Coração
Onde nascem as fontes da vie os loucos duvidam de Deus?
Onde negros se tornam os dias e os homens se acham mais seus?
Quem despeja na boca as palavras, transformando-se em pedra ou cristal?
Quem desenha na face a beleza, mas se torna o carrasco no golpe final?
Coração, entre o bem e o mal, que distância haverá?
Coração, um amigo, um bandido talvez, quem te conhecerá?
Onde o ódio encontra raízes e o amor se mistura à paixão?
Onde a vida nos traz cicatrizes e o desprêzo se faz solidão?
Quem despeja nas veias a vida e na morte é o silêncio fatal?
João Alexandre
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