Samuel Johnson, um celebre humano, certa feita falou:
“Não existe tropa Fraca, existem líderes Fracos”.
O que entendemos por tropa, resume-se na definição de tratar-se de um grupo de militares, pessoas que receberam um treinamento especial, a fim de seguirem seu Comandante. Todos saúdam-se com um sinal conhecido por continência, que nada mais é que uma apresentação das armas disponíveis apresentadas ao seu Superior ou par, uma forma discreta de dizer: “estas mãos, armas, bandeiras, estandartes, são levantados em seu favor, estou disposto a usá-los em sua defesa, mesmo que isso ponha risco minha vida”.
Tanta rigorosidade nas tradições, às vezes não superam o egoísmo humano. Tropas preparadas para defender a sociedade, estão sucumbindo sem uma estratégia; comandados que não mais estão dispostos a morrer por seus superiores ou pares, mentes decepcionadas dentro da tropa que se refletem nos objetivos desta, em fim, refletem de forma veemente uma fraqueza, que não advem dela. No xadrez, a peça de mais força é sem dúvida a rainha; esta representa o povo em sua força. Não adianta preservá-la, se não sei como usá-la. Logo, recai sobre o jogador, a estratégia perfeita, não está no povo, está no líder! Sun Tzu, General Chinês do século III Antes de Cristo, em seu livro A Arte da Guerra diz que “O Soldado, deve ser tratado como uma criança, que sempre está a esperar orientação de seu pai”. Logo, uma tropa que não é respeitada como tropa, antes como meio de satisfação pessoal, não refletirá sua essência, não prestará sua força, não apresentará suas armas, não dará a sua vida pelos seus Líderes. Analisando estas afirmações, chegamos a compreender de modo mais humano sobre o que se passa dentro de nossa atual aparelhagem de segurança. Baseada em um sistema considerado falido, arcaico, inadequado, repressor, em fim, todos os adjetivos que possam causar repudia em seus usuários. Apesar de admitirmos o sistema de segurança pública ultrapassado, temos que mostrar que o problema não reside na Tropa, e sim no Comando, n ao está nos liderados, focaliza-se nos líderes. A partir do momento que o Comando da Corporação, o Governo do Estado e a Presidência da República, acreditam que a resolução dos problemas de Defesa Social, encontra-se na gratificação, aumento salarial e promoções dos Oficiais, Delegados, Parlamentares e afins, esquecem-se que os Soldados, Agentes de Polícia, e a classe trabalhadora da População, são como crianças pequenas, esperando de seus líderes uma luz, uma ordem, um ato de justiça, ao contrário, as Armas não serão mais levantadas em prol da ordem pública, a justiça andará a passos de formiga, e o progresso social dar-se-á com base num sistema opressor, que só tende a promover pessoas menos honradas, e estando sem honra, tornam-se sem escrúpulos, educação e ética, que sem tais qualidades, o ser humano torna-se desprezível.
A desordem Social não acabará com privilégios para os políticos, Agrados para Oficiais, e Aumento de salário para Delegados. Esta só virá a ter fim quando a pirâmide social for invertida, e reconhecerem o valor da massa, que verdadeiramente tem contribuído para o real e maciço desenvolvimento. As guerras iniciam-se pela falta de diplomacia e pela ganância dos homens que estão no poder, do mesmo modo que as mortes dos civis e militares da linha de frente, se dá por uma falta de liderança competente. Enquanto se olhar para polícia como principal responsável pela desordem, esquecemos de observar que ela é constituída como o BRAÇO FORTE DO ESTADO, parte de um corpo deficiente que se esconde atrás de seus erros.
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