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Uma Breve análise sobre a rápida e notável passagem dos Judeus em Pernambuco
Governo Holandês no Brasil
Governo Holandês propicia liberdade religiosa e isso atrai Judeus Sefaradins ao Recife, dando origem a um curto período da história judia no Brasil.
A West-Indische Compagnie ou Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais - WIC, Criada em 1602 para coordenar as atividades das companhias que concorriam no comércio nas Índias Orientais e para agir como um braço do Estado holandês possuia um monopólio que se estendia desde o cabo da Boa Esperança até ao estreito de Magalhães, expandindo a influência e a atividade holandesa por todo o arquipélago malaio, China, Japão, Índia, Pérsia e pelo cabo da Boa Esperança. Concorria com a Companhia Britânica da Índias Orientais; Foi a WIC que coordenou as invasões holandesas no Brasil, que podem ser recortadas em dois grandes períodos:
- 1624-1625 - Invasão de Salvador, na Bahia
- 1630-1637 - Fase de resistência ao invasor
- 1637-1644 - Administração de Maurício de Nassau
- 1644-1654 - Insurreição pernambucana
- 1630-1654 - Invasão de Recife e Olinda, em Pernambuco
Maurício de Nassau
O Conde João Maurício de Nassau-Siegen (Dillenburg, 17 de junho de 1604 — Kleve, 20 de dezembro de 1679), aceitando o convite da WIC para administrar os domínios por ela conquistados na região Nordeste do Brasil (1636), percebendo uma ajuda de custo de 6.000 florins (equipamento) e salário mensal de 1.500 florins, o soldo de Coronel do Exército, além de uma participação de 2% sobre os lucros, valendo-se ainda por conta da WIC, suas despesas de mesa e criadagem (trouxe dezoito criados), os salários do predicante Francisco Plante, de seu médico Guilherme van Milaenen, e de seu secretário Tolner, aceitou de bom grado, sob juramento de no prazo de cinco anos ser o Governador do novo domínio Holandês. Partiu do porto de Texel (25 de outubro de 1636) (município dos Países Baixos e a maior das Ilhas Frísias, na província de Holanda do Norte. Ela possui 13.617 habitantes (censo [[2007])]. A ilha faz parte das Ilhas Frísias Ocidentais.), chegando ao Recife (23 de janeiro de 1637). Com ele o nordeste brasileiro conheceu a época de ouro da Nova Holanda.
Calvinista, permitiu a liberdade de culto entre holandeses, franceses, italianos, belgas, alemães, flamengos e JUDEUS, que oriundos da Península Ibérica (A Península Ibérica fica situada no Sudoeste da Europa. Politicamente, três países localizam-se nesta península: Portugal, Espanha e Andorra, além de um enclave território britânico ultramarino, Gibraltar. OUTROS NOMES: Ibéria, (Grego: Iberia) nome grego da Península; Hispânia, (Latim: Hispania) nome romano da Península; Al-Ândalus, (Árabe) nome árabe dos territórios muçulmanos da Península Ibérica. Sefarad, (Hebraico: ספרד) nome hebraico) e do norte europeu, foram atraídos para a Nova Holanda. O Conde Mandou ainda construir pontes, palácios, iniciou a urbanização do que hoje é conhecido como o bairro de Santo Antônio na capital pernambucana, incentivou as artes e as ciências, retratou a natureza do novo mundo através de seus dois artistas Frans Post e Albert Eckhout. Ao todo foram 46 estudiosos dos mais variados gêneros.
Com relação à exploração da colônia, foi tolerante com os senhores de engenho, os quais deviam muito à WIC. Foi igualmente tolerante com o judaísmo e o catolicismo, deixando que se professasse todas as religiões livremente. Preferia não penhorar engenhos nem sufocar revoltas com crueldade. Enfim, procurava fazer a administração contrária ao que queria os senhores da WIC. Esse clima de TOLERÂNCIA RELIGIOSA e permissividade social, que não havia na Europa, atraiu os Judeus que fundaram uma sinagoga no Recife, considerada a primeira das Américas.
2. Chegada e Estadia dos Judeus no Período Holandês
Judeus São Atraídos pela Tolerância Religiosa
As primeiras famílias judaicas chegaram ao Recife em 1635, quando Pernambuco estava sob o domínio holandês, tinha pouco mais de 10 mil habitantes e era a mais rica Capitania brasileira. Perseguidos na Península Ibérica pela Inquisição católica, eles vieram atraídos pela liberdade religiosa que os holandeses começaram a instalar nas terras tomadas de Portugal.
A Coroa holandesa, que atuava na vanguarda do movimento de reforma do catolicismo, adota a política de acolher perseguidos religiosos de várias partes da Europa. A maioria dos judeus emigrantes que se estabelece no país vive na penúria. Com a tomada do Recife pela Holanda, esses grupos são atraídos pela oportunidade de progredir na mais rica capitania portuguesa da época, e navios fretados por judeus passam a chegar quase todo mês no Recife.
A Sinagoga Kahal Zur Israel
localiza-se na cidade do Recife, no estado de Pernambuco, no Brasil. Atualmente é uma atração turística do bairro do Recife, no centro histórico da cidade.
A sinagoga do Recife foi a primeira das Américas, instalando-se em 1636 durante o domínio holandês (1630-1654) do nordeste brasileiro colonial. Durante esse período emigraram para o Recife vários judeus portugueses refugiados nos Países Baixos, além de judeus holandeses. Seu primeiro Rabino foi o luso-holandês Isaac Aboab da Fonseca (1605-1693) enviado ao Brasil para chefiar essa comunidade judaica, em crescimento acelerado no Recife, em 1642, passando a ser o primeiro religioso e escritor judeu das Américas, Escrevendo o primeiro de textos literários em hebraico do Novo Mundo, ao redigir três orações em que relata o sofrimento e as provações por que já passara o povo judeu (A primeira manifestação literária em hebraico). Com a expulsão dos holandeses, em 1654, a sinagoga deixou de ser usada como tal e o Rabino retorna a Amsterdã para reencontrar sua família. Trabalha como diretor da Academia Religiosa e participa do tribunal que excomunga o filósofo Benedito Spinoza, em 1656. Escreve várias obras em castelhano e em hebraico. Também conhecido pelo apelido São João de Luz, morre em Amsterdã, aos 88 anos.
Os seus primitivos vestígios, datados do século XVII, foram recentemente identificados e preservados, integrando atualmente o Centro Cultural Judaico de Pernambuco. No interior podem ser vistos os restos do piso e paredes da época, assim como um poço - o mikve- utilizado como banho ritual. O acervo conta também com informações sobre a história do povo judeu em Pernambuco e artefactos recuperados durante a prospecção arqueológica da sinagoga. A fachada atual data do século XIX.
o rabino Fonseca( Isaac Aboab da Fonseca (1605-1693) foi um intelectual judeu), que passa a ser o primeiro religioso judeu das Américas. Nessa condição se torna o primeiro escritor de textos literários em hebraico do Novo Mundo, ao redigir três orações em que relata o sofrimento e as provações por que já passara o povo judeu (A primeira manifestação literária em hebraico). O rabino retorna a Amsterdã para reencontrar sua família. Trabalha como diretor da Academia Religiosa e participa do tribunal que excomunga o filósofo Benedito Spinoza, em 1656. Escreve várias obras em castelhano e em hebraico. Também conhecido pelo apelido São João de Luz, morre em Amsterdã, aos 88 anos.
No Recife, os judeus ingressaram no ramo do comércio que logo passariam a dominar: durante o governo do conde Maurício de Nassau (1637/1644), por exemplo, floresceram na indústria de açúcar e foram proprietários de escravos.
controlavam 40% das exportações pernambucanas de açúcar para a Holanda e a Alemanha.
Segundo José Alexandre Ribemboim, estudioso do período Colonial do Brasil, muitos Judeus tornaram-se Senhores de Engenho –Várias fazendas de engenhos açucareiros pertenciam a judeus, onde instalavam suas sinagogas nas próprias fazendas, isso destacado no livro “Senhores de Engenho”.
Diogo Fernandes e Branca Dias, eram um bom exemplo donos do Engenho de Camaragibe-PE. Por sua vez, Branca Dias possuiu um casarão que está localizado na área do Zôo de Dois Irmãos.
Branca Dias
Com u ma existência entre história e lenda, considerada uma das heroínas do Brasil Colonial e de Pernambuco, Branca Dias foi, no Brasil do século XVI, a primeira mulher portuguesa a praticar «esnoga» (frequentava a A Sinagoga Portuguesa de Amsterdam), a primeira «mestra laica de meninas» (1ª Professora do Brasil) Ensinava meninas a fazer rendas, costurar, fiar, bordar e limpar a casa. Assim sustentava a numerosa família. e uma das primeiras «senhoras de engenho». Branca Dias nasceu em Viana da Foz do Lima, Portugal, possivelmente em 1515. Seu marido, Diogo Fernandes, conseguiu terras às margens do rio Camaragibe, na Capitania de Pernambuco, onde instalou um engenho para produção de açúcar. Nesta época, a produção de açúcar dos engenhos era mantida principalmente pela exploração de trabalho escravo negro e indígena. Submetidos a trabalhos forçados, os escravos participavam do plantio da cana-de-açúcar ao transporte do produto final aos navios que o levavam para a Europa. Devido à extrema exploração, a mortalidade entre os escravos era sempre elevada e sua vida média limitada. Antes de acompanhar seu marido, Branca Dias, que era cristã-nova, foi denunciada à Inquisição, por sua mãe e irmã (possivelmente intimidadas), de manter secretamente práticas judaicas, algo então proibido em Portugal. Admitindo a acusação, e recebendo as penas dos inquisidores, foi liberada em 1545. Em 1551, já estava no Brasil, para onde veio com seus filhos, talvez desobedecendo as leis que usualmente limitavam o deslocamento de condenados pela Inquisição. Depois da morte de Diogo Fernandes, o engenho declinou. Branca Dias e suas filhas, abriram em sua casa à rua Palhares, em Olinda, Pernambuco, uma escola de prendas domésticas para meninas. Após sua morte, possivelmente em 1558, voltou a ser denunciada, desta vez por suas alunas, aos inquisidores que visitavam a cidade. Seus descendentes vieram a ser processados e uma de suas filhas, Brites Fernandes, admitiu práticas judaicas. Em Branca Dias de Apipucos, de 1879, a autora Joana Maria de Freitas Gamboa, em 1879, situa Branca Dias no episódio da Guerra dos Mascates (1710-1715). Outros afirmam que ela tenha vivido na Paraíba, onde há uma loja maçônica, fundada em 1918, com seu nome. Outras obras abordando a vida de Branca Dias são, Livro de Branca Dias, de 1905, de José Joaquim de Abreu; e O Santo Inquérito, peça teatral de Dias Gomes.
A Acusação do Santo ofício rezava: "mãe de sete filhos entre machos e fêmeas, todos de pouca idade, um deles aleijado..." fora condenada como judaizante em Portugal. A acusação dizia: lavava a casa, trocava a roupa de cama, preparava-se para o Sábado quando vestia suas melhores roupas. Também não trabalhava neste dia (Mello, 1996). Perseguida pela Inquisição Branca veio ou fugiu para o Brasil. Por volta de 1545 viveu com seu marido Diogo Fernandes,no Engenho de Camaragipe, em Pernambuco.
Com a primeira visitação do Santo Ofício ao Brasil, em finais do século XVI, filhos e netos de Branca Dias são presos sob a acusação de reconversão ao judaísmo e enviados para Lisboa, para onde terão seguido igualmente, presume-se, os ossos de Branca Dias, a fim de serem queimados no Rossio em auto-de-fé.
Sua história é cheia de nuances: da infância no Minho à velhice em Olinda, a sua prisão em Lisboa, a existência perturbada no engenho de açúcar, o levantamento da casa grande de Camaragibe e da casa urbana da rua dos Palhares (ainda hoje existentes), o convívio com Duarte Coelho, primeiro capitão donatário do Pernambuco, a morte de Pedro Álvares da Madeira, comido pelos tupinambás, o candomblé dos escravos pretos, os terrores de uma nova geografia e uma nova fauna, o martírio do povo miúdo português no Novo Mundo.
No processo nº 5736 do Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Lisboa, consta que Branca Dias, casada com o mercador Diogo Fernandes e filha de Antônio Afonso e Violante Dias, é cristã-nova, natural de Viana e moradora em Lisboa. Acusada de judaísmo, ela foi sentenciada, em 12 de setembro de 1543, a abjuração pública, dois anos de cárcere e hábito penitencial, ficando reservada a sua comutação e dispensa. Branca Dias apresentou uma petição ao Santo Ofício, em que pediu dispensa do tempo que lhe faltava cumprir, tendo sido a mesma concedida, talvez em razão de ter filhos pequenos para criar.
Sua mãe e a irmã Isabel Dias foram presas na mesma época. Elas eram naturais de Viana da Foz do Lima, onde moravam. No processo nº 5775, datado de 2 de abril de 1544, consta que Violante Dias foi ao auto-de-fé em Lisboa, e Isabel Dias foi sentenciada a abjuração pública, 2 anos de cárcere e hábito penitencial; reservada a comutação da penitência quando parecesse serviço de Nosso Senhor.
Após meio-século, a Inquisição voltou a processar a família de Branca Dias, depois que ela se mudou para o Brasil. No processo de nº 4580, do Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Lisboa, sua filha Beatriz Fernandes, a Alcorcovada, natural de Viana de Caminha e residente em Pernambuco, foi acusada de judaísmo. Presa em Olinda a 25 de agosto de 1595, ela foi sentenciada, em 31 de janeiro de 1599, a ir ao Auto de Fé, abjuração em forma, cárcere e hábito penitencial perpétuo, penitências espirituais, além do confisco de bens. Em 3 de agosto de 1603, Brites (ou Beatriz) de Sousa e sua mãe Andresa Jorge, outra filha de Branca Dias, nascidas e residentes em Pernambuco, também foram sentenciadas, nos processos nº 4273 e 6321, respectivamente, a ir ao Auto de Fé; abjuração de veemente; cárcere a arbítrio; penitências espirituais; pagamento de custas. Nessa mesma data, Briolanja Fernandes, filha de Diogo Fernandes e Madalena Gonçalves, uma das criadas de seu pai, foi sentenciada em Auto de Fé realizado na Ribeira, em Lisboa, com as penas de ir ao Auto de Fé em corpo, com uma vela acesa na mão, onde abjure de veemente suspeita na Fé, tenha cárcere a arbítrio dos inquisidores, tenha penas e penitências espirituais, instrução na Fé e pague as custas. Ela foi solta dos cárceres a 6 de Setembro de 1603.
Outros Judeus donos de Engenhos em Pernambuco:
- Ambrósio Fernandes Brandão. Engenho de Inobi.
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- David Senior Coronel (Duarte Saraiva). Engenho Bom Jesus.
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- Moisés Navarro. Engenho de Juriçaca – Cabo.
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- Matheus da Costa. Engenho de João Tenório Medina – Ipojuca.
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-Abraham Izhach. Ferreiro-PE.
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- André Gomes Pina. Engenho de Muribara.
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- Antônio Barbalho Pinto. Engenho de Tibirí .
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- Baltazar Rodrigues Mendes. Engenho de Embiapecu.
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- Duarte Nunes. Engenho de Cacáu.
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- Fernão do Vale. Engenho S. Bartolomeu.
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- James Lopes da Costa. Engenho na Várzea do Capiberibe.
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Vários outros proprietários eram Jacob Valvende, Moses Neto, Jacob Zaculto, João
Lafará, Gil Correia, Gabriel Castanha, Gaspar Francisco da Costa, Atias Avraham
Açevedo, Fernão Martins, David Atias, Benjamim de Pina, Estevão Ribeiro, Fernão Soares, Filipe Diniz da Paz, Francisco Pardo e
muitos outros etc.
Além desses pioneiros, outras famílias judaicas chegariam ao Recife em 1910, a maioria oriunda da Rússia. Em 1998, o velho casarão onde funcionou a sinagoga recifense foi desapropriado pela prefeitura para sediar, depois de restaurado, o Centro de Documentação e Pesquisa da História Judaica.
3. Importância Histórica e Fuga da Santa Inquisição para New Amsterdã, estabelecimento em New York (Manhatta)
Importância Histórica
Também tiveram importante papel histórico. Foram eles que ergueram, no Século XVII, a primeira sinagoga das Américas, no casarão número 197 (tinham os números 12 e 14, da Rua do Bom Jesus, recebendo nova numeração no início do século XX, passaram a ostentar os números 197 e 203) da Rua do Bom Jesus (antiga Rua Dos Judeus 1636 1654), no bairro do Recife Antigo.
Pontes e outras Contribuições
A comunidade judaica também deixou marcas na formação e no traçado da cidade do Recife: ela construiu mais de 300 casas e sobrados, escola, cemitério e a primeira ponte recifense (Ponte Maurício de Nassau - inaugurada em 28 de fevereiro de 1643 – 1917 reinaugurada com o nome Ponte Maurício de Nassau) foi encomendada por Maurício de Nassau a um judeu, Baltazar da Fonseca.
Observação: muitas fontes têm sugerido que esta primeira ponte tenha sido a Buarque de Macedo, Porém seguindo fontes mais fidedignas, concluímos que a ponte de que trata os registros trata-se da Ponte Maurício de Nassau, haja vista a que supostamente teria sido construída primariamente, tenha seus registros de construção apenas no século XIX.
Muitos hábitos ainda hoje cultivados pelos pernambucanos são herança deixada pelos judeus: pintar a casa no final de ano; arrumá-la às sextas-feiras; comprar mercadorias em prestações à porta de casa, entre outros. Hoje, as comunidades mais próximas ficam em Salvador, lar de 500 judeus, Fortaleza, 120 judeus e Natal, 40 judeus. Recife está a mais de 1.900 km de distância de São Paulo, o centro da vida judaica no Brasil. Recife mantém uma escola judaica há 85 anos, o Colégio Israelita Moises Schwartz, que atualmente tem 150 alunos, mas enfrenta sérios problemas financeiros apesar dos recursos da comunidade judaica local.
“ A escola está passando por tempos difíceis, e está perto de fechar porque muitos dos judeus não estão enviando mais suas crianças para lá”, disse Alan Rabinovici,
3.1 - A Fuga para New Amsterdã (New York)
Segundo Tânia Kaufman, Em 1654, com a retomada da cidade pelos portugueses e a hostilidade para com os judeus, por causa da intolerância religiosa característica de Portugal, uns Judeus voltaram para a Holanda (Arbell 1998;Kaufman...). Muitas outras famílias se quedaram no Nordeste brasileiro, permaneceram em Recife, Olinda ou foram para o sertão. Das 600 famílias, 150 famílias se puseram em fuga do Brasil, dirigiram-se para o Caribe ou a América do Norte, onde a maioria permaneceu, passando por uma conversão pública para o Cristianismo enquanto continuavam a praticar o judaísmo em segredo.
uma embarcação (o navio Valk) com 23 Judeus foram interceptadas por piratas espanhóis e aprisionada na Jamaica. o grupo foi libertado pela tripulação de um navio francês que seguia para a América do Norte e deixado, em setembro de 1654, em Nova Amsterdã que era um vilarejo de 1.500 habitantes; Foi do Recife em 7 de setembro de 1654 que um grupo de 23 judeus sefaradim de língua holandesa, partiram para Nova Amsterdam num desesperado esforço para escapar da Inquisição imposta por Portugal, que derrotou e expulsou os holandeses do Nordeste brasileiro que então controlavam.
Imediatamente após sua chegada, aqueles 23 imigrantes — os primeiros judeus a aportar nas praias americanas — estabeleceram a Shearith Israel, a primeira sinagoga em Nova Amsterdam, a colônia que veio a se tornar Nova York. Esses judeus chegados à cidade norte-americana de Nova Iorque, fundadores da primeira sinagoga local, eram refugiados do Recife e membros da sinagoga Kahal Zur Israel.
Hoje, Nova York é a Cidade de maior importância política do globo, conhecida como Capital do Mundo, ostenta hoje uma arquitetura moderna e uma história de Glória que os Judeus sem dúvida ajudaram a montar!
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Referências:
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