Eventualmente precisamos atravessar desertos. Na verdade, eles estão sempre próximos de todos nós. A travessia dos desertos faz parte das rotinas da nossa vida, em busca de algo melhor. Em última análise, a vida é uma peregrinação na direção a uma "terra prometida" onde a felicidade nos espera. Superar desertos é acreditar no sonho da nossa própria Canaã. Os desertos se interpõem entre os sonhos e as conquistas. Também se instalam entre a esperança e o cansaço; entre as doenças e a cura; entre as crises e as soluções. Sua travessia quase sempre é perigosa, no entanto é profundamente necessária para o encontro com a paz e o refrigério.Atravessamos desertos quando vivenciamos crises profundas; quando choramos a dor de um amor destruído; a solidão do abandono, a rejeição dos amigos e familiares; as perdas inesperadas e o luto que nos arranca um pedaço d'alma. É o deserto escaldante, a depressão que nos sufoca, como também a agonia existencial que nos empurra para os corredores da morte.Todas as vezes que nossos pés reclamarem das areias escaldantes, e nos sentirmos perdidos, como quem caminha sem direção; sempre que o calor das experiências negativas, tornar insuportável nossa caminhada; quando, enfim, a exaustão e o desencanto revelarem-se inevitáveis, não há porque ceder ao desespero - Deus está por perto. Aliás, Ele está por cima, como uma nuvem, encharcada de esperança, repleta daquela água divina, a única capaz de molhar não somente o chão, mas também a alma e o coração. Daí o Salmista afirmar: "Ele refrigera a minha alma". Como Israel, somos peregrinos. Cada um terá que fazer sua própria travessia. Às vezes, poderá ser uma experiência dolorosa, solitária, amarga, angustiante e repleta de sobre saltos. Contudo, Ele colocará sobre nós a Sua Nuvem, como sinal de Sua presença e proteção.A Nuvem de Deus está pairando sobre nossa casa, nossos filhos, nosso trabalho, nossa saúde, nossas finanças, enfim, sobre nossa vida como um todo.
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>> Pr. Felipe <<- Missionario na Índia -
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