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Seguir Jesus, Mateus 8: 23 ao 27

Mateus 8

23 E, entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram.24 E eis que se levantou no mar tão grande tempestade que o barco era coberto pelas ondas; ele, porém, estava dormindo.25 Os discípulos, pois, aproximando-se, o despertaram, dizendo: Salva-nos, Senhor, que estamos perecendo.26 Ele lhes respondeu: Por que temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-se repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se grande bonança.27 E aqueles homens se maravilharam, dizendo: Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?

Seguir Jesus é:

  1. Enfrentar as circunstancia (vv. 23~24)
  2. Não se perturbar com as turbulências (vv.24)
  3. Ter uma fé irrepreensível (vv26) e não temer as circunstâncias (vv.25)
  4. Ser surpreendido com a manifestação do seu Poder e Autoridade (vv. 27)

Mediante nossa escolha em seguir à Jesus, situações adversas podem surgir, como que um empecilho em nossa busca em conhecer a Deus. Portanto, o Mestre nos cientificou que, segui-lo, realmente configura uma situação de risco, principalmente quando estamos sendo orientados e enviados por ele (Lc 10: 3; Mt 10: 16). Note-se que a situação torna-se adversa, por um motivo óbvio: Estamos divulgando um reino contrário ao reino do príncipe deste mundo (Jo 16: 11; 1Jo 5: 19) – e se estamos atacando território inimigo, com toda certeza seremos atacados (Mt 10: 22; Mc 13: 9~131; Pe 5: 8~9).
A partir do momento que o cristão segue a cristo, ele é munido pelo Senhor com armas especiais (Ef 6: 13~18). Quando o homem vai a uma guerra, este sabendo manusear bem as armas que lhe foram dadas sentirá firmeza naquilo que venha fazer. Paulo ao descrever a situação espiritual do crente, expôs ali que o cristão, não está jogado em uma arena, desprovido de armas – ataque e defesa – que venha trazer-lhe uma situação de desfavorecimento. No versículo 16 da carta de Paulo aos efésios, temos a descrição do escudo da fé; a palavra grega aqui usada para descrever escudo é yureov, esta palavra, faz referência à um Escudo de quatro cantos, uma de suas possíveis traduções é um grande quadrilongo, ou seja, o escudo da fé, citado por Paulo, é uma ferramenta de guerra que protege todo o corpo do seu usuário. Jesus, quando acordado por seus discípulos, interpola-os de forma repreensiva sobre a atitude destes em não usar a arma que tinham, nesse caso, a fé. O Messias por sua natureza Divina, sabia que seus discípulos tomariam aquela atitude, contudo, mediante a circunstância, permitiu que eles desenvolvessem o uso do que tinham, contudo estes eram ignorantes sobre o poder que fora lhes autorgado;
porque temeis, homens de pequena fé? A expressão pequena fé, é traduzida do grego oligopistov (oligov [pouco, desprezível] + pistiv [convicção da verdade de algo, fé]), que em sua tradução pode ser tida por que confia pouco, Jesus, ao se dirigir daquela maneira aos seus discípulos, estava mostrando que nenhuma circunstância, pode ou deve trazer medo àquele que crer, pois o que crer está protegido por um enorme escudo! O qual não permite que nenhuma parte de seu guerreiro fique exposta. Essa é a nossa garantia de vitória a nossa fé! (1 Jo 5: 4). O ato medroso dos discípulos em recorrer a Jesus mediante a situação que se encontravam, despertou uma atitude de reprovação de Divina, haja vista Deus saber o potencial da fé que Ele nos concedeu (Mt 17:20), por isso é nos ensinado nas Sagradas Escrituras, que sem fé (sem confiança) é impossível agradar a Deus (Hb 11: 6). Quando andamos por fé e não por vista (2 Co 5: 7), podemos receber de Deus suas ricas bênçãos, estaremos sempre com bom ânimo, e venceremos as adversidades do mundo (1 Jo 5: 4) e testemunharemos a satisfação do mestre (Mt 15: 28).
Contudo, a situação ali permitida por Jesus, serviu para demonstrar sua autoridade sobre a natureza. No v.27, os discípulos ficaram assombrados com o que testemunharam que homem era aquele que até a natureza lhe obedecia?!?! Sem dúvida a pessoa de Cristo passava uma segurança única, a ponto de recorrerem a ele mediante o sufoco (vv.25), Pedro, quando tentava seguir Jesus no meio do mar, até conseguiu andar sobre as águas, porém submergiu ao duvidar da sua fé e pediu socorro a Jesus (Mt 14: 28~30). Durante nossa caminhada com o Senhor, sempre seremos surpreendidos por Ele, quer acertando ou errando, Ele sempre demonstrará o seu agir, pois sua natureza é de poder, glória e majestade (Jo 8: 58).

28 de Agosto de 2006

João Batista Gregório Júnior

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