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A Coisa Formada

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Transsexualismo: Erro Divino ou Inexistencia de Deus?

"Encontrar-se dentro da caixinha errada", fora assim que um trassexual tentou explicar o sentimento de sentir-se dotado de uma genitália e estrutura diferente do gênero que sente ser por dentro; em entrevista no programa do JÔ, João W. Nery, nesta madrugada do dia 1º de maio de 2012, desbafou e usou do espaço para expressar um pouco de sua história.

Como Teólogo não consigo atingir as imposições deste gênero. É triste porém saber que uma brilhante psicóloga, professora e pensadora, tenha abdicado de tudo, por aquilo que considera "o ser"; Ao tempo que lamentio, surpreendo-me com a coragem do enfrentamento ao mundo, ao sistema e aos seus semelhantes, um mundo de heteros, que acusa de taxá-la como louca, ou como afirma "louco", por o transsexualismo ainda ser tratado como uma patologia.

Sem recorrer a conceitos científicos ou da psicologia, valho-me daquilo que posso falar, da teologia, para desprezar as demais questões e dedicar-se a apenas uma: como encarar o argumento transsexual? que sua razão denota um erro divino, ou nega a existencia do Deus da Bíblia?

Na qualidade de estudante das doutrinas teológicas, estou tão certo quanto o entrevistado, que existe um Deus Criador de todas as coisas e que nada foge ao seu controle, antes tudo está do jeito que lhe agradou fazer, como pois, nós, criaturas suas, podemos afirmar que somos um equivoco natural, colocados em um corpo errado? ou ainda como podemos consertar algo que foge da nossa capacidade de criados; Acredito que seria muita presunção colocar-me acima das conclusões Ciêntíficas sobre o que é um gênero sexual (XX ou XY = macho e fêmea),

    Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? (Rm 9: 20)

Admito não ter sido educado na leitura dos clássicos universais, porém, conhecendo alguns posteriormente, posso valer-me do Fabulista Esopo, atribuída à J. de La Fontaine (O mais antigo aqui vence!), a Gralha e os Pavões:

    Estando na muda os pavões, uma gralha. seduzida pelo brilho das penas que deles caíam, apanhou-as e com elas se enfeitou. Desdenhando das irmãs, foi então meter-se em um bando de pavões. Estes, porém, logo a reconheceram, e às bicadas lhe arrancaram as penas que lhe não pertenciam; e com elas, pele e carne. Ensangüentada, voltou a coitada para suas irmãs, que só depois de muito a terem, chasqueado, perdoaram ao seu arrependimento.
    MORALIDADE: Nunca por ostentação ou interesse dês o alheio por teu; pois a fraude é logo descoberta, e o castigo imediato.

A não aceitação da própria natureza, acarreta consequencias em cadeia na sociedade que participamos. Ser louco, quando nestas circunstências, é questão de escolha, como acontece com o indivíduo e sua fé, discriminatóriamente chamados de fanáticos, porém tal situação não incomoda o assimdenominado, antes, o risco que sofre mostra-se mais externo que interno, antes dos outros que de si mesmo. Entretanto, o ser religioso não desarmonisa com a sociedade hetero (antes com a atéia, humanistas e afins!), mas com os que se autodenominam intelectuais, ou são cobertos pelo manto sagrado da ovação popular pelo intelectualismo, e costumam sobrepor-se acima dos que assim declaram-se crentes em um Deus supremo, Criador de todas as coisas.

A homossexualidade em si contrasta com religiosos, não religiosos, ateus, filósofos, teólogos, cientístas, sóciólogos, ameaçam o diploma de vários psicólogos, e outras parcelas sociais que torna-se desnecessárias citar aqui; Em todas as classes, citadas aqui ou não, há a contestação, questionamento e rejeição à idéia do homossexualismo como algo natural. É certo que isso tenha mudado consideravelmente, é fato. Mas também é incontestável que ainda soa estranho o constante multilar-se de pessoas contrárias à própria natureza, Gralhas que não aceitam o que são!

Afirmamos que o erro está no homem, criatura! Deus, o Criador, é santo e não há erro no projeto original de sua criação. Os que se julgam psicológicamente maduros esquecem que o temos do Senhor é o princípio de toda sabedoria (Pv 9: 10), é fonte de vida para evitar os laços da morte (Provérbios 14:27); Mesmo que insistam em afirmar que Deus nada mais é o esforço da mente humana em achar um pai eterno e perfeito, e os que assim se apegam a esta imagem, permanecem presos na imaturidade, ou como diria Freud: Deus fora criado por Moisés! logo não passa de rédias na mão dos poderosos, então, se não existe de fato um Deus pessoal que controla o universo, o homem não tem o que temer por suas decisões, não tem que temer as consequencias dos seus erros, aliás, sendo assim, nem erro existe! tudo é o acaso, criação da mente das criaturas incriadas, já não são submissas, são indepedentes de Deus, independentes do nada, de quem fogem a vida inteira, e se esforçam para provar sua ineficácia.

Caixa errada? errado é o que tem dentro da caixola sem Deus! Fomos criados perfeitos, como rosas de um jardim, peculiares e belos, qualquer intromissão que modifique nosso desenho original, é a violação da obra de arte de um Deus que tudo fez para glória do seu nome!

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