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Thursday, September 16, 2010

São os Apóstolos de hoje os Apóstolos de Cristo? - Parte V

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APOSTOLADO NA ATUALIDADE: MODISMO OU FATO?
    “Para que tome parte neste ministério e apostolado, de que Judas se desviou, para ir para o seu próprio lugar’.
    Atos 1:25

    É fato que atualmente, muitos são tidos por Apóstolos, usam a nomenclatura de Apóstolo, e realmente crêem que são verdadeiros Apóstolos do Senhor Jesus.
    Tal sentimento emana das mais diversas correntes cristãs, Ortodoxas, Neo-ortodoxas, Seitas Cristãs, Liberais, etc. Neste contexto, o mundo é inundado por uma febre justamente no momento em que o cristianismo passa por um momento de popularização, e que muitos homens e mulheres ‘agregam-se’ na religião do momento, a fim de estarem de acordo com a nova tendência social.
    Alguns grupos como os Mórmons, e Denominações evangélicas como Renascer em Cristo, Igreja Mundial do Poder de Deus, e outras que desconhecemos o nome, assumem abertamente a existência do Cargo Apostólico hoje, e fica patente que os que assim são empossados como tais, exercem autoridade sobre os demais ‘oficiais’ da Igreja, e acabam deixando claro um sentimento de ápice eclesiástico para aqueles que de fora observam todo este “frenesi espiritual”.
    Nesta Dança da razão, dois grupos se chocam, os que adotam o Cargo de Apóstolo, chamando normativamente de ‘Ministério Apostólico’, e os que se contrapõem a idéia denominando como modismo este ‘tal movimento Apostólico’. Um terceiro grupo pode se levantar, deixando à cargo de Deus a existência ou não deste cargo.
    Na história da Igreja, não se tem conhecimento de esforços para selecionar novos Apóstolos para suceder os doze após sua morte (At 12: 2). Com o passar do tempo, as exigências para que alguém se qualificasse Apóstolo não poderia se cumprir. Tal esforço só é percebido em At 1:26ss, quando Matias é escolhido por ‘preencher’ os para o Apostolado.
    O Testemunho de mais de dois mil anos de história é que Apóstolos (sujeitos), foram somente aqueles escolhidos, nomeados e comissionados por Jesus para serem as colunas da Igreja, comunidade espiritual de Deus (Lc 6: 13).
    O que compreendemos dos Apóstolos pós-modernos, está atrelado mais a natureza humana do que a vocação Divina; Em busca de posição, poder e status, muitos ‘se consagram’ Apóstolos, se encantam com o título, a declaram absurdos como o “ser a Voz de Deus em português para o Mundo” (Apóstolo Miguel Ângelo – Convenção Internacional), de “possuírem o direito de serem chamado de Pai pelos membros da Igreja” (Apóstolo Estevam Hernandes – Renascer em Cristo), de instituírem novos conceitos doutrinários como é o caso do “Trízimo” o que corresponde à três vezes o valor do Dízimo (Apóstolo Valdomiro - Igreja Mundial do Poder de Deus), usando de palavras persuasivas para se tornarem incontestáveis “não questione a identidade do seu líder” (Apóstolo Renê – Terra Nova), fazendo do dinheiro dos fiéis meio de conforto e ostentação, conforme publica denúncia da revista Época. Os tais fazem da ascensão uma filosofia Ministerial. Numa agitação nunca antes percebida nas igrejas para ver quem é o maior, quem está na vanguarda da revelação do Espírito Santo, quem ostenta a unção mais eficaz. Os que se apavonam do título são os Líderes de ‘Megadenominações’ que mobilizam grandes multidões.
    O Dom Apostólico não está sendo questionado aqui; Cremos na supremacia do Espírito Santo, que deu uns para apóstolos... Para um crescimento sadio de sua igreja. Grandes homens de Deus exercem inspiradamente este dom ainda em nosso século, e muitos outros exercerão com a graça de Deus este dom até a volta de Cristo, o incrível é que tais anjos do Senhor não assumem a função de Apóstolo, mas apenas de servo, fazendo sem a ostentação do título grandes Obras ordenadas pelo Senhor.
    Os que assim assumem-se como Apóstolo, considerando o seu suposto dom como Ministério, Apoiados em suas pretensões, afirmam algo hoje inexistente, talvez baseados no texto de Atos 1:25, quando Pedro, em seu discurso para escolha de um substituto de Judas, usa a expressão “Ministério e Apostolado”, porém, diante de uma análise mais rebuscada, além de percebermos que o conectivo “e” diferencia o dois termos, veremos que tal partícula no grego “κὰι”, uma conjunção coordenativa, que nada mais é que uma palavra que liga duas orações ou termos de mesma função na oração.
    Os dois termos ligados nesta oração são διακνίας e ̀αποστολ͡ης. O primeiro termo é normalmente traduzido por Ministério, talvez este seja o motivo da grande confusão, pois aos olhos menos cuidadosos, Ministério não soa como algo diferente de Apostolado, entretanto, considerando a Conjunção Coordenativa que liga os termos mostrando uma interdependência, e trazendo o verdadeiro sentido de Ministério implícito no termo διακνίας, que sabemos significar SERVIÇO, podemos traduzi-lo como Serviço e Apostolado; o Serviço seria o de edificar a igreja sobre a Pedra Angular que é Jesus Cristo, e o Apostolado seria a missão dada aos Doze de expelir demônios e cura de toda sorte de enfermidades sendo literalmente  ̀αποστολ͡ης, ou seja, Enviados aos perdidos da casa de Israel, pregando que estava próximo o Reino, curando enfermos, ressuscitado mortos, curando leprosos, dando de GRAÇA o que de graça receberam , enviados como ovelhas no meio de lobos, ensinando e pregando nas cidades deles (Mt 10: 5~42 e 11:1), este ministério foi estendido ao mundo não Judeu, mediante a exortação de Deus à Pedro (At 10:1ss e 11:1~18) e a Comissão dada à Paulo de Levar o Evangelho aos gentios (At 9: 10~19; Rm 11: 13; I Co 1:1, 9:1; Gl 1:1; IITm 1: 1, 11).
    Os Apóstolos do nosso senhor Jesus Cristo, os Doze e Paulo, proferiram Palavras reveladas pelo Espírito Santo, assim como fora aos santos Profetas (Ef 3:5; Jd 17).
    Na época do Apóstolo João já existia homens que se declaravam Apóstolos, mas que na verdade não eram (Ap 2: 2), pois o cordeiro possui seus verdadeiros Apóstolos (AP: 21: 14), comissionados por Ele, e tendo recebido dEle autoridade especial para representá-lo e cuidar da doutrina de sua Igreja.
    Verdade seja dita que, após os escritos do Livro do Novo Testamento, antes do fim do século I d.C., tais escritos cessando com o Apóstolo João (95 d.C), os escritos Cristãos não canônicos não cessaram, num período de aproximadamente 55 anos, varias obras foram redigidas por homens que conheceram os Apóstolos e sua doutrina; tais personagens são chamados de pais apostólicos, dos quais citamos como exemplo: Clemente de Roma (Bispo de Roma entre 91 e 100 d.C), que é autor do documento cristão mais antigo, depois do Canon do Novo Testamento, que sobrevive até hoje (Carta à Igreja de Corinto). Além deste documento, temos: Epístola de Inácio (110 d.C), Epístola de Policarpo (110 d.C.), Epístola de Barnabé (90~120 d.C), Didaquê (100 d.C) e o Pastor de Hermas (150 d.C). Tais Livros não devem ser confundidos com os Apócrifos escritos a partir do século II, que possuem textos absurdos e falsificações posteriores.
    Entretanto, tais livros não-Apócrifos e não-Canônicos, não possuem a mesma autoridade dos escritos apostólicos, pois a revelação dada cessou com o Apóstolo João, e de lá para cá, não se admite mais inserções, assim como não se admite mais Apóstolos na mesma chamada dos Doze e Paulo.

    Tratar como modismo o título de Apóstolos encontrados em cada esquina seria o mais brando tratamento que se permitiria. O Fato da soberania do Espírito Santo em separar para sua igreja homens para o Apostolado, não permite que suscitemos um título que não fora para nossa época. É importante frisar o que é Apóstolos hoje, quem são e como atuam.
    Apóstolos, como Pedro, os Onze e Paulo não são mais comissionados pelo Senhor; Agora, o Espírito Santo, segundo sua vontade, concede dons aos homens, para que a igreja continue sendo edificada e alcance a estatura daquele que a chamou das trevas para sua maravilhosa Luz.
      CONCLUSÃO
      Apóstolos do Nosso Senhor Jesus Cristo. É assim que são chamados os Doze Apóstolos, e Paulo Afirma que seu apostolado fora concedido pela vontade do Senhor.
      Como, porém, poderíamos classificar os que hoje se dizem Apóstolos? Será que a Igreja do Senhor poderia definir quem são de fato Apóstolos? Como poderíamos estar aptos para fazer o que a igreja primitiva não fez? Não vemos registros desta Igreja consagrando Apóstolos, ou na história posterior que tal cargo fora repassado. Só existiram os Apóstolos do Nosso Senhor Jesus, especialmente por Ele escolhido e enviados, o que faz Jus ao nome assim normatizado, sendo este o significado do Título.
      Os Doze embaixadores do Rei e o Apóstolo dos Gentios, dividiram seu legado conosco, de Graça, conforme a orientação do próprio Cristo. Porém a sua função não era transferível, pois não pertencia a estes o decidirem quem seriam Apóstolos, apenas eram comissionados a irem aos seus irmãos e o abortivo aos gentios.
      Somos servos. Também podemos ser apóstolos, quando assim o Espírito Santo decidir nos enviar para seu propósito, seja aqui ou em qualquer lugar deste mundo. É um dom, não um cargo.

      _________________________________________________________________________
      REFERÊNCIAS
      • Bruce, F.F.- Pedro, Estevão, Tiago e João: Estudo do Cristianismo não-Paulino/ F.F. Bruce; Pg. 11,  Tradução Eulália A. P. Kregness. – São Paulo: Shedd Publicações, 2005.
      • Grudem, Wayne – Teologia Sistemática/ Wayne Grudem; Pg. 294, 764,  – São Paulo, 1ª Edição, Edições Vida Nova.
      • Fanny, Daila – Revista Portas Abertas – Vol. 28, nº 7, Jun/Jul 2010, P. 16.
      • Gingrich, F. Wilbur. – Léxico do N.T. Grego/ F. Wilbur Gingrich; – São Paulo: Ed. Vida Nova.
      • Taylor, William Carey. – Dicionário do N.T. Grego/ William Carey Taylor; – 10º Edição, Ed. Juerp.
      • Buckland,  Rev. A.R., M.A., et al – Dicionário Bíblico Universal/ Rev. A.R. Buckland; P. 35 – Ed. Vida.
      • Halley, Henry Hamptom – Manual Bíblico de Halley: Nova versão Internacional (NVI); Pg. 776,  Gordon Chown. – São Paulo: Editora Vida, 2001.
      • Champlin,R.N., Ph.D.D. – Enciclopédia  de Bíblia, Teologia e Filosofia, Vol.1, A-C/ R.N. Champlin, Ph.D.D; – Ed Hagnos, São Paulo, 2001.
      • Vine, W.E., et al, . – Dicionário Vine. – 3ª Edição, 2003,  Ed. CPAD.
      • Maxwell, John c. – Bíblia da Liderança Cristã, Lucas 6: 12~19 – P. 877, 2003,  Sociedade Bíblica do Brasil.
      • Davis, John – Novo Dicionário da Bíblia Ampliado e Atualizado, P.100, Ed. Hagnos.
      • Loenon, Lothar, et al, Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, P. 154, à 158.
      • Prudente, Palavra - Estudos sobre Daniel – Disponível em <http://www.palavraprudente.com.br/estudos/daniel_c/micelanea/cap03.html> Acessado em 03Set2010.
      • Teophilo – Dons Espirituais – Disponível em  <http://teoephilo.blogspot.com/2010/01/dons-espirituais-expressao-dons.html> Acessado em 29Ago2010.
      • Monergismo – Apostila de Grego – Disponível em <http://www.monergismo.com/textos/idiomas/apostila_grego_ricardo.pdf> Acessado em 29Ago2010.
      • Gondim, Ricardo – Não quero ser Apóstolo – Disponível em <http://www.ricardogondim.com.br/Artigos/artigos.info.asp?tp=61&sg=0&id=352> Acessado em 27Ago2010.

      Wednesday, September 15, 2010

      São os Apóstolos de hoje os Apóstolos de Cristo? - Parte III

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      DEFINIÇÃO


        O Termo Grego Apostoloi (άποστολόι), significa ‘mensageiros’ ‘enviados’ ou ‘delegados’, indica os que assim chamados, foram investidos de autoridade por aquele que os enviou para realiza a tarefa, tal autoridade não era inerente do enviado mas do seu remetente, sendo, portanto, “impessoal e Intransferível”, em se tratando do Caso dos Doze e Paulo. No hebraico, temos o Termo “selîhîm”, que significa ‘agentes’, possuindo o mesmo peso exegético.  

        Apóstolo como já visto acima, vem do grego `απόστολοι correspondente do verbo apostello (Greg. αποστελλω) significando “enviar com um propósito particular e com uma comissão específica daquele que está enviando”. A aplicação do termo ao indivíduo delega-o plenos poderes de ser tal como seu remetente. O verbo apostello, significa no grego koine “Ser enviado com uma autorização Divina”.   

        Apesar de encontrarmos referências de outros além dos 12 e de Paulo, denominados como Apóstolos, à saber: Barnabé (At 14.4,14), Andronico e Júnias (Rm 16.7), e possivelmente a Apolo (1 Co 4.6,9), Silvano e Timóteo ( 1 Ts 1.1; 2.6) e Tiago, irmão do Senhor (1 Co 15.7; Gl 1.19), é bom frisar que tais  “apóstolos” não possuíam o ‘cargo/função’ de Apóstolo, mas o dom apostólico, o termo aqui aplicado está no sentido geral, o que ainda é essencial para o propósito Divino na Igreja. Neste sentido trata-se de representantes enviados para uma igreja, equivale aos nossos missionários hoje, a grande problemática está entre ter recebido a Função para o Apostolado (Nominal/Condição Específica) e possuir o dom Espiritual de Apóstolo (Condição Geral), como descrito em I Co 12: e Ef 4: 11, onde fica patente que o Espírito Santo divide os Dons como quer a cada um.

        São os Apóstolos de hoje os Apóstolos de Cristo? - Parte II



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        TERMO GREGO

        “Com grande poder os Apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça, Muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas  mãos dos Apóstolos. E costumavam todos reunir-se, de comum acordo, no Pórtico de Salomão.
        (Atos dos Apóstolos 3: 33)

        Apóstolo (ΑΠΟΣΤΟΛΟΣ, `απόστολος): 
        ·              Substantivo Nominativo, Masculino, singular

        Palavra formada de:
        ·               απο [preposição= partindo de, saindo de] (apo = de):
        §   Ex.: já saiu; distante do local.
        ·               στέλλω [verbo regular médio= envio, enviar] (stellō = enviar) 

        `απόστολος Sig.: É literalmente enviado, emissário, embaixador; Forma Verbal “apostéllō” (enviar); e era aplicado em toda variedade de ação. Ex.: enviar um navio, uma expedição naval, um comandante, uma pessoa, etc. A forma nominal é usada com o sentido de Agente Credenciado;

        No Grego existem algumas diferenças do Substantivo

        Sabemos que devido à declinação (uma questão de forma), o Substantivo no Grego neotestamentário tende às declinações quanto aos gêneros, Números e Casos, passemos a observar a declinação nos Casos:

        O que vem a ser Caso?

        É a função que um substantivo (declinado) exerce na sentença. é uma questão de função. São cinco o número de Casos: Nominativo (sujeito), Genitivo(Ad. Adnominal/Posse), Dativo (Ob. Indireto), Acusativo (Ob. Direto) e Vocativo (Invocação).

        Desses Casos Destacamos o Nominativo

        ·               Nominativo: O sujeito de uma sentença aparece sempre no Nominativo. Ex.: Αποστολος γινωσκει - “um Apóstolo conhece (está conhecendo)”.

        Diante dos Casos acima exemplificados, podemos analisar junto as ferramentas corretas, que sempre que a palavra apóstolo esteve empregada aos Doze, estava no Caso Nominativo, ou seja, nas ocorrências em que os doze são designados como apóstolos, exercem a função de sujeito da oração; As demais referencias de apóstolos, quando não se referem aos Doze, referem-se ao sentido Geral e não específico (At 13: 1~3, I Co 12: 28~29, Ef 4: 11).

        Tuesday, September 14, 2010

        São os Apóstolos de hoje os Apóstolos de Cristo? - Parte I

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        Começamos hoje um pequeno estudo sobre o Apóstolado: São os Apóstolos de hoje os Apóstolos de Cristo? Pretendemos esclarecer a realidade do Dom e o mito do oficio  na atualidade, à luz da Biblia. Por não possuirmos palavras adequadas ao início de nossas análises sobre o tema Apóstolo, gostaríamos de citar Wayne Grudem:

        Apóstolo pode ser usado em um sentido amplo ou restrito. Em sentido amplo, ela significa "mensageiro" ou "missionário pioneiro". Mas em sentido restrito, que é o mais comum no Novo Testamento, refere-se a um ofício específico, "apóstolo de Jesus Cristo".
        Esses apóstolos tinham autoridade única para fundar e liderar a igreja primitiva e podiam falar e escrever a palavra de Deus. Muitas de suas palavras escritas tornaram-se as Escrituras do Novo Testamento. Para se qualificar como apóstolo era preciso ter visto com os próprios olhos o Cristo ressurreto e ter sido designado apóstolo pelo próprio Cristo. Houve um número limitado de apóstolos, ao que vemos nenhum apóstolo foi designado depois de Paulo e, certamente, já que ninguém hoje pode preencher o requisito de ter visto o Cristo ressurreto com os próprios olhos, não há apóstolos hoje.
        Embora alguns hoje usem a palavra apóstolo para referirem-se os fundadores de igrejas e evangelistas, isso não parece apropriado e proveitoso, porque simplesmente confunde quem lê o Novo Testamento e vê a grande autoridade ali atribuída ao ofício de "apóstolo". Se alguns, nos tempos modernos, querem atribuir a si o título de "apóstolo", logo levantam a suspeita de que são motivados por um orgulho impróprio e por desejos de auto-exaltação, além de excessiva ambição e desejo de ter na igreja mais autoridade do que qualquer outra pessoa deve corretamente ter.
        Wayne Grudem, em Teologia Sistemática da Editora vida Nova, P. 294 

        Discorrendo por entre as páginas do Livro Sagrado, formulando condições argumentativas, iremos analisar as Afirmações reveladas na Palavra e os fatos existentes hoje em nosso cotidiano.

        Saturday, March 20, 2010

        A Igreja: Natureza, Características e Propósitos

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        De que é feita uma igreja? Como podemos reconhecer uma igreja verdadeira? Quais os propósitos de uma igreja?


        EXPLICAÇÃO E BASE BÍBLICA

        1. A NATUREZA DA IGREJA

        1. Definição. A Igreja é a comunidade de todos os cristãos de todos os tempos. Essa definição compreende que é feita de todos os verdadeiramente salvos, todos aqueles pelos quais cristo morreu para redimir, todos os salvos pela morte de cristo. Inclui todos os verdadeiros cristãos de todos os tempos, os salvos do Novo como do Antigo Testamento.

        O Próprio Jesus Cristo edifica a igreja: “edificarei minha igreja” (Mt 16:18). Seu crescimento não se deu apenas pelo esforço humano, “mas acrescentava-lhe o Senhor, dia-a-dia os que iam sendo salvos” (At 2:47). É uma continuação do modelo estabelecido por Deus no Antigo Testamento. A Septuaginta traduz a palavra “reúne” (heb. Qāhal) pelo termo grego ekklēsiazō, “Convocar uma assembléia”, verbo cognato do substantivo do Novo Testamento ekklēsia, “Igreja”.

        Os autores do Novo Testamento podiam falar do povo de Israel do antigo testamento como uma “igreja” (ekklēsia) no deserto (At 7;38). O Autor dos Hebreus entende que os cristãos de hoje, estão rodeados de uma grande nuvem de testemunhas (Hb 12:1) que retrocede até aos primeiros períodos do antigo testamento e inclui Abel, Enoque, Noé, Abraão, Sara, Gideão, Baraque, Sansão, Jefté, Davi, Samuel e os Profetas (Hb 11:4-32).

        No capítulo 12, o autor aos hebreus afirma que quando nós, cristãos do novo testamento, adoramos a Deus, entramos na presença da assembléia (ekklēsia) dos primogênitos arrolados nos céus. Os Autores do novo testamento vêem tanto os cristãos judeus como gentios unidos na igreja. Juntos foram feitos um (Ef 2:14), um novo homem (v.15), concidadãos (v.19) e membros da “Família de Deus” (v.19). É correto pensar na igreja como povo de Deus de todos os tempos, tanto os salvos do antigo testamento como do novo testamento. 2. Igreja é Visível como a comunidade de todos os cristãos genuínos. Podemos perceber sinais externos de uma mudança espiritual interior, mas não enxergamos o coração. Só Deus o pode. O senhor conhece os que lhes pertence (II Tm 2:19). A Igreja invisível é a igreja como Deus a vê. A igreja católica argumentara que somente na organização visível da igreja romana poderíamos encontrar a verdadeira igreja, a única; Até mesmo hoje tal posição é sustentada. Em 25 de março de 1987, a Comissão Ad Hoc da Conferência Nacional dos Bispos Católicos (dos EUA) criticou o cristianismo evangélico (chamado fundamentalismo bíblico) principalmente porque tirou o povo da única igreja verdadeira. A Igreja Católica Romana tinha a forma externa, a organização, mas era apenas uma concha. Calvino argumentou que assim como Caifás (sumo sacerdote na época de Cristo) era descendente de Arão e não era um verdadeiro sacerdote também os Bispos católicos romanos “descendiam” dos apóstolos em uma linha de sucessão, mas não eram verdadeiros bispos da igreja de Cristo, a organização visível deles não era a igreja verdadeira. Calvino afirmou: “A pretensão de sucessão é vã se os descendentes não conservarem sã e incorrupta a verdade de Cristo que eles receberam da mão de seus pais e não conservarem sã e incorrupta a verdade de Cristo que eles receberam da mão de seus pais e não permaneceram nela [...] que valor tal sucessão tem, se não incluir também imitação incorrupta de seus sucessores!”

        A Verdadeira Igreja de Cristo certamente tinha também um aspecto visível, esta é a Igreja como os cristãos a vêem na terra; inclui todos os que professam a fé em Cristo e dão prova de tal fé na vida. Paulo certamente sabia que havia descrentes nas igrejas as quais escrevia, pareciam ser cristãos mas no fim iam desviar-se. A igreja visível é o grupo de pessoas que se reúnem toda semana para cultuar a Deus como Igreja e professar a fé em Cristo. Reconhecendo esta distinção entre igreja visível e invisível, Agostinho disse, referindo-se à Igreja visível: “Muitas Ovelhas estão fora, muitos lobos estão dentro”. Reconhecemos como membros da igreja todos os que pela confissão de fé, pelo exemplo de vida e pela participação nos sacramentos professam o mesmo Cristo conosco. Não devemos tentar excluir ninguém da comunhão da igreja a não ser que este traga disciplina sobre si mesmo por causa do pecado publicamente conhecido. 3.Igreja é local e Universal. Numa Casa, em uma cidade, região e até no mundo, a igreja é compreendida. O Povo de deus é considerado desde o nível de grupo local até o universal pode corretamente ser chamada “A Igreja”. Não devemos cometer o erro de dizer que somente uma igreja que se reúne em casas expressa a verdadeira natureza da igreja, nem uma igreja que assume o nível de uma cidade, nem que só a igreja universal pode ser chamada apropriadamente pelo nome igreja. Pelo contrário, a comunidade do povo de Deus vista em qualquer nível pode ser corretamente chamada igreja.

        Uma das primeiras descrições ou metáforas aplicadas à igreja é a de povo de Deus. Com o uso desta frase, a perspectiva é de focalizar no relacionamento de dependência de Deus dentro dos limites da aliança estabelecida. Êxodo 19 assenta os elementos essenciais desta aliança e da designação de ser povo peculiar a Deus. Nestes mesmos termos encerram-se também as figuras de sacerdócio real, nação santa, povo adquirido, povo eleito e em parte referências à participação no reino de Deus. No Antigo Testamento, o conceito de igreja é traçado em termos da nação como um todo ou de um remanescente, porém há modificações de tal idéia no Novo Testamento, partindo do desenvolvimento das referências a um remanescente fiel. É na base do conceito de Israel como o povo de Deus que o Novo Testamento desenvolve o seu ensino do povo de Deus em Cristo. O Antigo Testamento utiliza muito a imagem da esposa, muitas vezes encerrado nos termos de prostituição. Vez por outra, a mensagem referida tem sentido duplo, já que o culto aos deuses dos povos ao redor de Israel era comumente associado a orgias e à utilização de prostituição nos próprios

        templos e altares pagãos. Quando o texto fala de prostituir-se com outros deuses, trata diretamente de questões de prostituição e lascívia sexual, mas o enfoque principal é a infidelidade de Israel a YHWH, sob a figura da relação matrimonial sendo violada pela esposa. O ideal da natureza da igreja é, no entanto, referido aqui no sentido de pureza relacional e fidelidade perante Deus. É este aspecto da natureza da igreja que normalmente vem sendo apontado na utilização dos termos esposa, noiva e

        Também Templo. Outra agrupação de termos reflete a missão a ser desempenhada pela igreja. Estas designações como corpo e membros de Cristo, refletem a igreja como a presença visível e ativa de Deus na terra. A missão de estender o ministério de Cristo espelha-se nos termos como ramos da parreira, galhos da oliva, lavradores da vinha, coluna e baluarte da verdade, luzeiro e sacerdócio real. Há também expressões parecidas sacadas da agricultura como lavoura, vinha e horta, mas estes termos refletem mais a obra de Cristo nos integrantes da igreja, em conjunto com termos no sentido de edifício, construção e seu vínculo com colocações da obra de Cristo na igreja. Este agrupação de termos reflete a natureza da igreja pelo seu aspecto do processo de desenvolvimento, chegando a cumprir com o propósito de Deus. Entre outras podemos relacionar: Família, a Noiva de Cristo, Ramos de uma videira, Oliveira, Lavoura, Edifício, colheita, um novo templo, novo Grupo de sacerdotes, Casa de Deus, Coluna e Baluarte da Verdade, Corpo de Cristo.

        Entre os Protestantes evangélicos tem havido diferença de posição sobre a questão do relacionamento entre Israel e a igreja. As Promessas de Deus para Israel são as bênçãos terrenais, quanto para igreja, as celestiais. Deve-se lembrar da parábola de Jesus lançada aos fariseus, na qual ele os trata como lavradores maus, cuja posição e responsabilidade lhes são tomadas para serem entregues a outros. Aqui é interessante notar que os fariseus compreenderam a mensagem de que o reino lhes seria tirado, mesmo se não aceitassem a palavra. Além desta passagem, lembra-se também as colocações no livro de Isaias referentes à missão de trazer todos os povos a cultuarem ao Senhor. Lembra-se que a Bíblia deixa abertura para que Israel se volte a Deus e novamente encontre o seu lugar dentro dos propósitos de Deus. Esta reintegração, no entanto, dependeria do arrependimento do povo. A mensagem missionária referida por Jesus já havia sido expressa na aliança sinaítica, a qual, por sua vez, tem fundamento no propósito de Deus, registrado a partir de Gênesis 3, para reconciliar consigo mesmo os seres humanos alienados em pecado. Tal ensino é mais claro nos profetas como Isaías. Na aliança sinaítica, a proposta missionária era integral à identificação do povo como povo de Deus. Esta condição foi quebrada por Israel inúmeras vezes. A única ressalva para o povo continuar sob a aliança era a misericórdia de Deus, pois eles já haviam rompido a aliança desde o deserto, mesmo antes de entrar na terra prometida. Deus não tem dois propósitos separados para a Igreja e Israel, mas sim um único propósito – Estabelecimento do Reino de Deus. Judeu é aquele que interiormente é circuncidado, ou seja, no coração, não segundo a letra. Paulo considera Abraão pai de todos os Judeus, todos os que crêem.

        A igreja autêntica existe como a concretização do reinar de Deus e não pode existir desvinculada

        deste reino. É na vida da igreja—o povo de Deus—que o reinar de Cristo tem forma e exercício. O conceito do Reinar de Deus é a categoria principal no estudo da escatologia, porém é na igreja que este reino tem o seu começo e a sua concretização primária. “No Novo Testamento, o reino de Deus é principalmente o seu reinar nas vidas daqueles que se submetem à sua autoridade”. Logo o termo “reino de Deus” pode ser definido como o Seu “governo em ação”, ou o “reinar de Deus”. Segundo as declarações de Jesus, o Seu reinar já é “uma realidade na história humana”. Deus já reina entre o povo, mesmo que não de forma política ou teocrática no sentido ideal da aliança sinaítica. O povo de Israel dava muita ênfase à questão de viverem diretamente sob o reinado de Deus, mas pode-se ver que esta realidade nunca teve uma concretização plena. Quando as multidões queriam fazer de Jesus o seu rei, Ele não aceitou tal proposta por ser um desvio completo do propósito maior do seu ministério. Perante Pilatos, negou de novo que seu reino fosse como os reinos deste mundo8. O seu reinar era uma questão do interior, não da relação nacional externa. João, o Batista, chamou o povo judeu a se tornarem filhos de Abraão e não confiarem em sua herança nacional, mas Jesus leva o conceito mais adiante, rejeitando a idéia da identificação do Messias com um rei de força política, enfatizando a aceitabilidade dos rejeitados pela sociedade e a transformação interior do indivíduo. De modo igual, a igreja deve espelhar o compromisso interno de cada indivíduo para aceitar a sua participação e integração no povo de Deus. Este compromisso é uma questão da aplicação do reino na vida do indivíduo. A igreja é por conseqüência o agrupamento ou reunião dos membros ou cidadãos do reino. A igreja não é o reino, mas ela é criatura ou veículo para a extensão do reinar de Deus. O reinar de Deus na vida humana cria a comunidade pertencente ao reino, a qual chamamos de igreja. A fé bíblica não é institucional, porém é indiscutivelmente comunitária enquanto individual, e é nesse contexto que o reinar de Deus existe no mundo. O reino começa na vida do indivíduo, mas é levado adiante no contexto comunitário do reinar de Deus.

        1. OS PROPÓSITOS DA IGREJA

        1. No relacionamento com Deus o propósito da Igreja é adora-lo. Em certos casos do estudo da disciplina, encontrar-se-á certas formas de organização ou estrutura na Bíblia que divergem da prática comum atual. Deve-se fazer em tais casos uma avaliação do propósito da forma, estrutura, cargo ou atividade descrita. Tal propósito pode estar sendo desenvolvido com outra metodologia, estrutura ou forma na igreja atual, sem que haja qualquer incompatibilidade com o ensino biblico. Em tais casos, não há necessidade de alterar a prática atual, desde que esta esteja cumprindo com o seu propósito devido, sempre em conformidade com o encaminhamento bíblico. Em alguns casos, pode ser que os cargos e formas organizacionais usem de estratégias bem parecidas à forma original. Deve-se novamente olhar para a questão do propósito a cumprir. Uma forma ou estrutura pode capturar a essência de seu propósito como também pode ser um desvio do mesmo. Deve-se procurar definir a razão da prática para averiguar se a continuidade é o mais devido, pois é sempre possível que até uma estrutura aparentemente igual à do Novo Testamento perca sua eficácia se apenas for reassentada no contexto atual. Em outros casos uma estrutura pode não ser prejudicial em si, mas pode tampouco estar contribuindo para o crescimento do reino de Deus. missão da igreja deve ser estudada a sério, pois é o direcionador para cada aspecto da vida eclesiástica. As palavras de Jesus registradas em Mateus 28 e Atos 1 requerem que a igreja cumpra com a tarefa de discipular. Esta é a missão: ser testemunha de Cristo, discipulando todas as nações. O papel de testemunha no contexto de Atos 1.8 tem a mesma força do conceito de fazer discípulos em Mateus 28. De fato, são dois relatos das mesmas palavras de Jesus, numa mesma ocasião. O testemunho e discipulado especificados abrangem todo o ensino de Jesus em toda expansão étnica e geográfica. A missão da igreja deve reger todo o esforço, direcionando toda a atividade e estrutura para que ajude a cumprir com o propósito da igreja.

        O louvor aqui tratado é dever humano, mas é ao mesmo tempo uma expressão da necessidade humana, não de qualquer necessidade divina. Deus tem prazer num culto digno, mas tal prazer não espelha tanto a necessidade de Deus como espelha a necessidade do ser humano em reconhecer a Deus como Senhor absoluto. Há passagens que indicariam a necessidade de uma prestação de adoração e louvor a Deus em reconhecimento de Sua identidade e grandeza48. Mesmo quando Jesus indica que as pedras clamariam se o povo tivesse calado, ainda não espelha uma necessidade da parte de Deus, mas a necessidade do evento e da proclamação digna. A razão da exclamação era o reconhecimento e a proclamação da identificação de Jesus como sendo o ungido de Deus. Adoração, portanto, nos termos de servir a Deus é parte da missão da igreja.

        Adoração em sentido de prestar um culto a Deus não chega a ser parte integral da missão da igreja. Este tipo de adoração realmente tem mais vínculo com a necessidade humana de reverenciar a Deus e lembrar-se de Sua grandeza, do que por qualquer necessidade divina de receber o culto prestado. O Deus de Israel, está muito além de carecer do culto humano.

        “Discipulai as nações” é muito mais do que continuarmos no mesmo trajeto que estamos seguindo. Discipular as nações envolve uma transformação de vida para que nos voltemos àqueles que andam necessitados de um relacionamento de discípulo com Cristo. Entregar toda estrutura para que sua conformidade com a missão a cumprir seja analisada—a ordem de discipular as nações. Teremos que realmente derramar as nossas vidas nas mãos do Senhor.

        1. SINAIS DE UMA IGREJA PURA

        1. Entre os fatores que tornam uma igreja mais pura, encontram-se:

        1. Doutrina Bíblica (Pregação Correta da Palavra)
        2. Uso Adequado dos Sacramentos (Ordenanças)
        3. Aplicação correta da disciplina eclesiástica
        4. Adoração genuína
        5. Oração Eficaz
        6. Testemunho Eficaz
        7. Comunhão Eficaz
        8. Governo Eclesiástico Bíblico
        9. Poder Espiritual no Ministério
        10. Santidade na vida dos Membros
        11. Cuidado pelos Pobres
        12. Amor por Cristo

        Pode haver outros sinais, mas pelo menos esses podem ser mencionados como fatores que aumentam a conformidade de uma igreja com os propósitos de Deus. O ideal de união para a igreja nunca chegará a completa satisfação na terra, em função de posições teológicas diferenciadas entre grupos componentes da Igreja. Estas diferenças surgem de início em decorrência da incapacidade humana de plena compreensão da Bíblia em sua íntegra e da debilidade humana em compreender plenamente a vontade do Deus infinito, revelado em Cristo Jesus.

        Algo da natureza da igreja é espelhado nas seguintes figuras: povo de Deus, corpo de Cristo, noiva de Cristo, esposa de Deus, templo do Espírito do Santo, santos, povo eleito, filhos de Deus, ramos da videira, galhos da oliva, lavoura, horta, edifício, sacerdócio, nação santa, luzeiro, coluna e baluarte da verdade, lavradores da vinha, integrantes do reino de Deus e amigos de Jesus. Estas descrições e metáforas são usadas de formas diferentes, espelhando certos aspectos da natureza, do ideal, ou da dura realidade no quotidiano da igreja. Uma das primeiras descrições ou metáforas aplicadas à igreja é a de povo de Deus. Com o uso desta frase, a perspectiva é de focalizar no relacionamento de dependência de Deus dentro dos limites da aliança estabelecida. Êxodo 19 assenta os elementos essenciais desta aliança e da designação de ser povo peculiar a Jeová. Nestes mesmos termos encerra-se também as figuras de sacerdócio real, nação santa, povo adquirido, povo eleito e em parte referências à participação no reino de Deus. No Antigo Testamento, o conceito de igreja é traçado em termos da nação como um todo ou de um remanescente, porém há modificações de tal idéia no Novo Testamento, partindo do desenvolvimento das referências a um remanescente fiel. É na base do conceito de Israel como o povo de Deus que o Novo Testamento desenvolve o seu ensino do povo de Deus em Cristo.

        Sunday, August 16, 2009

        Um Pouco mais sobre os anticristos e o Anticristo.

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        I João 2: 18~28

        Os Anticristos

        Quem é o Anticristo? João em sua 1ª Epistola, afirma que muitos se tem passado por anticristos,e assim o é quem nega Jesus; Porém, João afirma que seus destinatários ouviram da vinda do Anticristo (vv.18), e o fato desses estarem se manifestando (os anticristos), já anunciava a volta do Messias;

        É interessante notar que João aborda o assunto ressaltando que os tais que manifestaram o intento do Anticristo "estavam dentre os da congregação" mas não eram de fato participantes do corpo da igreja, fato este que Paulo compara com a saída dos mesmos do meio da igreja (vv.19).

        O que fazia com que estes fossem considerados anticristos pelo apóstolo, era o fato deles negarem o messiado de Jesus, negando que ele é o Cristo, o que consequentemente os faziam negar a Deus (vv.22~23). Permanecer no ensinamento que Jesus é o Cristo , fará com que sejamos servos de Deus (vv.24), teremos assim a vida eterna (vv.25).

        Só Rejeitando os ensinamentos anticristãos e permanecendo no amor, o ensinamento deixado pelo nosso Senhor, é que não seremos surpreendidos por sua vinda, e tenhamos confiança na sua manifestação.


        E agora, filhinhos, permanecei nele; para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança, e não sejamos confundidos por ele na sua vinda. Se sabeis que ele é justo, sabeis que todo aquele que pratica a justiça é nascido dele.

        (I Jo 2: 28~29)


        O Anticristo
        A hora da Sua Vinda

        II Tess 2: 1~11

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        Segundo o Apóstolo Paulo, os crentes de Tessalônica deveriam estar alerta para dois sinais que precederiam a volta de Cristo: A Manifestação da Apostasia e a manifestação do próprio Anticristo (vv.3), sem a manifestação destes sinais, não deveriam estar preocupados com o Arrebatamento, pois segundo lemos, tais manifestações não haviam se cumprido.

        Contudo a realidade atualmente mudou, não no sentido de invalidar o que estar escrito, mas de comprovar a veracidade do que fora profetizado e ensinado pelo apóstolo através da Epístola aos Tessalonicensses. Temos um desses sinais preditos por Paulo se cumprindo em nossos dias, a apostasia, que tem-se entranhado na sociedade de modo sutil e sorrateiro na mente e no modo de vida da humanidade. Deus Enviará a operação do erro (vv. 11~12) e todos que ficarem neste mundo , crerão no sistema vindouro (vv.12). A Palavra Apostasia, significa deserção, separação; no sentido mais próximo das escrituras, é o abandono da fé cristã e a rebelião contra Deus.

        Mediante tal fato (a realidade da apostasia), podemos afirmar que o Anticristo já apareceu? que ele já se manifestou? Podemos com dizer que ele já pode ter nascido, mas ainda não está atuando como o líder político que as Escrituras predizem; pode até estar envolvido no cenário político mundial, em algum grupo ou organização internacional, pois o Mistério da Injustiça já opera (vv.7), entretanto, não podemos afirmar que tenha se manifestado, pois para tal, terá que ser tirado aquele que o detém e o resiste (vv.6~8). É fácil compreendermos isso quando olhamos para Jesus; embora já existisse, só revelou-se para o povo de sua época como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, mediante o Batismo, três anos antes de sua crucificação.

        Sobre a retirada do reprimidor do Anticristo, a Bíblia afirma que enquanto Ele estiver aqui, o Filho da Perdição não poderá manifestar-se ou apresentar-se a este mundo; Quem porém seria este que o detém? na primeira carta aos Tessalônicensses no capítulo 4: 13ss, vemos Paulo novamente advertir a igreja sobre a volta do Senhor, tocando numa palavra que fundamenta uma das principais doutrinas do Cristianismo: "O Arrebatamento" (vv.17). Tal Doutrina cuida da retirada abrupta da Igreja do Senhor, que será consolada pelo Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, quando os santos se revestirem de imortalidade e incorruptibilidade (ICo 15: 51~57);

        Antes que isto aconteça, a Igreja possui duas características: Guardiã da verdade (1 Timóteo 3:15) e Templo do Espírito Santo (I Coríntios 6: 19, 3:16, II Corintios 6: 16), sendo pois morada do Espírito Santo, seu arrebatamento dará lugar a retirada do Santo Consolador, justamente aquele que detém o Maligno; A partir do momento que este Reprimidor da maldade for tirado, dar-se-á inicio ao que fora profetizado por Daniel no Cap 9: 24~27, Onde fora revelado o estabelecimento de 70 semanas que delimitariam o tempo do fim; segundo esta passagem, na 69ª semana (7+62) o Messias seria retirado, e a última semana só teria início no acordo de Paz que o anticristo Firmaria com Israel (Dn 9: 27). Esta última semana só terá início após o arrebatamento da Igreja, momento que o filho da perdição não encontrará nenhuma resistência para MANIFESTAR-SE no cenário mundial; podemos dizer que estamos vivendo o tempo em que a plenitude dos gentios está sendo completada (Rm 11:25~26), só após este epsódio é que os se continuará as semanas de Daniel. Quando for firmado este pacto de paz, conforme vemos em Daniel, diz a profecia que na metade da semana (3 anos e 6 meses) será desfeito, dando início a Grande Tribulação, exigindo-se adoração ao Próprio Anticristo, sendo condenados a morte os que assim não agirem (Ap 13: 13~17).

        O Império deste homem será terrível. O profeta Daniel teve uma visão no capitulo 7, a qual denominou como terrível (Dn 7: 7); será um império impiedoso e forte, blasfemo, rebelde e apóstata, que será por um tempo dominado por uma religião prostituída, sendo finalizada pela total extirpação de qualquer divindade, adorando-se apenas o Anticristo (Ap 17: 1~6, 14~18). O regente deste império receberá de satanás todo Poder, Domínio e Trono (Ap 13: 2), onde, saindo da multidão, este quarto reino possuirá todas as características dos três primeiros reinos que o antecedeu:

        • Boca de Leão
        - Transmitirá toda mentira e seduzirá os homens com a idolatria que havia na antiga Babilônia;
        • Pés de Urso:
        - Virá com todo o furor do império Medo-Persa;
        • Semelhança de um Leopardo:
        - Seu Domínio superará o de Alexandre Magno, impondo seu modo de vida, pensar e agir.

        Esta Figura mista vista pelo Discípulo Amado (Ap 13: 1~2), representa o anticristo que virá de modo assombroso, destruindo e subjugando todos os seus oponentes (Dn 7: 7~8, 23~25; Ap 17:17). Depois disto uma outra Besta, dessa vez surgindo da terra, tinha o aspecto de cordeiro e falava como Dragão; é vista realizando milagres com o mesmo poder da Besta do mar, para que com isso induza todos a adorarem a 1ª Besta, para isso construirá uma imagem da primeira Besta e lhe dará vida, esta exigirá sob a ameaça de morte que adorem o Anticristo (vv. 11~15). Esta Personagem é conhecida como o falso profeta, que será responsável pela implantação do sistema econômico mundial, que será uma marca (666 - gematria), a ser colocado na mão direita ou na testa dos romeiros, controlando assim todo o comércio e economia, sem esse sinal, não se permitirá comprar ou vender (vv.16~18).

        Mediante o cerco para a adoração do filho da perdição, dar-se-á início a Grande Tribulação, momento que fará o homem que não adore a imagem da besta seja por ela devorado, pois afirmará ser Deus, no templo de Deus , querendo parecer Deus, opondo-se a qualquer coisa que se adore o cultue, com isso fará cessar o holocausto em Israel na metade da semana, e perseguirá os santos do Senhor (Ap. 13: 13~15; II Tss 2: 3~4; Dn 9: 27) esse será o início da desolação.

        Entretanto ao voltarmos para primeira revelação, vemos que todos os impérios que se levantaram forma destruído, segundo vemos na revelação e interpretação do Sonho do Rei Nabucodonosor (Dn 2: 34~35), uma rocha, que esmiuçará os impérios e todo maquinamento e espaço humano será desfeito pelo Reino que se lança contra o império das duas besta e seu tutor Dragão (Ap 19: 19~21), será a batalha do Armagedom (Vale de Megido)(Ap 16: 3~16; 19:19~21), onde Cristo Aparecerá na sua Glória (Mt 24: 30; Ap 19: 11~13); esse Local, é uma planicie de Esdrelom, onde se travaram muitas batalhas, local que aguarda o fim do reino humano . é neste quadro que se dará a volta de Jesus vista por todo olho, virá para julgar e reinar (Dn 2: 34~36, 44~45; Dn 7: 13~14, 18, 26~27. Cristo destruirá toda império, com poder e grande glória!!! implantará um reino que jamais terá fim, julgando as nações com justiça (Ap 19: 11); esta justiça fará com que lance no Lago de Fogo e Enxofre as duas Bestas (vv. 19~20) aniquilando de modo irreversível os adoradores profanos (vv. 21). O Diabo será preso por mil anos (Ap 20: 1~3), e Cri sto reinará para sempre.

        Apesar do incenssante esforço do 666, os Reinos da terra se tornarão do Senhor e do Seu Cristo (Ap 11: 15), o reino será implantado como um rochedo e jamais passará.

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