A peça chama-se Me Cago en Dios e o cartaz apresenta uma sanita aberta, da qual saem (ou para a qual entram) vários símbolos religiosos: uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, um Buda, um crucifixo, uma bandeira com o Crescente Vermelho. O espectáculo estreou-se na segunda-feira, no Teatro da Comuna, em Lisboa, e desde então já foi alvo de vários protestos, sobretudo ligados à Igreja Católica.
Depois da polémica com as caricaturas de Maomé e da contestada estreia do filme O Código Da Vinci, este protesto vem relançar o debate sobre a liberdade de expressão e as religiões. "Estamos num Estado laico e onde cada um tem o direito de ter a sua religião, ou não ter nenhuma", diz Miguel Abreu, que afirma ainda que a questão dos patrocínios "nem sequer é discutível": "As entidades apoiam os espectáculos baseadas em valores artísticos."
Maria João Caetano
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