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Sangue, Idolatria e Cristianismo

  • A proibição do consumo de Sangue - Levítico 17: 10~14

O sangue representa uma vida entregue a morte. Tal proibição preparou o caminhos como ensinamento da importância do sangue como meio de expiação (vv. 11,14); Essa lei também pretendia manter israel separado dos costumes pagãos das nações vizinhas.

"Para proteger os israelitas da apostasia, declarou-se que seria sagrada a morte de todo animal apto para sacrifício, inclusive animais designados para consumo doméstico. O dono do animal devia levá-lo á porta do tabernáculo e oferecê-lo a Deus como sacrifício de Paz; assim os hebreus no deserto não seriam tentados a oferecer sacrifícios idolatras. Também esta prática, por um lado, gravaria na mente israelita o conceito de que Deus é o doador da vida, e por outro, tiraria a tentação de comer sangue, o qual pertencia a Deus... Sangue era o meio de expiar pecado, e por isso era muito sagrado aos olhos do Senhor". (HOFF, Paul. Et al. Antigo Testamento. In: O Pentateuco. 13ª Impressão. ed. Vida 2005. Cap 4 p. 179 – 80.)


Segundo as Testemunhas de Jeová, em Gn 9:4, há proíbiçao explícita da parte de Deus sobre o comer sangue e "transfusão", já que esta última é muito semelhante ao processo de alimentação intravenoso, o que seria equivocado asim afirmar, haja vista o recebedor não estar se alimentando do sangue, mas sendo reabastecido do fluid vital; para endossarem esta teoria, usam os trechos em Lv 7:26~27 e 17:11~12, porém essas passagens falam do consumo do sangue de animais, e não de sangue humano. Os Judeus ortodoxos - para quem foi escrita a lei - aceitam sem problemas a transfusão de sangue.

  • A Condenação da Idolatria - I Coríntios 8:4
Primeiramente a proibição é fundamentada numa ordem Divina - Deus condena a Idolatria (Ex 20:4), depois Paulo afirma que há demônios por trás dos ídolos (I Co 10:20); Paulo não nega a existência dos ídolos, mas a divindade dos mesmos - há um só Deus (I Co 8:4). O versículo conseguinte (vv.5) é bastante usados pelos Mórmons para apoiarem sua crença em diversos deuses, isso acontece porque isolam o texto citado (vv.5) de seu contexto (vv. 4,6ss), onde há uma negativa desta pretensão mórmon.

  • O Princípio Cristão - I Coríntios 8:1~3
  1. Primeiramente o cristão deve agir com amor para com o seu irmão na fé (abnegação);
  2. Não ofender ou enfraquecer a convicção sinceras doutros cristãos;
  3. Negar a autodefesa em fazer algo questionável à fé de outro. (Ler I Co 9: 19 - Princípio do Amor Fraternal da Igreja)
  • Cristão come carne sacrificada? - Romanos 14: 1~8, 13~21
Os animais sacrificados aos ídolos, tinham sua parte excedente (não utilizadas nos banquetes) vendidas no mercado (I Co 10: 25ss) ou consumido dentro das dependências do templo pagão.
Em Aproximadamente 50 d.C, no Concílio de Jerusalém, Paulo define a proibição dos cristãos - Judeus e Gentios - comerem carne sacrificada e o sangue do animal. Isso deve-se ao intento de Paulo de evitar problemas entre os cristãos judeus e gentios (lei do amor - tolerar os mais fracos).

O Cristão está livre (o ídolo nada é), porém o amor exige que ele respeite a opinião dos mais fracos (Rm 14: 1~8; I Co 10:23; Rm 14: 13~21; I Co 10: 31~11: 1)

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