O Ragnarök da Esplanada: Xandão, o Fenrir de Capa e Toga
Esqueça o martelo de Thor. O verdadeiro terror dos nove mundos (ou ao menos dos vinte e sete estados) não usa Mjölnir, usa uma caneta esferográfica e não tem um fio de cabelo para atrapalhar a aerodinâmica de suas decisões. Hoje, vamos falar da maior semelhança entre a mitologia nórdica e a Praça dos Três Poderes: O Fenrir do STF.
O Lobo que não dorme (nem deixa dormir)
Diz a lenda que Fenrir era tão grande que, quando abria a boca, sua mandíbula inferior tocava a terra e a superior tocava o céu. Moraes faz algo parecido: com uma liminar, ele alcança desde o tiozão do WhatsApp até o bilionário de foguete lá em Marte. Não adianta fugir para Midgard; se houver um sinal de Wi-Fi, o lobo te encontra.
As Correntes de Algodão Doce
Os deuses tentaram prender Fenrir com correntes de ferro, mas ele as quebrava como se fossem palitos de dente. Tentaram prender o Ministro com a Constituição, mas ele a interpreta com tanta elasticidade que a Carta Magna virou uma calça de lycra de academia: estica, mas não rompe (ou rompe, e ele diz que foi "em defesa da ordem").
Para o Xandão-Fenrir, o devido processo legal é como aquela corrente mágica Gleipnir: ninguém vê, ninguém entende do que é feita, mas ele jura que está segurando o apocalipse.
O Sacrifício do Elon (O Tyr da Modernidade)
No mito, o deus Tyr perde a mão para o lobo. No nosso Brasil folclórico, o "deus" do X (antigo Twitter) tentou colocar a mão na boca do Fenrir de Toga. Resultado? Ficou sem a mão, sem a rede social e quase sem os satélites da Starlink. O lobo não morde apenas para se defender; ele morde para manter o faturamento das multas diárias em dia.
O Fim dos Tempos (ou das Timelines)
O Ragnarök começa quando Fenrir se solta. No Brasil, o sinal do fim dos tempos não é o inverno de três anos (Fimbulwinter), mas sim o som de um PDF sendo assinado digitalmente às 23h55 de uma sexta-feira.
Quando o Lobo de Toga uiva, os Gigantes de Gelo (também conhecidos como "influenciadores de direita") tremem em seus bunkers em Miami, e as correntes de caracteres do Twitter se partem, deixando o Brasil num silêncio digno de um cemitério viking.
Conclusão: Quem terá coragem de dar a ração?
No fim das contas, a pergunta não é se o lobo é bom ou mau, mas sim: quem tem o pescoço forte o suficiente para usar o colar que ele está forjando? Enquanto o crepúsculo dos deuses não chega, seguimos aqui, assistindo ao banquete. Só cuidado para não ser a sobremesa no próximo inquérito.
Sugestão de Imagem para o Blog:
Uma ilustração de um lobo gigante usando uma capa preta de magistrado, com um brilho azul nos olhos, enquanto mastiga um passarinho azul de plástico.
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