizonte. E Santiago sabe muito bem disso. Há 30 anos no movimento neopentecostal brasileiro, segmento que mais cresce no Brasil (deve chegar a 40 milhões de adeptos no novo Censo), o homem forte da Mundial é o mais fulgurante fenômeno religioso do Brasil atualmente. Sua identificação direta com a massa – é negro, tem sotaque caipira e português falho, trabalhou na roça e passou fome – o coloca nos braços humildes e carentes daqueles que procuram uma solução espiritual para as mazelas da vida.

“Quem me viu na tevê? Quem foi a Interlagos?”, questiona Santiago, enquanto os fiéis, contidos por obreiros, se debatem e gritam em sua direção. No primeiro dia de 2011, o religioso ganhou minutos preciosos em rede nacional por causa da massa impressionante de discípulos que conseguiu arregimentar em pleno 1º de janeiro, vinda de todos os cantos do Brasil para celebrar com ele no autódromo de Interlagos. Segundo os organizadores do evento, havia lá 2,3 milhões de pessoas. Nos dias 9 e 11 de janeiro, quando a reportagem de ISTOÉ acompanhou os cultos na sede mundial da IMPD, no Brás, uma antiga fábrica comprada por R$ 60 milhões em 60 parcelas de R$ 1 milhão, o apóstolo faturou sobre essa exposição em horário nobre. “Ninguém pode dizer que sou um sujeito dotado de uma inteligência, uma sabedoria”, disse Santiago à ISTOÉ, currículo escolar findo no quinto ano do ensino fundamental, mas alinhado em um terno bem cortado, gravata, camisa com abotoaduras douradas e sapatos tamanho 44 impecáveis. “Quem olha a minha vida e faz uma análise não tem como não glorificar Deus.”

Glória: O ex-roceiro, que cuidava de marrecos e foi viciado em drogas, é ovacionado por 2,3 milhões de pessoas, em Interlagos, no primeiro dia de 2011

De fato, o garoto que perdeu a mãe aos 12 anos e caminhava oito quilômetros por dia para levar marmita para os familiares na roça lidera, hoje, um império religioso que conta com três mil igrejas espalhadas pela América do Sul e do Norte, Europa, Ásia e África e 4,5 milhões de fiéis, de acordo com dados da própria IMPD (leia ao lado quadro comparativo com outras denominações evangélicas). Treze anos depois de fundar a Mundial, o homem que gosta de cultivar a fama de matuto mora em um condomínio de luxo em Barueri, na Grande São Paulo, e tem na garagem três carros importados blindados – uma Land Rover, um Toyota e um Peugeot. Motoristas e seguranças particulares estão sempre à sua disposição. Helicópteros e um jato particular também. A Igreja Mundial, por sua vez, tem inaugurado um novo templo por semana e honra, mensalmente, uma despesa em torno de R$ 40 milhões. O dinheiro da igreja vem, principalmente, do dízimo arrecadado. Membros da IMPD estimam receber de doação em seus cultos uma média de R$ 10 por fiel. Há, ainda, envelopes nas cores ouro, prata e bronze. Pastores afirmam que a diferenciação não está diretamente ligada ao valor a ser dado à igreja. Segundo eles, cada tipo de envelope contém uma mensagem diferente. Nesse primeiro mês de 2011, o apóstolo reforçou o pedido por doações argumentando despesas com emissoras de tevê e rádio. “Ano novo, contratos novos e reajustados... Essa semana preciso muito de sua ajuda. Quem pode trazer até terça-feira R$ 100?”, perguntou Santiago. A quantia foi diminuindo à medida que o tempo ia passando. “E uma oferta mínima de R$ 30? Quem puder, fique de pé que o obreiro irá dar o envelope.”

Cura: O milagre é o carro-chefe da Igreja Mundial. Pessoas com câncer e até cadeirantes testemunham ter se curado com a intervenção de Santiago e seus pastores

É a mística de milagreiro de Santiago a chave de seu sucesso e a responsável pelo fenômeno da multiplicação de fiéis à sua volta. E a televisão amplifica em doses continentais esse poder de comunicação inato do líder evangélico. Atualmente ele ocupa 22 horas diárias na programação da Rede 21, que pertence ao grupo Bandeirantes, ao custo de R$ 6 milhões mensais. Com mais R$ 101 mil por mês, pagos à Multichoice, empresa sul-africana distribuidora de sinal, também está no ar em Angola, Moçambique, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe, Líbia, Zimbábue e Botswana. Na telinha, o que se vê são os cultos de Santiago em seus templos. Para isso, a performance do pastor é acompanhada, minuto a minuto, por fotógrafo e uma equipe de cinegrafistas, que registram tudo para ser divulgado, além da tevê, no jornal, na revista e na rádio da igreja. Na África do Sul, a Mundial possui uma hora de programação na TV Soweto, ao custo de R$ 59 mil mensais. Em Maputo, a capital de Moçambique, uma tevê e uma rádio já estão sob o domínio da corrente evangélica do ex-roceiro, fissurado, segundo palavras dos próprios membros da igreja, por se comunicar com os súditos via tevê. Afinal, se em um templo como o do Brás o apóstolo consegue falar para 30 mil pessoas, no ar, citando apenas os que possuem antena parabólica no Brasil, ele chega a 25 milhões de lares via Rede 21.


Não e à toa que, anunciados pela telinha, seus eventos estão sempre lotados. “Aquela máxima da publicidade de que uma imagem vale mais do que mil palavras se aplica muito bem a Valdemiro”, afirma Ronaldo Didini, ex-membro da cúpula da Universal e braço-direito de Santiago, que responde pela estratégia de mídia da igreja. Além dele, são dirigentes da Mundial um consultor financeiro, também ex-Universal, e três deputados eleitos no último pleito – dois federais (José Olímpio, PP/SP e Francisco Floriano, PR/RJ) e um estadual (Rodrigo Moraes, PSC/SP). “As coisas são cada vez mais rápidas e profissionalizadas na Mundial”, diz o pesquisador Ricardo Bitun, autor da tese “Igreja Mundial do Poder de Deus: Rupturas e Continuidades no Campo Religioso Neopentecostal”, defendida na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Isso ocorre, em grande parte, por conta de um fenômeno conhecido como nomadismo religioso. Se durante muito tempo a Igreja Católica era a maior fornecedora de ovelhas ao rebanho pentecostal, agora esses últimos trocam de fiéis entre si. “Meu trabalho é o altar; meu negócio é multiplicar as almas”, diz Santiago, que também fatura com a crise de igrejas como a Renascer em Cristo, por exemplo, que perdeu em 2010 seus discípulos mais ilustres, o jogador de futebol Kaká e sua mulher, Caroline Celico.

A ascensão de Santiago ao olimpo dos líderes religiosos do Brasil começou a ser moldada em 1976, quando, aos 16 anos, ele se converteu ao protestantismo. Naquela época, o garoto revoltado e de difícil trato, que em Cisneiros cuidava de marrecos, arava a terra e colhia ovos de anu para fazer omelete, morava com um dos 12 irmãos na mineira Juiz de Fora. Nessa cidade, trabalhava como pedreiro e levava uma vida desregrada. Dormia muitas noites na calçada e era viciado em drogas – ele se limita a dizer que consumia “álcool e substâncias sintéticas em forma de comprimidos”. Até que um pastor lhe estendeu a mão e Santiago passou a pregar. Foi obreiro, pastor, bispo e membro da cúpula da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). Nos templos de Edir Macedo, atuou por 18 anos e se desligou em 1997, depois de um suposto desentendimento com o líder evangélico. Já havia, porém, decorado a cartilha de seu mentor. Pesquisador da área da sociologia da religião, Ricardo Mariano afirma que as crenças e práticas mágico-religiosas da Mundial são uma cópia da Universal. Tanto que até o nome da igreja de Santiago, Igreja Mundial do Poder de Deus, é uma evidente inspiração na primeira casa: Igreja Universal de Reino de Deus. Perspicaz, o religioso caipira foi beber da fonte que já havia sido aprovada pelo público. Tanto que, além de convidar parte da cúpula da IURD, atraiu também dezenas de pastores, prática que adotou até um ano atrás, quando membros da Mundial começaram a temer que houvesse “universais” infiltrados em suas fileiras.

No altar da igreja que fundou em 1998 Valdemiro passou a receber portadores do vírus da Aids, doentes de câncer e até cadeirantes desenganados pela medicina. As pessoas em cadeira de roda são, até hoje, um dos campeões de audiência. É comum encontrar no templo fiéis carregando para o alto cadeiras de roda, num gesto explícito de libertação. Em um programa no início de janeiro, o apóstolo protagonizou, via tevê, uma situação do tipo. Ao seu lado, caminhando, um ex-paralítico afirmava ter permanecido imóvel por 15 anos. A reportagem de ISTOÉ tentou contato com esse homem, mas membros da cúpula da Mundial disseram ser impossível localizá-lo, pois as fichas de identificação ainda não estão informatizadas e há muitos casos como o dele.
“Meu trabalho é o altar; meu negócio é multiplicar as almas” Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus
O pastor mineiro usa como nenhuma outra liderança pentecostal os depoimentos de enfermos e a evocação da cura divina. Juntos, eles provocam uma catarse espiritual. Os fiéis da IMPD fazem fila para testemunhar, no altar ao lado do apóstolo e com exames médicos em punho, que a medicina já os havia desenganado, mas que a intervenção milagrosa os salvou. “Na Igreja Mundial, o toque no corpo de Santiago é muito valorizado”, diz o sociólogo da religião Flávio Pierucci, da Universidade de São Paulo (USP). Aos 61 anos, a católica catarinense Aledir Lachewtz, 61 anos, levou fotos e roupas de sua tia octogenária que sofria com um edema pulmonar para serem abençoadas em um culto na IMPD. “Os médicos diziam que não tinha mais jeito”, conta Aledir. “Mas, depois das bênçãos, novos exames não apontaram mais nada. O apóstolo tem muito poder de cura.” Essa espécie de pronto-socorro espiritual, como define o teólogo Edin Abumansur, da PUC-SP, floresce de modo particular na Mundial. Enquanto Santiago prega, dezenas de placas com os dizeres “Aqui tem milagre” são levantadas por obreiros para auxiliá-lo. Selecionado previamente e de posse de exames médicos que revelariam primeiro a enfermidade e, em seguida, o desaparecimento dela – chamado na IMPD de “o antes e o depois” –, o fiel é alçado ao microfone ao lado do pastor. E é nessa hora que o líder da Igreja Mundial vira astro.

Do alto de seu 1,90 e 103 quilos (chegou a ter 153, mas emagreceu após uma cirurgia bariátrica, há oito anos), o apóstolo grampeia o rosto da pessoa contra o seu peito. Abraça, chora e grita, como fez com a mãe que atribuiu a cura de sua filha de 6 anos, que voltou a andar e a falar contrariando prognósticos médicos, segundo ela, à fé e às orações feitas na IMPD. “Esse Deus é poderoooso! Isso é para sacudir o barraco do cramunhão e botar pra baixo!”, berra o religioso. Ricardo Mariano, professor do programa de pós-graduação em ciências sociais da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e um dos maiores especialistas do Brasil em movimento neopentecostal, contextualiza: “A ênfase pentecostal na cura divina já tem mais de 60 anos e foi uma das principais responsáveis pelo crescimento desse movimento religioso na América Latina e na África. Desde então, constitui uma das iscas mais atraentes de potenciais adeptos aos templos.”

Os fiéis choram e se emocionam, muitos apresentando exames médicos que revelam o desaparecimento de uma doença
Além da eloquência com que evangeliza, Santiago ficou conhecido por usar chapéus típicos de quem se criou no meio do mato. Assim também é visto em seus finais de semana, que acontecem, como ele diz, às quartas-feiras. Nesses dias, ele se tranca em um sítio, em Santa Isabel, a 50 quilômetros de São Paulo. Lá, desfruta de um pesqueiro, da piscina e do campo de futebol, onde organiza e disputa campeonatos entre times formados por membros de seu ministério. “Mas o que gosto mesmo é de sentar na beira do rio, com minha varinha de pescar”, diz. “Sou um sujeito de pouca educação. É uma coisa de chucro, de caipira”, completa ele, uma espécie de Tim Maia do altar, que passa boa parte do culto distribuindo broncas em obreiros, cinegrafistas e músicos que o acompanham. “Ô, oreiúdo (orelhudo), abre passagem para a mulher chegar até aqui”, disse o chefe da IMPD a um pastor, no culto do domingo 9, provocando gargalhadas nos súditos.

Nem mesmo a esposa, a bispa Franciléia, com quem vive há 26 anos, e as duas filhas do casal, Rachel, 25, e Juliana, 23, que também trabalham em prol do ministério, escapam de seus pitos. O apóstolo também é conhecido por ser incansável na rotina de sua Mundial. Há dias em que nem volta para casa. “Tenho um quarto na igreja”, conta Santiago, referindo-se ao templo do Brás. “Em casa, tenho dormido três, quatro vezes no mês”, completa ele, que diz desfrutar, por noite, de apenas quatro horas de sono. Membro da IMPD, Fernando Trizi reforça o fato. “Antigamente, muitos fiéis dormiam aqui na igreja. E, algumas vezes, o apóstolo acordava de madrugada, descia do quarto e, de pijama, orava com eles.” Ao valorizar a ingenuidade e a simplicidade, o religioso prosperou. “O que chama mais a atenção é a emergência de uma autoridade religiosa pentecostal de expressão nacional negra, tal como o restante da cúpula da igreja”, diz Mariano, autor de “Neopentecostais: Sociologia do Novo Pentecostalismo no Brasil” (Edições Loyola, 1999). Ao contrário de outras neopentecostais de peso, como a Renascer e a Universal, que ficaram mais requintadas em relação ao público que as frequenta, prometendo prosperidade àqueles que também desejam ascensão material, a Mundial tem acolhido a classe menos favorecida, um aglomerado de gente humilde que não se identifica mais com as outras denominações.

Na IMPD, porém, essas pessoas enxergam em seu líder uma figura que, mesmo de terno e gravata e sob os holofotes, fala a língua delas. Foi por meio dessa habilidade inata que muitas personalidades deixaram para trás o passado sofrido e se tornaram notórias. “O Valdemiro é como o Silvio Santos ou o Lula. O camelô que deu certo, mas nunca deixou de ser camelô. O metalúrgico que virou presidente da República, mas não deixou de ser metalúrgico”, compara Bitun. Os astro evangélico promete milagres como se contasse um causo. Apelo irresistível aos corações aflitos.

Fonte: IstoÉ / Púlpito Cristão
Recebido Por E-mail 

Falta Amor e sobra Humor nos púlpitos brasileiros


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Quando analisamos os cultos evangélicos brasileiros, percebemos que os 'pulpiteiros' de plantão, os animadores de púlpito, estão cercados de pessoas em busca de um entretenimento ou um passatempo que lhe proporcionem conforto e relax diante do stress diário e da iminente condenação aos pecados que a Bíblia desnuda diante dos olhares mais cautelosos.

De certo modo, existe aí uma relação de mútuo parasitismo, pois ambas as partes se aproveitam dos interesses demonstrados, e assim cercam-se de vampiros, ao mesmo tempo que são cercados por eles; Tais 'humoristas de igrejas', sobem em seus 'palcos', diante de uma platéia narcisista, que espera ter seu ego massageado, confortado e satisfeito, pelo 'número' que se dispuseram a assistir durante quase duas horas de 'show';

Para atender a exigência da 'platéia', vale tudo, desde Pranchas de Surf, até Rings de Luta Livre,  Batismos coletivos em Toboáguas Gigantes, e até Sangue cenográfico para encenar um 'pacto', entre o cliente e sua 'idéia de Divindade' ao som de muito Rap, Funk, ou quem sabe algum som destes populares, o que interessa portanto é o 'sorriso', as demais coisas, não interessa se vão ser acrescentadas!

Quando partimos para a realidade mais fundamentalista (este fundamentalismo não se refere ao fundamentalismo bíblico), Profetas alucinados, ditando normas de comportamento, trejeitos de religiosidade, e até um certo 'evangéliquês' fielmente repetido pelos obreiros mais ninfetos daquela classe de 'cristãos'; é o evangelho do EMPIRISMO, onde o que vale é a experiência, não a letra, pois segundo tais pregadores, A BÍBLIA MATA, mas o ESPÍRITO do pastor fulano vivifica! ALELUIA IRMÃO.
 
Ai de vós fariseus! Hipócritas! que atravessais o oceano em busca de novos adeptos, e quando conseguem, tornam esses duas vezes mais merecedores do inferno do que vocês mesmos! Dão tanta importância ao ritual, mas desprezam o mais importante dele: a Justiça, a Misericórdia e a Fé!(Mt 23: 15, 23).

É duro ter que admitir que este show de humor e diversão não termina com um final feliz; nesta história querem dar a Deus um papel que não condiz com sua posição de soberania, poder e majestade, ignorando tudo isto querem que Deus divirta o público, que faça algo agradável para o ego deles e assim não passe de um mero palhaço... talvez neste ponto a psicanálise tenha razão, os homens criam o deus à sua Imagem (idéia de Feuerbach ao ridicularizar a religião), se andassem feito cavalos, Deus com certeza, teria um andar de cavalo, ou se relinchassem feito um asno, Deus assim também o faria, pois, são narcisistas, nada mais, e não é de espantar que o deus deles, reflitam a imagem que mais lhe agradem para que possa ser aceito pelos tais.

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