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Um ULTIMATO para Ricardo Gondim

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Por texto em Blog, Ricardo Gondim perde coluna na publicação


O pastor Ricardo Gondim, 54, da Igreja Betesda, escreveu em seu blog que, depois de quase 20 anos como colaborador da Ultimato, ele foi “convidado” pelo conselho editorial a “descontinuar” a sua coluna na revista. Ultimato é filiada à Associação Evangélica Brasileira e à Associação de Editores Cristãos.





Gondim foi informado pelos responsáveis pela revista de que suas declarações estavam criando desconforto e tensão. A gota d’água, segundo relatou o pastor, foi a entrevista que deu à revista Carta Capital na qual defendeu a união civil de homossexuais e a observância de que o Estado é laico. Aparentemente, ele foi defenestrado menos pelo que escrevia na revista e mais pelo que dizia em outros meios.


No blog, ao comentar o “convite”, ele reafirmou: “Em um Estado laico, a lei não pode marginalizar, excluir ou distinguir como devassos, promíscuos ou pecadores, homens e mulheres que se declaram homoafetivos e buscam constituir relacionamentos estáveis. Minhas convicções teológicas ou pessoais não podem intervir no ordenamento das leis”.

Gondim tem se destacado como um contundente crítico do movimento neopentecostal brasileiro. No começo do ano, publicou em seu blog o artigo “Deus me livre de um Brasil evangélico”, com a argumentação de que, se a maioria da população do país se tornasse evangélica, o puritanismo causaria uma devastação na cultura brasileira.

À Carta Capital, ele disse que o objetivo desses evangélicos é assumir cada vez mais poder político, tendo em vista, inclusive, as eleições presidenciais.

Gondim contou que outro motivo do seu desligamento da Ultimato foi sua afirmação de que “Deus não está no controle”.

Na entrevista, ele disse: “Se Deus é bom e onipotente, e coisas ruins acontecem, então há algo errado com esse pressuposto. Minha resposta é que Deus não está no controle. A favela, o córrego poluído, a tragédia, a guerra, não têm nada a ver com Deus. Concordo muito com Simone Weil, uma judia convertida ao catolicismo durante a Segunda Guerra Mundial, quando diz que o mundo só é possível pela ausência de Deus. Vivemos como se Deus não existisse, porque só assim nos tornamos cidadãos responsáveis, nos humanizamos, lutamos pela vida, pelo bem. A visão de Deus como um pai todo-poderoso, que vai me proteger, poupar, socorrer e abrir portas é infantilizadora da vida”.

Antes de falar à revista, o pastor, por causa da mesma afirmação, já tinha enfurecido alguns dos evangélicos que o seguem no Twitter. Mas a sua entrevista gerou da parte de Klênia Fassoni, da Ultimato, a acusação de que é um “humanista”. Nas doutrinas do humanismo, o homem é senhor do seu destino – independe, portanto, de divindades. Gondim demonstrou ficar chateado com Klênia e escreveu que, sobre o seu “humanismo”, não se daria ao trabalho de reagir.

Ao jornalista Gerson Freitas Jr., da Carta Capital,Gondim disse que vem sofrendo muita pressão de seus pares por causa de suas afirmações. “Fui eleito o herege da vez”, afirmou. O que confirma agora a sua demissão da revista com o sugestivo nome de Ultimato.
 
Fonte: Creio
RECEBIDO POR E-MAIL

Comments

SÉRGIO SAMPAIO said…
“Em um Estado laico, a lei não pode marginalizar, excluir ou distinguir como devassos, promíscuos ou pecadores, homens e mulheres que se declaram homoafetivos e buscam constituir relacionamentos estáveis. Minhas convicções teológicas ou pessoais não podem intervir no ordenamento das leis” - disse Ricardo Gondim.

O nosso Pais parece não ter uma religião oficial (por isso se dizer que é um ESTADO LAICO). Mas olhe para os diversos FERIADOS OFICIAIS, que reverenciam "santos e santas", e aí você saberá se o nosso País é laico ou não.

Por outro lado, as minhas convicções teológicas me forçam a pensar que, em questões de leis, criadas para obediência dos cidadãos de qualquer país, devem as mesmas ser formuladas dentro dos princípios estabelecidos pela Palavra de Deus (ou seja, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor - Filipenses 4:8). E por que não?

E, na condição de embaixador de Cristo Jesus, desejo que as condições estabelecidas pelo Senhor, para a obtenção da verdadeira paz e felicidade de uma nação, sejam completamente aceitas e impressas nas suas leis e nos seus códigos de condutas. Pois tenho a plena convicção de que não haverá bênção alguma para qualquer nação que despreze os princípios estabelecidos pelo Deus Todo-Poderoso, em Sua Palavra, pois assim está dito: "Vivem dizendo àqueles que desprezam a palavra do Senhor: ‘Vocês terão paz’. E a todos os que seguem a obstinação dos seus corações dizem: ‘Vocês não sofrerão desgraça alguma" (Jeremias 23:17). É o Senhor mesmo que faz esse ultimato.

Vejam, por fim, essa história, contada nas Sagradas Escrituras: "Havia uma pequena cidade, de poucos habitantes. Um rei poderoso veio contra ela, cercou-a com muitos dispositivos de guerra. Ora, naquela cidade vivia um homem pobre mas sábio, e com sua sabedoria ele salvou a cidade. No entanto, ninguém se lembrou daquele pobre. Por isso pensei: Embora a sabedoria seja melhor do que a força, a sabedoria do pobre é desprezada, e logo já não se dá atenção às suas palavras. As palavras dos sábios devem ser ouvidas com mais atenção do que os gritos de quem domina sobre tolos. A sabedoria é melhor do que as armas de guerra, mas um só pecador destrói muita coisa boa" (Esclesiastes 9:12-18).

"O temor do Senhor é o princípio do conhecimento, mas os insensatos desprezam a sabedoria e a disciplina." Provérbios 1:7

"Como é feliz a nação que tem o Senhor como Deus, o povo que ele escolheu para lhe pertencer!" Salmos 33:12

Paz e Graça a todos!

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