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O Cânon e os Apócrifos.


Definição de Cânon: se origina no Hebraico “Kaneh” do grego “Kanõm” quer dizer “cana ou régua”, vara ou cana de medir.

Sentido passivo: é uma regra ou padrão pelo qual um escrito deve ser julgado inspirado ou dotado de autoridade.

Sentido ativo: o cânon é a regra pelo que tudo mais deve ser Julgado.usavam um sentido com padrão ou regra de conduta. (Gl 6.16)

Os Cristãos primitivos no ano 350 d.C

Alguns sinônimos do Cânon. Escrituras Sagradas, Livros Autorizados, Livros que conspurcam(sujam) as mãos, Livros proféticos.

Qual a necessidade da canonicidade? Por que sempre existiram falsos escritos e falsas mensagens, 2 Ts 2.2 isto é uma ameaça ao povo de Deus, por isso foi necessário compilação dos livros.

Princípios da descoberta da Canonicidade no Antigo Testamento.

1) O livro é autorizado —afirma vir da parte de Deus?

2) É profético — foi escrito por um servo de Deus?

3) É digno de confiança — fala a verdade acerca de Deus, do homem etc?

4) É dinâmico — possui o poder de Deus que transforma vidas?

5) É aceito pelo povo de Deus para o qual foi originariamente foi escrito —

é reconhecido como proveniente de Deus?

Conceitos errados sobre canonicidade: que a língua hebraica, determina a canonicidade de um livro, a concepção de que a idade determina o canonicidade.

Os livros apócrifos

Em suma: esses livros são aceitos pelos católicos romanos como canônicos e rejeitados por protestantes e judeus. Na realidade, os sentidos da palavra apocrypha refletem o problema que se manifesta nas duas concepções de sua canonicidade. No grego clássico, a palavra apocrypha significava "oculto" ou "difícil de entender". Posteriormente, tomou o sentido de esotérico, ou algo que só os iniciados podem entender, não os de fora. “Pela época de Irineu e de Jerônimo (séculos III e IV), o termo apocrypha veio a ser aplicado aos livros não-canônicos do Antigo Testamento”. Desde a era da Reforma, essa palavra tem sido usada para denotar os escritos judaicos não-canônicos originários do período intertestamentário. A questão diante de nós é a seguinte: verificar se os livros eram escondidos a fim de ser preservados, porque sua mensagem era profunda e espiritual ou porque eram espúrios( ilegítimos) e de confiabilidade duvidosa.



Os livros apócrifos são quinze, mais os aceitos pela Igreja Católica são apenas sete.

Os dois livros de Macabeus, Tobias, Eclesiástico, Baruque, e os acréscimos aos livros de Ester, Daniel.


Quais diferenças entre a canonização do A.T e do N.T.

Que o Cristianismo é uma religião internacional e não se tinha uma comunidade profética especifica para guardarem os livros que fossem inspirados.

Quais necessidades estimulavam uma lista de livros canônicos.

Internas: Quais sãos os livros que são autorizados para serem lidos nas igrejas e ensinados, e para que lessem diariamente.

Externas: quais livros devem ser traduzidos para alcançarem outros países.

Cada livro ou cara tinha seu endereço certo. Ev. Lucas foi endereçada a Teófilo, as cartas de Paulo levam os nomes da cidades e dos homens pelos quais foram endereçadas, então Paulo começa a entender que uma carta endereçada a uma igreja pode ser usada para varias igrejas. (Cl. 4. 16) Deus diz a João que escrevesse as sete igreja da Ásia Menos. (Ap 1.11).

Para se circular as cartas era necessário que se fizessem copias autorizadas pelos apóstolos ou pelos emissários. Pedro possuía as cartas de Paulo mesmo sem ser endereçadas a Pedro. (2 Pe. 3. 15-16). Então se formou todo o N.T.

Compilação dos livros N.T: Passavam pelo mesmo processo do A.T.

Quais foram os livros de fácil aceitação? As cartas de Paulo porque Paulo deixa um sinal (II Ts 3.17). Ou era enviada por um portador pessoal

Também a carta de (I João 1. 1-4) as cartas autoridade por causa da sua autoria.

Livros que foram tidos como polêmicos

Hebreus: por não saber que foi de fato o seu autor. ( mais é possível que seu escritor seja Paulo Hb 13.22)

Tiago: por não saber se foi Tiago o apostolo e pela aparente contradição entre o ensino sobre a justificação pela fé.

II Pedro: por causa da sua dessemelhança com a sua primeira carta, ( I Pe. Foi escrita por um escriba e II Pe. Não)

II João: Também por ano ter o nome do autor e sim o Presbítero (ancião). Mas existe uma semelhança muito grande que afirma que as três cartas são autoria de João.

Judas: Porque citar um livro apócrifo do A.T ( Enoque) Jd. 14-15. Mais isto não significa que são dotados de autoridade Divina, tampouco que devem ser aceitos com suas Doutrinas heréticas (At. 17.28, I Co. 15. 33, Tt. 1.12)

Apocalipse: Por causa da doutrina do milenarismo (o reinado de Cristo na terra durante mil anos). Mais se entendeu que este livros estava sendo mal interpretado pelas seitas heréticas. (Ap 1.4, 22. 8-9).

Pseudepígrafos: escritos falsos Eusébio os chamou “livros totalmente absurdos e ímpios” são os livros apócrifos do Novo Testamento.

EVANGELHOS

1. O Evangelho de Tomé (século I) é uma visão gnóstica dos supostos milagres da infância de Jesus.

2. O Evangelho dos ebionitas (século II) é uma tentativa gnóstico-cristã de perpetuar as práticas do Antigo Testamento.

3. O Evangelho de Pedro (século II) é uma falsificação docética e gnóstica.

4. O Proto-Evangelho de Tiago (século II) é uma narração que Maria faz do massacre dos meninos pelo rei Herodes.

5. O Evangelho dos egípcios (século II) é um ensino ascético contra o casamento, contra a carne e contra o vinho.

6.O Evangelho arábico da infância (?) registra os milagres que Jesus teria praticado na infância, no Egito, e a visita dos magos de Zoroastro.

7. O Evangelho de Nicodemos (séculos II ou V) contém os Atos de Pilatos e a Descida de Jesus.

8. O Evangelho do carpinteiro José (século IV) é o escrito de uma seita monofisista que glorificava a José.

ATOS

1. Os Atos de Pedro (século II) contêm a lenda segundo a qual Pedro teria sido crucificado de cabeça para baixo.

2. Os Atos de João (século II) mostram a influência dos ensinos gnósticos e docéticos.

3. Os Atos de André (?) são uma história gnóstica da prisão e da morte de André.

4. Os Atos de Tome (?) apresentam a missão e o martírio de Tome na índia.

5. Os Atos de Paulo apresentam um Paulo de pequena estatura, de nariz grande, de pernas arqueadas e calvo.

6-8. Atos de Matias, de Filipe, de Tadeu.

EPÍSTOLAS

1. A Carta atribuída a nosso Senhor é um suposto registro da resposta dada por Jesus ao pedido de cura de alguém, apresentado pelo rei da Mesopotâmia. Diz o texto que o Senhor enviaria alguém depois de sua ressurreição.

2. A Carta perdida aos coríntios (séculos II, III) é falsificação baseada em 1Coríntios 5.9, que se encontrou numa Bíblia armênia do século V.

3. As (Seis) Cartas de Paulo a Sêneca (século IV) é falsificação que recomenda o cristianismo para os discípulos de Sêneca.

4. A Carta de Paulo aos laodicenses é falsificação baseada em Colossenses 4.16 (Também relacionamos essa carta sob o título "Apócrifos", p. 120-1)

APOCALIPSES

1. Apocalipse de Pedro (também relacionado em "Apócrifos").

2. Apocalipse de Paulo.

3. Apocalipse de Tome.

4. Apocalipse de Estêvão.

5. Segundo apocalipse de Tiago.

6. Apocalipse de Messos.

7.Apocalipse de Dositeu.

Os três últimos são obras coptas do século III de cunho gnóstico, descobertas em 1946, em Nag-Hammadi, no Egito.

OUTRAS OBRAS

1. Livro secreto de João

2. Tradições de Matias

3. Diálogo do Salvador



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