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Para-teologia, é como chamo todo assunto religioso que a Teologia não aborda, entretanto, não tem autoridade para negar, pois foge do seu campo de atuação.
Podemos citar como exemplo o assunto da Batalha Espiritual. Muitos autores abordam o tema, e sem nenhum embasamento teológico afirmam, com base em conjecturas, sobre domínios, potestades, demônios territoriais, lutas espirituais dignas dos maiores produtores de cinema hollywoodiano, e outros temas tão formidáveis que arrebatam um publico cada vez maior e fiel. Quando afirmamos que tais afirmações não são teologicamente fundamentadas, não queremos assim afirmar que não sejam verdadeiras, mas, como possuo uma formação teológica, não podemos aceitar de primeira mão e bom grado, que tais afirmações ou crendices sejam de todas fidedigna de aceitação.
Reconhecemos a limitação da teologia em relação a assuntos como esses, podemos abordar a maioria das práticas e regra de fé dos neo-pentecostais, e tecer críticas teológicas que poderiam expor ao descrédito tais posicionamentos, entretanto, seria o mesmo esforço da psicologia com a parapsicologia, em provar que a segunda nada mais é do que mito, ou ainda, considerar apenas a física em detrimento da metafísica, que por não se tratar de conhecimento empírico, mas racional, e estar mais relacionado com a filosofia do que com a própria física, mesmo que o seu fim seja nos fornecer a chave para o conhecimento real;
O que podemos dizer da nossa PARA-TEOLOGIA, é que se trata de um campo do conhecimento espiritual, que ao contrário de ser hostilizado, deve ser cuidadosamente considerado, analisado e como a teologia, respeitado. Tratar temas Para-teológicos como mito, é o mesmo que afirmar a forma plana da Terra, simplesmente por não possuirmos mecanismos que nos ajudem a desvendar os verdadeiros limites do Globo; Em contrapartida, aceita-la de imediato, pode ser muito arriscado, pois estes assuntos podem se tratar de modismos temporários, ou quem sabe antigas práticas com novas roupagens, que nos remetam a circunstâncias de verdadeiro apuro espiritual desnecessário para a fé saudável de um servo de Deus.
Questione, analise, estude, cave, procure, julgue, pondere. Palavras que tornam-se verdadeiras bússolas no defrontamento com tais assuntos, que podem ser considerados ou não, mais útil que inútil à nossa fé.
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