Quando Deus Chamou a Abraão para lhe fazer a promessa de ser o "pai de muitas nações" (Gn 17:5), havia uma única prerrogativa: ...“anda na minha presença e sê íntegro!"... (Gn 17:1). Ser fiel a Deus no contexto do que se propunha, estava no viés da obediência (Gn 17: 9-10). Deus foi fiel à sua promessa (Gn 17:2), e o povo se multiplicou de forma a se tornar uma ameaça para o Egito que o acolheu durante o tempo de José (Ex 1:8-12).
Após a morte de José, e diante o crescente numero dos filhos de Israel, houve opressão por um novo reido Egito, o qual temendo que os israelitas de revoltassem contra sua nação, ..."impuseram a Israel inspetores de obras para tornar-lhes dura a vida com os trabalhos que exigiam"... "contudo, quanto mais os oprimiam, tanto mais geravam filhos e se multiplicavam; os egípcios preocupavam-se por causa dos muitos descendentes de Israel" (Ex 1:11-12); a apartir desse momento, começa a saga da história de Moisés, dada a ordem ..."às parteiras dos hebreus, das quais uma se chamava Sifrá e a outra, Pua"... (Ex1:15) para matarem todo nascido vivo do sexo masculino, porém, devido ao temor que havia, não houve submissão ao mandado de infantícidio como esperava o Rei do Egito (Ex 17:15-21).
Dessa forma o povo de Deus mediante a ameaça que representavam ao Egito, se tornaram escravos, pois a cada dia cresciam em numero, o que incomodava aquela nação. Essa pode ser considerada a época da Teocracia Patriarcal, pois mediante homens escolhidos por Deus a Nação foi conduzida aos caminhos que trilhou. Essa era findou com a morte de Josué (Jz 17:8), que conduziu o povo à conquista da Terra prometida, e por algum tempo, aquela geração que junto à josué vivenciaram a fidelidade Divina continuou na fé aprendida mediante as experiências que Deus lhe permitira, porém após ter passado, a nova geração ..."se esqueceu do SENHOR e das orientações e dos grandes feitos do SENHOR em benefício do povo de Israel... Então, os filhos de Israel fizeram o que era mau aos olhos do SENHOR, e prestaram culto e serviço aos baalins. Abandonaram Yahweh, o Deus de seus pais, que os tinha feito sair da terra do Egito, e passaram a servir e adorar vários deuses cultuados pelos povos ao seu redor, provocando a ira do Eterno. Deixaram a Yahwe he prestaram culto a Baal e a Astarote"... (Jz 2:10-13)
E assim começa uma nova era na Nação escolhida por Deus. a Era da Teocracia dos Juizes: a providência Divina levantava um herói para livrar o povo de seus opressores(Jz 2:16); mesmo diante do cenário no qual o povo nem ouvir o povo se dispunha, além de se prostituirem com outros deuses, se afastando do caminho que seus antepassados ensinaram, Deus se comovia pelo clamor dos filhos de Abraão (Jz 2:16-18), levantava os Juizes, enquanto esses viviam, o Espírito do Senhor era sobre eles, e não havia inimigos que resistissem a eles, pois Deus dava a esses a estratégia necessária para guiar, julgar e livrar o povo dos momento negros; Alguns exemplos de Juizes: Otoniel, Débora, Sansão, Samuel... Inclusive este último é o protagonista da transição da Era dos Juizes para o momento que os filhos de Israel se desvinculam do reinado de Deus.
Quando falamos de Teocracia, estamos abordando um sistema de governo não-humano para os humanos. Neste caso, tratamos diretamente do projeto de Deus para o povo de Israel, onde se cumpre que o "SEREI o SEU DEUS" agora estava políticamente instituído na Nação israelita. Literalmente a palavra deriva de dois substantivos no grego: Teo (Deus) + Kratós (Poder), ou seja, Poder de Deus! Trata-se de um sistema político em que a autoridade é Divina. por muito tempo, esses sistema foi usado pelos homens como um verdadeiro freio na boca de uma cavalo, a exemplo disso temos a Dinastia Egípcia, e até a própria Idade das Trevas, que em nome da Divindade, se cometia os maiores absurdos.
Até aquele momento dos Juízes, o povo de Deus estava numa Teocracia, porém, quando Samuel ficou velho, foi procurado por ..."todos os anciãos e autoridades de Israel se reuniram e foram falar "... (I Sm 8: 4) com uma pauta que deixou aquele que seria o ultimo juiz entristecido: “constitui sobre nós um rei, o qual exerça a justiça sobre nós” (I Sm 8:6). Para o Sacerdote, Profeta e Juiz Samuel, aquilo soou como uma afronta particular, não que este se colocasse no lugar de Deus, mas devido sua intimidade com o Ssenhor, não compreendia por qual motivo o Povo que até aquele momento tinha o Deus Todo-Poderso como REI, não se encontravam satisfeito com a governança Divina, mesmo que a infidelidade no relacionamento provinhesse dos suditos e não do Deus governante.
A resposta de Deus ao profeta ofendido foi um simples: “Atende, pois, a tudo o que este povo te pede, ...porque não desejam mais que Eu reine sobre eles"! (I Sm 8: 7). Deus compreende o Juiz que o consultou mediante a assembleia dos anciãos dos israelitas e abriu mão do Povo... Antes de prosseguirmos, cabe uma reflexão exatamente neste ponto; Deus tem seus projetos para conosco, estabelece seus planos, suas metas, nos apresenta suas diretrizes, porem, chega o meomento que mediante nossa rejeição ele simplesmente abre a mão e nos deixa seguir nosso caminho conforme os parêmetros que escolhemos. Tão importante quanto compreender como Deus age mediante nossas posições é compreender o momento anterior a nossa tomada de decisão. Vemos que no tempo que Deus estabeleceu os Juizes, há uma expressão constante: "Não havia Deus em Israel"(I Sm 17: 6; 18:1; 19:1; 21:25). Nossas decisões são totalmente influenciadas mediante o nosso nivel de comunhão com Deus. Quanto mais próximo estamos do Senhor, mais teremos a chance de agrada-lo e sermos aquilo que ele Projetou para nossas Vidas (Gn 17:9). Tudo está relacionado à condição que Deus impôs a Abraão: ..."Anda na minha presença e sê íntegro"... Quanto a ti, obedecerás à minha Aliança, tu e todos os teus descendentes, de geração em geração." (Gn 17: 1, 9).
Obedecer ao Senhor é o que ele exige daqueles com quem firma uma promessa, está diante dEle e ser íntegro, é a condicionante para sermos abençoados detro do pacto com Ele. Deus deixou o povo seguir seus caminhos, alertou-os das consequencias de suas decisões, mas determinou: “Satisfaz, portanto, o desejo deste povo e constitui-lhe um rei!” (I Sm 8:22). Deus deixou claro que diante da escolha deles, quando começassem a reclamar do rei que tiverem escolhido, porém DEUS não atenderia as vossas queixas naquele momento de aflição! (I Sm 8: 18), e mesmo diante da advertencia, o povo em uníssono respondeu: “Não! Queremos ter um rei! Eis, pois, que seremos como todas as demais nações; um rei nos governará, e sairá a nossa frente para lutar em nossas batalhas!” (I Sm 8:19-20).
Que Afronta! Primeiro pedem um Rei que lhe fizessem Justiça, e depois exlamam por um Rei que fosse a dianteira deles, guerreando suas guerras, como se o Senhor assim não estivesse procedido desde a Promessa feito a Abraão, a libertação do egito e até o momento dos Juízes... Como é importante considerarmos Deus em nossas proposições! Não devemos esquecer tudo que Deus fez, de suas promessas e do quanto ele tem sido presente em nossas vidas. Nossas escolhas baseadas muitas vezes naquilo que vemos na vida dos outros, não podem traduzir a verdadeira glória que os planos de Deus irá nos proporcionar. O fim dessa História é que Deus atendeu ao anseio do povo, entregou a esses um Rei, segundo aquilo que desejavam, Saul, um belo jovem, nenhum outro havia entre os filhos de Israel mais bonito do que ele; os rapazes mais altos chegavam apenas à altura dos seus ombros, Benjamita, rico e muito influente em sua região (I Sm 9:1-2). Deus conhece nosso coração, e sabe o que desejamos; O povo ao ver o Rei que Deus havia escolhido, logo elegeram-no e se submeteram a ele como o seu monarca (gr. monos "um" + arkon "chefe") e assim Deus não mais era o Líder Político em Israel.
Um rei guerreiro, valente, que se destacaria por seus atributos naturais (alto, formoso, forte), mais tarde profana o sacerdócio (I Sm 13), não se submete as ordens do Senhor (I Sm 15), consulta os mortos (I Sm 28), o que devido a tudo isso, é rejeitado pelo Senhor como REI. O Povo quis a destruição da comunhão com Deus, esqueceram do Senhor e o substituiram por um homem belo aos olhos, mas desagradavel ao Coração de Deus.
Com base nisso tudo, esperamos que suas escolhas não caia na tentação do que seus olhos desejam, pois há engano em nossas escolhas, antes submeta ao senhor suas decisões, desejos, anseios e viva as promessas de Deus dentro daquilo que ele projetou para você, pois será sempre o melhor caminho para seguir adiante.
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