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Analisando o Salmo 55 - Parte I

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Vv1 – o salmista roga para que Deus responda sem demora a oração. Pede para que o senhor não ignore as queixas do seu servo. A palavra “dá ouvidos” está no sentido de “dar atenção” (heb. ‘azan). Na versão Revista e Corrigida,  a expressão usada é “inclina”, porem a intenção do salmista é que o Senhor “prestasse mais atenção” a oração que estava sendo feita.
O que o salmista pedia era “um favor”, que é traduzido por “suplica”; podemos então entender que o salmista pedia para que  o Senhor desse uma atenção especial aquela oração, e que contava com a benevolência do Senhor, pois estaria pedindo um favor a Deus.

Vv2 – O favor que esperava era de tanta importância, que estava se “sentindo perplexo” e “andando perturbado”. Versão revista e corrigida, a expressão usada é “lamento-me e rujo”, o verbo significa “queixar-se e Bramir”; o que acontecera com o salmista fora algo que o perturbou a ponto desse queixar-se perante Deus e andava confuso.

Vv3 – Agora é revelado o motivo da angustia: “pessoas sem Deus estavam lançando calamidade sobre ele”. Essa palavra “calamidade” vem do hebraico ‘ãwen que remete ao sentido de “problema”, “iniquidade”, “mal”, “grande tristeza”, ou seja, a angustia do Salmista se dava por estarem o hostilizando com fúria, sem tolerância.

Vv4 – O Salmista, devido a tudo isto, sentia dores em seu coração, como se fossem dores de parto. Embora não fosse dor literal, o escritor quis expressar o quanto estava angustiado com as circunstancias. Sentimento de medo sobreveio ao salmista “terrores de Morte”, fora surpreendido com tal perseguição que sofrera por causa de seus inimigos (vv3).

Vv5 – O Salmista endossa o sentimento que lhe acometera. Estava totalmente tomado pelo pavor.

Vv6 ao 8 – Davi enxerga na fuga a solução para o seu dilema (vv6); ele objetivava o isolamento, manter-se longe de tudo e de todos (vv7), peregrinando, sem destino, mas se houvesse algum estabelecimento, isto se daria no deserto, longe de todos (e tudo), ele possuía pressa em livrar-se  do que chamava de “tormenta”, “fúria do vento” e da “tempestade”. Tinha pressa em ver-se livre de seus acusadores (vv8).

Vv9 – Agora o perseguido apela ao Deus todo Poderoso. Que “despedace” (ARC – Almeida Revista e Corrigida), “Destruir” (ARA – Almeida Revista e Atualizada) os “conselhos” a “língua” ou seja “o clamor do Inimigo” (vv3). O segundo pedido de “confundir os conselhos” (o primeiro foi o de “destruir”); pede ao Senhor que faça cessar a comunicação entre eles (como aconteceu em Babel), a fim de que eles não consigam mais tramar (levantar seus clamores) contra o salmista, e assim não sobreviesse mais os sentimentos encontrados nos vv 2 ao 5.  O motivo que levou o salmista a essa petição fora a publicidade da violência e da contenda que, devido aqueles “clamores” e da “opressão” dos ímpios que agora ecoava na cidade. Essa observação significa no original “ver analiticamente a ponto de aprender sobre o outro”, ou seja, o salmista via a violência propagada de uma tal forma dentro da cidade que aquilo o fazia pensar sobre o transgressor, aprender sobre ele e analisá-lo, não só ele, mas outras pessoas também (aprenderiam suas transgressões), isso poderia refletir diretamente no comportamento dos observadores, pois de certo modo poderiam experimentar os delitos (verbo heb. Rã’ah – experimentar) ver sentido do verbo em Jeremias 5:12: ...”não veremos a espada nem a fome”, como se não fossem participar das tormentas que havia de vir.

Vv10 ao 11 – Continuação do versículo 9 onde ele passa agora a relatar o modo  como se instalara  a perversão pública “diuturnamente” havia nas muralhas e muros adentro (de seus limites às suas praças) um acampamento de perversidades e malícias, destruição e engano (vv11). Os clamores (vv3) estavam infectando a cidade: dos muros ao centro se manifestava podridão. Há continuidade do pecado (vv16), é constante o engano dentro e nas vias daquela cidade. Segundo comentário da Bíblia Anotada, trata-se de atividades terroristas, rebeldes: inconsequência e radicalismo junto à intolerância.

Vv12 ao 14 – juntamente com outro trecho (vv20 ao 21), esta seção inicia uma revelação estarrecedora: os inimigos na realidade eram conhecidos, não se tratava de estranhos opositores, era um AMIGO ÍNTIMO (Vv13). No vv12 é afirmado que se fosse um desconhecido, haveria medidas preventivas, o ofendido se resguardaria, não seria surpreendido, se esconderia para frustrar a intenção má; ...”não é inimigo”... (vv12) ...”nem quem me odeia”, tais declarações esclarecem que não haveria lamento caso fosse por meios alheios ao seu circulo mais intimo de amizade, afinal, o que ele poderia esperar mais de um inimigo? Se de fato a ofensa procedesse de seu inimigo, ele estaria pronto a suportar. Mas, trata-se de um amigo, além disso: um amigo ÍNTIMO (Vv13), alguém a quem considerava igual, companheiro. O sentimento que regia o lamento de Davi vinha da alma, era um sentimento de traição. Talvez o mais surpreendente seja o fato desse “amigo” ser também um “irmão de fé” (vv14); eis o motivo da perturbação do Rei (vv2). Devido as circunstancias, este amigo, é apresentado a Deus agora na Condição de Algoz: Inimigo e ímpio (vv3).


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Estou a tentar visitar todos os seguidores do Peregrino E Servo, e verifiquei que eu estava a seguir sem foto, por motivo de uma acção do google, tive de voltar a seguir, com outra foto. Aproveito para deixar um fraterno abraço.
António Jesus Batalha.

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