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.:: Noticias da Igreja Perseguida ::.

1/8/2006 - 06h18

Rádio cristã sai do ar por causa de ataques criminosos MÉXICO (48º) - Cerca de 85 mil pessoas ouviam fielmente a Rádio Nova Visão em Nogales, Sonora. De vez em quando a emissora alcançava o primeiro lugar de audiência. A rádio era dirigida por Hector Manuel Lopez Delgado, advogado e pastor do Centro Cristão Rios de Água Viva e líder do ministério evangelístico internacional A Unção. O ministério no rádio começou em fevereiro de 2002, operando 24 horas por dia em ondas médias (1130 am), com 1.100 watts de potência. O ministério era sustentado por ofertas. O México não permite que igrejas possuam estações de rádio ou televisão, embora haja esperança de que o próximo governo possa mudar a lei. O forte impacto espiritual de seus programas, incluindo apenas músicas cristãs das 19h30 até às 6 horas da manhã, atraiu toda a comunidade, incluindo criminosos. Bilhetes anônimos começaram a aparecer grudados no carro do pastor, avisando-o para “tomar cuidado”. Também surgiram mensagens como: “As coisas ficarão piores para você e sua família”. Ameaças e ofensas por telefone se tornaram comuns. Milagres pelo rádio O pastor decidiu diminuir o tom dos programas no rádio, ter o carro vigiado, tentar viajar em companhia de outro pastores e manter-se longe de problemas. Os programas de rádio ajudavam as pessoas a resistir ao mal. Os ouvintes frequentemente ligavam para pedir oração pelas necessidades da comunidade, por cura, por proteção contra bruxaria e outras práticas de ocultismo. O pastor Hector Lopez disse que eles viam milagres – pessoas curadas de câncer e cegos com a visão restaurada. Os ataques começaram a ficar mais sérios. Em 2005, por duas vezes, alguém subiu até o morro onde estava o transmissor e destruiu todos os cabos e antenas. Nas duas ocasiões a estação ficou fora do ar por uma semana. Tentando ser generosos, os cristãos acharam que talvez alguém quisesse roubar os cabos por causa do cobre. Tentativa de assassinato Certa noite o pastor estava deixando a igreja com seus três filhos, a esposa e outro cristãos quando um homem alto e forte empurrou-o por trás, jogando-o no chão. Ele tinha intenção de matar o pastor Hector Lopez, conforme confessou posteriormente. Os cristãos começaram a orar e finalmente conseguiram dominar o homem, que começou a fazer espuma com a boca e a tremer, aparentemente possuído por forças espirituais. Os inimigos colocaram a vida do pastor a prêmio com a intenção de destruir o ministério no rádio, a igreja, e sua influência. Preocupados, os membros da igreja formaram grupos de jejum e oração. Em 16 de junho veio o golpe fatal. Vândalos voltaram ao transmissor com machados e outras ferramentas e destruíram totalmente as instalações. A Rádio Nova Visão estava definitivamente fora do ar. Quando os cristãos foram denunciar o ataque junto às autoridades, disseram a eles que “os outros ataques definitivamente não foram para roubar o cobre”. Ex-perseguidor Certa vez, quando o pastor Hector Lopez estava do outro lado da fronteira, em Nogales, Arizona, ele recebeu um telefonema anônimo em seu celular dizendo: “Sabemos que um grupo de traficantes e satanistas está contra você”. O pastor disse que sua paixão por pregar o evangelho veio do fato de ele ter perseguido a igreja por muitos anos; descrevendo-se como “perverso e terrível”, ele contou que se tornou cristão há 20 anos, depois que foi milagrosamente curado de câncer.Em 1992, ele deu início ao Rios de Água Viva no lado mexicano da fronteira; do outro lado, ele começou um ministério norte-americano equivalente: A Unção. Por enquanto, sua Rádio Nova Visão foi silenciada. Tradução: Cristina Ignacio


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26/7/2006 - 11h35

Cristã é assassinada por evangelizar rebeldes colombianos COLÔMBIA (44º) - Rebeldes de esquerda da província colombiana de Meta contrataram um matador de aluguel para assassinar uma cristã, mãe de quatro filhos, depois que ela se recusou a parar de proclamar o evangelho. Por causa de seu trabalho de levar os insurgentes a Cristo, muitos estavam desertando do grupo armado ilegal.

Jenifer (nome fictício), moradora de uma vila na província de Meta, auxiliava os insurgentes contra sua vontade, preparando a comida e transportando drogas ilícitas. Da mesma forma, alguns de seus irmãos e sobrinhos se tornaram subversivos ou colaboradores do grupo rebelde.

Jenifer buscou ajuda para escapar do envolvimento com o grupo e, a tempo, adotou a fé em Cristo que sua mãe tinha lhe ensinado. Quando os insurgentes souberam que Jenifer estava ganhando almas dos rebeldes para Cristo, eles a abordaram e a convidaram para assumir um posto em troca de dinheiro e poder. Depois de ouvirem sua recusa e sua intenção de continuar a difundir o evangelho, eles acrescentaram o nome de Jenifer em uma lista de líderes cristãos que deveriam ser executados na região.

Os insurgentes chegaram à vila onde ela morava, no dia 7 de julho, com a lista de nomes. Eles lhe perguntaram por que ela estava pregando o evangelho se não tinha permissão para isso.

Então, um pistoleiro de aluguel atirou em Jenifer, atingindo-a no peito e no ombro. Ainda agonizante, a cristã foi arrastada até os pés do assassino, que disparou mais 15 vezes contra ela.

Igrejas fechadas

Jenifer era atuante em sua igreja, que os insurgentes chegaram a fechar. Durante o tempo em que os rebeldes assumiram o comando da região conhecida como “zona desmilitarizada” – um vasto território, do tamanho da Suíça, concedido pelo governo aos insurgentes durante as negociações de paz – a igreja sofreu uma ampla perseguição.

Os insurgentes assumiram o controle absoluto da terra e os cristãos foram dispersos. Os rebeldes fecharam algumas igrejas e assassinaram pastores. Através dos propósitos e da retórica marxista, os líderes do grupo conquistaram o coração do povo, oferecendo dinheiro para os que trabalhassem com eles.

Quando as negociações de paz falharam e o acordo da zona desmilitarizada foi revogado, o exército do país retomou a região, e os insurgentes supostamente deixaram a área. As circunstâncias, entretanto, não melhoraram, porque os rebeldes se recusaram a interromper suas operações em algumas das vilas e cidades, tirando proveito da falha do exército em exercer sua autoridade. Assim, as igrejas permaneceram fechadas e o avanço do evangelho ficou restrito.

Conhecedora das Escrituras

Durante esse tempo, Jenifer temia por sua vida. Certa vez, enquanto ela se dirigia para um acampamento insurgente para entregar comida, ela foi tomada de um intenso medo da morte e de preocupação com seus filhos. Ela decidiu fugir – grávida e com três filhos – para outra cidade onde as forças paramilitares (outro grupo armado ilegalmente) combatiam os insurgentes que também desejavam matá-la por causa de suas antigas atividades com os insurgentes. Finalmente, ela chegou a um acordo com as forças paramilitares, que permitiram que a cristã ficasse na área sob vigilância estrita.

Algum tempo se passou. Ela se tornou mais conhecedora das Escrituras e continuou a educar seus filhos nos caminhos de Deus. Ela falava aos outros com convicção sobre o amor de Cristo, ganhando um sobrinho para o evangelho, que se tornou um ativo pregador clandestino entre os insurgentes.

O violento assassinato de Jenifer deixou quatro crianças – uma de 5 meses, e os outros com 14, 9 e três anos – sem o cuidado de sua mãe. O marido dela já tinha deixado o país.

Tradução: Cristina Ignacio
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O papel educativo do sofrimento para a Igreja


ÁFRICA DO SUL (*) - O texto abaixo, escrito por Mike Burnard*, foi publicado em editorial da edição de junho de 2006 da revista "Open Doors" da África do Sul.

Em João 20.25 lemos as palavras de um verdadeiro cristão. Alguns o chamam de “Tomé, o cético”, mas na verdade ele deveria ser chamado de “Tomé, o investigador”. Tomé se recusou a aceitar qualquer pessoa ou ensino em que não houvesse as marcas da cruz. Sem vacilar ele declarou: “Se eu não vir nas suas mãos os sinais dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei” (Jo 20.25).

Se Tomé pudesse visitar a Igreja do ocidente hoje com o mesmo critério, de que não acreditaria se não visse as marcas do sacrifício e da doação na vida dos que proclamam dedicação à cruz, será que ele ainda se contentaria? Seremos nós capazes de mostrar nossas chagas e apresentar nossas cicatrizes como prova viva de que seguimos Aquele que foi crucificado? Ou seremos capazes apenas de exibir nossa riqueza e nossa abundância? Hoje esse ensino ainda é parte inseparável do cristianismo onde a fé custa um preço.

Em outro editorial, vimos a importância, de acordo com a Escritura, de sermos capazes de mostrar nossas “chagas” por Jesus. Em João 20.19, Jesus se identifica por suas cicatrizes, e chegamos à conclusão que a primeira razão pela qual as “chagas” da Igreja são importantes é que a perseguição é a marca registrada da Igreja. Foi assim que Jesus se identificou.

O sofrimento é, de fato, uma aberturaatravés da qual aprendemos tudoque precisamos saber a respeito de Deus

No mês passado, descobrimos que a segunda razão pela qual as “chagas” são importantes é que a perseguição, a oposição e a aflição são as mensagens da Igreja. A primeira lição que Paulo teve que aprender depois de seu encontro com Cristo na estrada para Damasco (Atos 9.15-16) foi simplesmente entender quantas coisas ele teria de sofrer por causa do nome de Jesus.

As chagas são, de fato, parte inseparável do cristianismo. Em João 20.21, depois que Jesus se revelou mostrando suas chagas e cicatrizes, ele olhou para seus temerosos discípulos e deu-lhes um simples comando: “Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio”. Jesus veio para dar sua vida em resgate por muitos (Marcos 10.45). Havia uma exigência divina de que ele sofresse. E porque isso foi sua vocação, o sofrimento também se tornou a vocação daqueles que o seguem. Como o Pai enviou Jesus, assim também Ele nos envia.

Nesse mês descobrimos a maravilhosa verdade de que a perseguição não é apenas a marca registrada e a mensagem da igreja, mas as chagas são também o educador da Igreja. O sofrimento é de fato uma janela através da qual aprendemos tudo que precisamos saber a respeito de Deus.

“Nós consideramos a prisão comonosso seminário. Vemos os camposde prisão como universidades de Deus”

Durante uma visita ao Vietnã, tivemos o prazer de passar algum tempo com três dos principais pastores nesse país restrito. Nós nos maravilhamos com a alegria estampada no rosto dos três pastores vietnamitas à nossa frente. Nossa idéia inicial era de que as dificuldades, os anos na prisão e a falta de recursos e equipamentos resultariam em uma Igreja “biblicamente fraca” e “desmoralizada espiritualmente”. Mas, experimentamos exatamente o oposto.

Uma Igreja forte e vibrante, com líderes que conhecem a Bíblia e o Deus da Bíblia de um modo íntimo e profundo que eu jamais presenciei antes. Depois de um tempo de comunhão e oração, o pastor Han olhou para o pastor John e, com grande entusiasmo, perguntou pela próxima “seção de treinamento” e quando ele supunha que iria para o próximo “seminário”.

Essa pergunta me surpreendeu, porque eu sabia das restrições e da falta de oportunidades naquele país fechado. “Vocês tem oportunidade de freqüentar um seminário? Eu perguntei, surpreso”.

O pastor John sorriu: “Não, meu irmão, você não entende... nós consideramos a prisão como nosso seminário. Vemos os campos de prisão como universidades de Deus, porque é onde nós realmente aprendemos como conhecer Deus”.

Os sofrimentos da vida setornam a escola de Cristo ondeas lições de fé são ensinadas

Em Hebreus 12.10 aprendemos que Deus disciplina sua Igreja através do sofrimento. Deus está, de fato, mais preocupado com nosso caráter do que com nosso conforto. Seu propósito para a Igreja não é a riqueza sem medida, mas uma profunda fé e uma profunda santidade. Em Hebreus 5.8 lemos que embora Jesus fosse o Filho de Deus, Ele “aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu”. Para nós também há a necessidade não só de termos nossa obediência testada e comprovada, mas também de sermos purificados de todos os resquícios de auto-suficiência e embaraço com o mundo.

Em 2 Coríntios 1.8-9, Paulo diz: “Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a natureza da tribulação que nos sobreveio na Ásia, porquanto foi acima das nossas forças, a ponto de desesperarmos até da própria vida. Contudo, já em nós mesmos, tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós, e sim no Deus que ressuscita os mortos”. Paulo não atribui seu sofrimento às mãos de satanás, mas diz que Deus decretou isso para ensinar e aumentar sua fé. Os sofrimentos da vida se tornam a escola de Cristo onde as lições de fé são ensinadas e que não poderão ser aprendidas em nenhum outro lugar. Conforto, tranqüilidade, fartura, prosperidade, segurança e liberdade freqüentemente causam uma tremenda inércia na igreja. Ela demonstra fraqueza, apatia, letargia, preocupação com a segurança e se torna centrada em si mesma.

Em vez de orarmos por prosperidade, confortoe riqueza, deveríamos orar por situações que levema um aumento na fé e na santidade

Eu nunca deixo de me impressionar com o foco das orações da Igreja na África do Sul nesses aspectos que tão facilmente nos roubam a fé. Em vez de orarmos por prosperidade, conforto e riqueza, deveríamos orar por situações que levem a um aumento na fé e na santidade. Não há dúvida de precisamos da Igreja Perseguida muito mais do que ela precisa de nós. Não há coroa sem cruz, e a vida daqueles que partilham a cruz de Jesus será a nuvem de testemunhas em um mundo transigente e “cinzento”. A cruz de Jesus é o ÚNICO caminho para a salvação. E também é o único modo de ensinar a mensagem do nosso Salvador. O custo da cruz é algo intransigente. Não haverá soluções rápidas. Não há respostas fáceis. O caminho para o túmulo vazio sempre terá um preço. Não há maior exemplo do que Cristo. Há uma beleza radiante na vida dos que o seguem.

Mas nossa liberdade tem de restabelecer a igualdade e nossa abundância terá de ser para o bem deles. Gostaria então de desafiar cada leitor a fazer da Igreja Perseguida parte inseparável de sua vida espiritual. Se for possível, visite um país fechado o mais rápido possível e depois apresente seus filhos àqueles que foram à Universidade da Vida. Você não se arrependerá disso.

Mike BurnardDiretor - Portas Abertas África do Sul

* Mike Burnard e sua esposa Helen conheceram e auxiliaram a Igreja Perseguida em várias partes do mundo. Eles estarão no Brasil entre os dias 1º e 18 de setembro próximo. Se você tem interesse em recebê-los em sua igreja, envie um e-mail para atendimento@portasabertas.org.br.

Tradução: Cristina Ignacio

* Este país não se enquadra entre os 50 mais intolerantes ao cristianismo.

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www.portasabertas.org.br


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